terça-feira, 20 de outubro de 2015

FAMÍLIA ALIBERT

Bom dia, pessoal! 

         Trazendo hoje para vocês fotografias preciosas e que dispensam grandes comentários. Tão preciosas que merecem ser publicadas aqui nessa página inicial, numa postagem especial.
         Todas elas têm sua origem na boa vontade de LEONARDO ALIBERT, bisneto de FIRMIN FRANÇOIS com o qual tenho mantido contato por e-mail nas últimas semanas. Apresento para vocês o que temos dessa família que, na sua origem, mudou o rumo das nossas. Daí sua importância para cada um de nós, descendentes perigordinos.
         Para mim, especialmente, o contato com essas fotografias e com LEONARDO foi e tem sido muito interessante. Especial mesmo. Não se esqueçam, leitores, que há 9 anos venho procurando por descendentes ALIBERT. Sabia que existiam, mas não sabia onde nem como localizá-los. Quando já não tinha mais esperanças, o alcance de nosso blog se mostrou grande e realmente eficaz quanto aos propósitos para o qual foi criado: ampliar cada dia mais nosso conhecimento sobre os fatos e pessoas que nos tornaram um grupo de brasileiros bem particular: filhos, netos e bisnetos daqueles que, "derracinés"*, deixaram sua terra seguindo um sonho de um futuro melhor para seus filhos. E aqui permaneceram. Obrigada, LEONARDO. Em nome de todos.
* Palavra francesa cujo sentido mais se aproxima do sentimento que descreve, à meu ver, o drama quase épico que nossos antepassados viveram: DESENRAIZADOS. Arrancados pela raiz do solo que os viu nascer. E tendo que viver e dar frutos em solo e clima completamente diferentes. É ou não é tarefa para poucos? Fica aqui nosso respeito eterno por cada qual.





                                                            

FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. De cada lado dele, suas duas sobrinhas, GERMAINE (que também veio a ser sua esposa) e CELESTE DEZON. A terceira pessoa não está identificada. Outra sobrinha? Foto provávelmente tomada na FRANÇA.


PIERRE ALIBERT, filho de FRIMIN FRANÇOIS com GERMAINE DEZON.

Outra de PIERRE ALIBERT.

PAULO ALIBERT, outro filho de FIRMIN FRANÇOIS com GERMAINE DEZON. Foto tomada em 01-1962, no Condomínio Retiro das Pedras, em BELO HORIZONTE,


                                                        

MARIA (MARINETTE) ALIBERT (nascida em 28-12-1904), filha de FIRMIN FRANÇOIS. Na foto, com sua mãe, GERMAINE DEZON. Foto tomada provávlmente em 1923. Atrás uma dedicatória para dona LULU BAETA.

         
                                                  

GERMAINE DEZON, com seus filhos PIERRE e MARINETTE, na janela da casa onde viviam em BICAS, NA RUA DONA ANA, após terem vivido na FAZENDA MONTE CRISTO. Foto tomada em 03-01-1926.




MARINETTE ALIBERT.
MARINETTE ALIBERT (centro),  MANUELA TEMPONI DE ARRUDA CÂMARA (esquerda) . Quanto à senhorita da direira, pairam dúvidas. Seria uma da irmãs MOUTY? em caso positivo, LYDIA ou OLGA? Eu, particularmente, creio que possa realmente se tratar de OLGA BONIMOND MOUTY.  Foto feita  muito provávelmente na mesma RUA DONA ANA, em frente à casa onde a família ALIBERT morava.
                                                               
                                                           
MARINETTE ALIBERT com MARIA DA CRUZ AZEVEDO PENCHEL. Ainda na Rua Dona Ana.


                                                            
MARINETTE ALIBERT já casada com JOSÉ URBANO MEIRELLES, morando em BELO HORIZONTE. Com seu primeiro filho, DARIO MARCUS. Foto tomada provávelmente em 1936.


                                                                                 
Os tres filhos de MARINETTE ALIBERT: DARIO MARCUS,  SÉRGIO AUGUSTO e MARILDA. Foto tomada em 25/01/1944. Idade aproximada das crianças: 10, 6 e 3 anos.

                                                                
MARINETTE ALIBERT, que continuava sendo professora em BELO HORIZONTE.


                                                                               
Da esquerda para a direita: professora NOÊMIA DE SOUZA, MANUELA TEMPONI DE ARRUDA CÂMARA, MAJOR AMÉRICO,  LURDES BAETA (com a qual MARINETTE viveu desde a morte de sua mãe até o casamento),  MARINETTE ALIBERT MEIRELLES, LURDES BIANCO GIANNINI, MARIA ANTONIETA GOMES BAIÃO e VERA MARIA BIANCO DE SOUZA GALIL. Foto tomada na fazenda de MANUELA TEMPONI, em BICAS. Provávelmente nos anos 70.

sábado, 3 de outubro de 2015

CEMITÉRIO DE BICAS

Bom dia!

         Encontrei há poucos dias um post muito interessante num grupo do Facebook chamado "BICAS, PRAZER EM CONHECER", que falava sobre o cemitério da cidade. Eu nunca tinha procurado maiores informações sobre ele, embora o interesse histórico nunca tenha faltado, visto que ali terminaram seus dias muitos dos que fazem parte de nossa história relativa aos imigrantes. Então compartilho com vocês esse post, na íntegra. E, para enriquecer, a foto mais antiga conhecida do mesmo local. Vejam que viagem:

                                           



          A foto acima, cuja fonte é o ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO mostra a imagem mais antiga existente sobre o cemitério de BICAS. Hoje, desses túmulos que se podem ver quase nada mais resta. Alguns valiosos escombros, apenas e, na maioria dos casos, sem identificação. À não ser que tenha havido alguma interferência nos últimos anos, o que nem sei se é permitido. Confesso que não conheço a legislação sobre o tema e até agradeceria se alguém me dissesse como fazê-lo. 
          Agora vamos a foto atual:


                                                     




A foto acima é atual. Até pouco tempo atrás, nosso cemitério era belíssimo, com a aléia principal sombreada por altas árvores. Como as raízes das mesmas estavam afetando os túmulos, optou-se por eles, em detrimento das árvores... E a paisagem agora é essa que vocês vêem aqui. Bem, vamos ao texto que legendava essa foto na publicação original

"Nas terras desmembradas das propriedades da família BARROSO GOMES construiu-se em 1879 uma pequena capela que mais tarde foi denominada CAPELA DE SÃO MIGUEL. O nome de seu construtor perdeu-se na memória histórica da região, mas segundo depoimento dos primeiros habitantes do município, ela é hoje o mais antigo prédio existente em BICAS. Ao seu redor foi criado o único cemitério que se tem notícia no município, e nela eram velados os imigrantes que não possuíam família aqui e também ocorriam as práticas religiosas. 
 Atualmente, é grande o número de pessoas que vão fazer suas orações e nos dias finados são tradicionais as missas celebradas, sendo então de grande valor histórico."
Fonte: INSTITUTO HISTÓRICO JOSÉ MARIA VEIGA. 
Foto: MARCELO BERTOLIN                                               



Bem, teçamos agora nossas considerações. Óbviamente as duas fotos não foram tiradas do mesmo ângulo. Desconhecemos a idade da foto mais antiga, mas sabemos ser um dos primeiros (senão o primeiro realmente) registro do lugar. Comparando as duas fotos, e sabendo que os túmulos mais antigos, construídos na elevação, estão localizados hoje à direita e ao fundo do cemitério atual (não aparece na foto atual aqui publicada), vejo que a capela de SÃO MIGUEL ainda não existia. Pelo menos não nos moldes de hoje. Gostaria muito de conhecer a opinião de vocês sobre o tema. Você, AMARILDO MAYRINK, mestre em fazer as composições fotográficas do tipo "ontem e hoje": que tal dar uma mãozinha pra gente? Ficaremos aguardando sua preciosa contribuição.

Se o tema te interessa, volte. Para conhecer o desenrolar. Abraços em todos!



03-10-2015
Bom dia a todos! Voltando após várias semanas para "desenrolar" o exposto acima. AMARILDO me mandou uma foto bastante semelhante à mais antiga publicada aqui, sendo que, nessa última, já podemos ver a capela de SÃO MIGUEL exatamente no mesmo lugar em que está hoje. Numa época em que o cemitério como um todo tinha uma aparência práticamente idêntica a da primeira foto postada aqui. Com certeza a construção da Capela foi mesmo nos primórdios da existência do Cemitério, conforme relato tendo como fonte o Instituto Histórico José Maria Veiga (acima). Suponho que as duas fotos tenham sido tomadas em um intervalo de tempo bem pequeno. Eu ainda me espanto com a data citada (1879). Mas, enfim, história é isso: uma fascinante sequência de surpresas e espanto. Eis a foto:



Como "brinde", trago também uma ampliação feita por AMARILDO do antigo portão de entrada (que se perdeu pelo tempo...). Nele, vemos com facilidade  as caveiras em cada lado do portão, fixadas acima de um "X" formado por dois ossos cruzados. Os habitantes mais antigos da cidade lembram-se das "estórias" que se contavam sobre as ditas caveiras... 



Enfim, é isso. De fato, a capelinha que existe em nosso Cemitério Municipal é sem dúvida um monumento histórico, singelo e silencioso, no final da aléia principal de nosso "campo santo" também já repleto de história...