sábado, 27 de junho de 2020

HOTEL FRANCÊS EM ROCHEDO DE MINAS???

     Hoje posto uma foto não antiga, mas de um imóvel antigo, na esperança de que, um dia, algum leitor amigo, conhecedor da história de ROCHEDO DE MINAS, possa nos ajudar. 
      Amigas queridas, pesquisadoras e também descendentes dos franceses do PÉRIGORD, encontraram um registro de óbito de um antepassado no cartório daquela cidade que dava, como local do falecimento do mesmo, o "HOTEL FRANCÊS". Ora, nem hoje nem durante toda minha vida ouvir falar que ROCHEDO tivesse tido, algum dia, um hotel. Não seria de se estranhar que tivesse, pois tinha estação ferroviária e uma coisa geralmente acompanhava a outra.  O espanto nos vem do fato de que mesmo BICAS, a "metrópole" daquela micro-região, sempre os manteve com dificuldade e no máximo um de cada vez. Hoje mesmo, pleno século XXI, não passam de dois os que temos na cidade. Que também não tem mais suas oficinas nem sua querida ferrovia, como teve também ROCHEDO. 
     Muito nos intrigou a todos a menção à esse hotel em ROCHEDO. Não houve quem me esclarecesse à respeito. Talvez, quem sabe, algum arquivo ou cartório de SÃO JOÃO NEPOMUCENO, sede da Comarca durante muito tempo. Mas sabemos o "trabalho de Hércules" que nos exige pesquisar nos cartórios de todo tipo. Mesmo nesses nossos tempos de informatização, digitalizações e democratização de informações, o objetivo final dos cartórios não está relacionado à cultura e pesquisas em geral, bem o sabemos. Quem sabe um dia... quando tais documentos só tiverem interesse histórico... 
     Meu irmão AMARILDO fez a gentileza de fazer uma breve visita de pesquisa à ROCHEDO e, embora ninguém soubesse informar sobre a existência de um hotel naquela cidade, em qualquer tempo, ele teve a atenção despertada para esse imóvel da foto. Tanto por sua localização em frente  à estação quanto pelo aspecto arquitetônico, similar ao também agora extinto BICAS HOTEL e outros que existiram em BICAS, não ao mesmo tempo. Hoje é residência particular.
     Publico aqui a dita foto na esperança de que alguém, um dia, venha em nosso socorro com informações que possam nos ajudar a esclarecer um pouco mais da história da família MOUTY e seu antepassado que, um dia, faleceu nesse Hotel do qual poderia também ter sido o proprietário. 








terça-feira, 23 de junho de 2020

MANDRAL DE VARGINHA

     A família MANDRAL, de SUZANNA, esposa de ANNET DOUSSEAU, sempre foi muito difícil de pesquisar. Desde o começo, pouquíssimas informações. Não fosse por JOSÉ FERREIRA MANDRAL, ao qual tive o prazer de conhecer numa manhã em seu apartamento, em LARANJEIRAS e de cujo rumo e existência tomei ciência pela querida e sempre bem disposta "Eny do Maninho", saberia ainda menos do que sei.  Infelizmente, essa foi a única vez que o vi. Ele já tinha mais de 90 anos naquela ocasião e eu morava em outra cidade. Depois desse dia falamo-nos algumas vezes por telefone e ele tomou assim ciência de que "nosso livro" estava sendo enfim publicado e lhe seria enviado. Suas palavras foram: "Você fez! De verdade!". Infelizmente, embora alguém tenha recebido o exemplar que lhe foi enviado, não foi ele. Faleceu antes disso, infelizmente.
     Em nossa conversa soube que ele teve dois filhos homens e que tinha netos que residiam em Varginha, Minas Gerais. Fotos de todos eles enfeitavam sua sala. Nunca consegui contatar nenhum deles.
     Recentemente, em mais uma de minhas infindáveis buscas pelo Google, acabei encontrando a notícia abaixo. Achei por bem republicar, porque, depois do senhor Elias, outro ramo surpreendentemente desconhecido de MANDRAL , do sul do Brasil, nos encontrou por esse blog. Então creio que continua sendo aqui o local apropriado para colecionar as memórias de família. Mesmo daquela parte que nem sequer chegamos a conhecer.
    Apenas para lembrar: os MANDRAL que chegaram ao BRASIL em 1888 foram o casal  JEAN MANDRAL e MARIE DELPÉRIER MANDRAL. Esse casal trazia uma filha, SUZANNA, que vem a ser minha bisavó. No BRASIL, JEAN e MARIE tiveram mais dois filhos: ELIAS E MARTA. ELIAS, pai do senhor JOSÉ, deve ter nascido logo após a chegada dos pais ao BRASIL. Ainda não nos foi possível precisar quando (1888? 1889?) nem onde (FAZENDA BOTAFOGO? FAZENDA BELA ALIANÇA? Ambas no VALE DO PARAÍBA). Segundo senhor JOSÉ, seu pai teria morrido com aproximadamente 60 anos. Também não temos ciência de data e/ou local exatos. ELIAS teve cinco filhos, dois homens e 3 mulheres. Um dos homens teve paradeiro desconhecido pelo senhor JOSÉ. E o próprio senhor JOSÉ saiu cedo da região de MACHADOS/BICAS/SÃO JOÃO NEPOMUCENO, para o serviço militar e nunca mais voltou.
    Sobre sua vida depois disso, não entrou em detalhes e nem tempo houve para isso. Segundo minha mãe, minha avó ainda tinha algum contato com essas primas e primos MANDRAL enquanto viva. Ao menos num primeiro momento.
    Tempos atrás, através desse blog, fui encontrada pelos MANDRAL do Sul, todos descendentes de MARTA que, ao contrário das truncadas histórias contadas, não só teve filhos, como mais de um, de sobrenome BARBOSA. Como foi maravilhoso encontrá-los!
    Sendo assim, por eles e para eles e por todos nós, achei por bem publicar aqui a notícia encontrada, referente a um dos netos (ou bisneto?) de JOSÉ FERREIRA MANDRAL. Portanto, com ele compartilhamos as raízes que nos alimentaram. A notícia é triste e espero, publicando-a aqui, não causar nenhum constrangimento, mas sim honrar e deixar registrada a memória de uma existência. No mínimo ajudará um familiar que, no futuro, deseje continuar esse trabalho de resgate que iniciei.
   Deixo aqui meu abraço à(s) família(s) MANDRAL de VARGINHA. Fraternalmente.


Fonte: blogdomadeira.com.br

Fonte: Varginha on-line

 

quarta-feira, 10 de junho de 2020

A COMENDA DO COMENDADOR

Bom dia a todos!

     Pensei em adicionar essas fotos na página de Fotos Antigas mas... as fotos são novas. Os objetos fotografados é que seriam antigos. Sendo assim...
     No interior de Minas e em quase todo canto desse nosso brasilzão, existe o hábito de "titular" pessoas não oficialmente. Os "coronéis" não são coronéis. Os "comandantes" não são comandantes.  Os "doutores" não são doutores... e por aí vai. Sendo assim, embora títulos e comendas fossem farta e estrategicamente distribuídos em nosso Brasil imperial, sempre me ficou faltando VER os documentos que os comprovem, no caso do "personagem principal" de nossa saga de imigrantes, ou seja, FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT.
     Se, por um lado, todo o percurso de ALIBERT, que vai muito mais longe do que abordado tantas vezes aqui, justificaria, a meu ver, tal comenda e talvez até mais que isso, por outro lado intrigava-me o fato de tais fatos de importância numa comunidade tão pequena quanto BICAS e arredores terem sido solenemente ignorados e apagados com o correr dos anos. O fato de ALIBERT ter terminado seus dias sem nenhum brilho social não justifica que o que ele representou tenha sido apagado da história social do lugar. Pessoas muito menos importantes naquela região nomeiam praças, ruas e prédios públicos. Sim, era francês; mas optou pelo Brasil e trouxe  inúmeras famílias que estão ali, ainda hoje, povoando a região. 
     Preciso deixar claro que, quando teço essas considerações, não me refiro à valores morais ou motivações íntimas de qualquer tipo. Essas foram controversas ainda naquele tempo. Falo do valor REAL para a sociedade da época. Pelo quanto modificou o destino de tantos e pelo que foi capaz de ter e realizar, materialmente falando. Se é justamente isso que determinava e ainda determina a concessão de títulos e privilégios...
     ALIBERT teve presença marcante também no VALE DO PARAÍBA e muito, principalmente no RIO DE JANEIRO, a CORTE. Era muitíssimo bem relacionado e isso, sabemos, produz frutos ainda maiores que as próprias obras. Mas... não foi assim com ele. 
     Para mim, por mais que estude, leia, confronte pontos de vista, FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT é uma incógnita. E, sendo assim, considero bem introduzida as imagens abaixo.  Elas me foram encaminhadas por LEONARDO (ALIBERT) MEIRELLES, seu bisneto e estavam sob o poder de uma prima, em JUIZ DE FORA. 
     Assim como para qualquer pesquisador que se propõe à fazer um trabalho sério e confiável, o documento principal, para nós, seria o documento comprobatório, em si. Com o nome do titulado bem visível e a inevitável assinatura de D.PEDRO II. Mas não o temos. Isso não representa dúvida sobre a realidade dos fatos. Todos os documentos oficiais da região  se referem à ALIBERT como "Comendador". Mas ter o documento seria muito interessante para nós, sem dúvida.

     Segundo a página https://super.abril.com.br/historia/ : 
    "Quando surgiu, na Idade Média, a recompensa tinha um significado bem diferente. Naquele tempo, a comenda era um benefício dado a membros do clero ou a militares que demonstravam valentia em batalhas. Geralmente, a comenda era algo valioso, como o  título de propriedade de uma terra. Com o passar dos séculos, seu valor tornou-se simbólico, representado por diplomas ou medalhas", afirma Waldemar Baroni, heraldista (especialista em títulos e emblemas da nobreza) do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito de São Paulo (CEHM).
     Se antes o Comendados tinha a obrigação de defender a terra recebida contra inimigos hoje ele não tem função definida. No máximo, a distinção confere algum prestígio em certos círculos sociais. Mesmo assim, o título sobrevive no cerimonial de governos e instituições privadas, que seguem uma hierarquia de acordo com a importância do homenageado. 'O menor grau é cavaleiro, seguido de oficial, comendador, grande oficial, grã-cruz e, quando existe, grão colar", afirma outro heraldista, Adilson Cezar, também do CEHM."

    Pelo que pude apreender da pesquisa que realizei recentemente, a Comenda poderia vir como diploma OU medalha. Isso pode ser bastante esclarecedor quanto ao fato de não termos um documento. 
    Enfim, aqui está "A COMENDA DO COMENDADOR ALIBERT". Para apreciação de quantos tinham a mesma curiosidade que eu e para deixar registrada e comprovada sua existência.