sábado, 3 de outubro de 2015

CEMITÉRIO DE BICAS

Bom dia!

         Encontrei há poucos dias um post muito interessante num grupo do Facebook chamado "BICAS, PRAZER EM CONHECER", que falava sobre o cemitério da cidade. Eu nunca tinha procurado maiores informações sobre ele, embora o interesse histórico nunca tenha faltado, visto que ali terminaram seus dias muitos dos que fazem parte de nossa história relativa aos imigrantes. Então compartilho com vocês esse post, na íntegra. E, para enriquecer, a foto mais antiga conhecida do mesmo local. Vejam que viagem:

                                           



          A foto acima, cuja fonte é o ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO mostra a imagem mais antiga existente sobre o cemitério de BICAS. Hoje, desses túmulos que se podem ver quase nada mais resta. Alguns valiosos escombros, apenas e, na maioria dos casos, sem identificação. À não ser que tenha havido alguma interferência nos últimos anos, o que nem sei se é permitido. Confesso que não conheço a legislação sobre o tema e até agradeceria se alguém me dissesse como fazê-lo. 
          Agora vamos a foto atual:


                                                     




A foto acima é atual. Até pouco tempo atrás, nosso cemitério era belíssimo, com a aléia principal sombreada por altas árvores. Como as raízes das mesmas estavam afetando os túmulos, optou-se por eles, em detrimento das árvores... E a paisagem agora é essa que vocês vêem aqui. Bem, vamos ao texto que legendava essa foto na publicação original

"Nas terras desmembradas das propriedades da família BARROSO GOMES construiu-se em 1879 uma pequena capela que mais tarde foi denominada CAPELA DE SÃO MIGUEL. O nome de seu construtor perdeu-se na memória histórica da região, mas segundo depoimento dos primeiros habitantes do município, ela é hoje o mais antigo prédio existente em BICAS. Ao seu redor foi criado o único cemitério que se tem notícia no município, e nela eram velados os imigrantes que não possuíam família aqui e também ocorriam as práticas religiosas. 
 Atualmente, é grande o número de pessoas que vão fazer suas orações e nos dias finados são tradicionais as missas celebradas, sendo então de grande valor histórico."
Fonte: INSTITUTO HISTÓRICO JOSÉ MARIA VEIGA. 
Foto: MARCELO BERTOLIN                                               



Bem, teçamos agora nossas considerações. Óbviamente as duas fotos não foram tiradas do mesmo ângulo. Desconhecemos a idade da foto mais antiga, mas sabemos ser um dos primeiros (senão o primeiro realmente) registro do lugar. Comparando as duas fotos, e sabendo que os túmulos mais antigos, construídos na elevação, estão localizados hoje à direita e ao fundo do cemitério atual (não aparece na foto atual aqui publicada), vejo que a capela de SÃO MIGUEL ainda não existia. Pelo menos não nos moldes de hoje. Gostaria muito de conhecer a opinião de vocês sobre o tema. Você, AMARILDO MAYRINK, mestre em fazer as composições fotográficas do tipo "ontem e hoje": que tal dar uma mãozinha pra gente? Ficaremos aguardando sua preciosa contribuição.

Se o tema te interessa, volte. Para conhecer o desenrolar. Abraços em todos!



03-10-2015
Bom dia a todos! Voltando após várias semanas para "desenrolar" o exposto acima. AMARILDO me mandou uma foto bastante semelhante à mais antiga publicada aqui, sendo que, nessa última, já podemos ver a capela de SÃO MIGUEL exatamente no mesmo lugar em que está hoje. Numa época em que o cemitério como um todo tinha uma aparência práticamente idêntica a da primeira foto postada aqui. Com certeza a construção da Capela foi mesmo nos primórdios da existência do Cemitério, conforme relato tendo como fonte o Instituto Histórico José Maria Veiga (acima). Suponho que as duas fotos tenham sido tomadas em um intervalo de tempo bem pequeno. Eu ainda me espanto com a data citada (1879). Mas, enfim, história é isso: uma fascinante sequência de surpresas e espanto. Eis a foto:



Como "brinde", trago também uma ampliação feita por AMARILDO do antigo portão de entrada (que se perdeu pelo tempo...). Nele, vemos com facilidade  as caveiras em cada lado do portão, fixadas acima de um "X" formado por dois ossos cruzados. Os habitantes mais antigos da cidade lembram-se das "estórias" que se contavam sobre as ditas caveiras... 



Enfim, é isso. De fato, a capelinha que existe em nosso Cemitério Municipal é sem dúvida um monumento histórico, singelo e silencioso, no final da aléia principal de nosso "campo santo" também já repleto de história...

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