segunda-feira, 2 de julho de 2012

HOSPEDARIA HORTA BARBOSA


Nessa hospedaria, especificamente no nosso caso, destacamos a passagem da família de PIETRO GUGLIELMINI, marido de MARIÁ DOUSSEAU GUILHERMINO, que nela perdeu sua primeira esposa, LÚCIA, em provável morte de parto, antes de ser "comprado" (palavra usada no registro de entrada e saída) para a MONTE VERDE. 
Existiu em Juiz de Fora, Minas Gerais, a partir de agosto de 1888, no bairro da Tapera, atual Santa Terezinha, e foi desativada na primeira década do século XX. No local, hoje, encontra-se o 2º Batalhão de Polícia Militar.
Esta hospedaria, a maior e mais duradoura do Estado, funcionava como ponto de acolhida aos imigrantes que chegavam de diversos portos, principalmente do RIO DE JANEIRO, com destino a MINAS GERAIS. Os imigrantes que chegavam pelo porto do Rio de Janeiro, após meses de viagem, eram recebidos na HOSPEDARIA DE IMIGRANTES DA ILHA DAS FLORES, ou outras em outros Estados, e depois remanejados a seus destinos pelos contratadores, apelidados de “gatos”.
Localizar a Hospedaria na região foi uma decisão estratégica: além de centro da mais importante área de cultura de café de Minas Gerais, Juiz de Fora era ponto de entrada no Estado, já que muito próxima do Rio de Janeiro, ao qual se ligava por rodovia (a estrada UNIÃO E INDÚSTRIA) e ferrovia.
A Hospedaria Horta Barbosa tinha a finalidade de abrigar os imigrantes pelo prazo máximo de cinco dias, mas sabe-se que este prazo muitas vezes se estendia, pois os estrangeiros não raro passavam lá mais tempo, aguardando que fossem escolhidos para o trabalho. Existem notícias que relatam a sujeira, promiscuidade, falta de medicamentos e higiene, que transformava as levas de pessoas em autêntico carregamento de gado. 
Os fazendeiros, acostumados com o regime da escravidão, sem ter absorvido ainda a Lei Áurea – de abolição da escravatura, que para muitos trouxe prejuízos - passavam em revista os imigrantes que mais interessavam ao serviço da lavoura, da plantação do café e para os serviços domésticos, como se estivessem ainda escolhendo escravos, exigindo deles os mesmos requisitos das antigas compras de cativos.
Nesta Hospedaria também havia livros de registros de entradas. Estes livros estão arquivados no Arquivo Público Mineiro em Belo Horizonte, disponíveis para consulta local, conforme dados abaixo.
Av. João Pinheiro, 372 – Funcionários Belo Horizonte, MG 30130-180 Telefax: (31) 3269-1060 / (31) 3269-1167
Horário de Funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas. 
FONTE: WIKIPEDIA e ORKUT FOTOS ANTIGAS

                                                                   

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