sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

SÃO JOÃO NEPOMUCENO

Bom dia!


          Desde muito anos tinha eu a curiosidade de saber de onde viria o nome desse santo que é também o nome de nossa vizinha SÃO JOÃO NEPOMUCENO. Como acredito que muitos compartilham de minha ignorância quanto ao tema, a providência resolveu o nosso caso.
       Tenho feito viagens constantes à BICAS nos últimos dois anos, devido a mudança de meus pais de volta para nossa cidade natal. Não dispondo de transporte próprio e fazendo essas viagens de ônibus, ocorre que tenho companhia variada a meu lado.
       Eis que, numa dessas ocasiões, fui brindada pela Providência com MARIA DO CARMO SOBREIRA. Não a conhecia nem de rosto nem de nome. Foi realmente providencial porque era um evento excepcional para ela a viagem de ônibus. Não sou muito dada a conversas das quais não posso escapar, o que é o caso do transporte público, mas, nesse caso, foi um encontro mais que frutífero: foi prazeiroso. Foi até mesmo emocionante e curioso. 
        MARIA DO CARMO vem a ser a autora de dois livros que nos dizem respeito. Esse que vocês vêem logo aqui abaixo esclareceu tudo que eu precisava ver esclarecido em relação ao santo que deu nome à nossa vizinha SÃO JOÃO. Nesse caso, o NEPOMUCENO.

                                                    



       O seguinte, que também é muito interessante para todos nós, estudiosos da história da região, vocês podem ver também logo aqui abaixo:




Ao escrever sobre o tema, o fez ampla e minuciosamente, visto que incluiu aí inclusive nossa querida capelinha DE BOM JESUS DOS MACHADOS. Transcrevo para você leitor, a íntegra do pequeno capítulo:

CAPELA BOM JESUS DOS MACHADOS
(1953)

Localiza-se no distrito de Carlos Alves, que pertence ao município de São João Nepomuceno, ficando a mais ou menos trinta e cinco quilômetros de distância.
Machados é conhecido popularmente por Curral pelo fato de serem organizados rodeios num grande curral lá existente e que atrai muita gente em época de festas. Devido à maior proximidade com a cidade de Bicas, situada a dez quilômetros, Machados é assistida pelos sacerdotes daquela localidade.
Os católicos da Fazenda dos Machados iam frequentemente a Congonhas visitar on santo padroeiro Bom Jesus de Congonhas. O lavrador ARLINDO FLORENTINO, um dos moradores do povoado que sempre acompanhava as romarias, por receber uma graça, resolveu doar um terreno para a construção de uma Capela a qual teria como padroeiro Bom Jesus e receberia o nome de Capela do Bom Jesus dos Machados, alusão ao Bom Jesus de Congonhas.
Entre o lançamento da pedra fundamental e a inauguração da capela, transcorreram-se oito anos. Durante todo esse tempo, Arlindo dedicou-se à construção, arrecadando doações e pedindo a ajuda de toda a comunidade.
Finalmente, no dia 14 de setembro de 1953, dia do padroeiro da igrejinha, ela foi inaugurada, e a primeira missa celebrada pelo Padre Henrique Neves Júnior.
O povoado teve um grande desenvolvimento após a construção da igreja, onde foram celebrados vinte e tres casamentos simultâneamente, numa certa ocasião.
Ao lado da capela foi construído um salão de festas espaçoso e modernamente equipado. Foi construída a Escola Pública, implantado o posto de saúde ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA e criado o CENTRO COMUNITÁRIO MARIA DOUSSEAU DE SOUZA.
Com o passar do tempo, o povoado foi sofrendo uma evasão progressiva dos moradores, e a igrejinha encontra-se hoje práticamente solitária no meio da vegetação, embora ainda seja visitada na época das festas do seu padroeiro.
Toda a documentação referente à Capela Bom Jesus dos Machados encontra-se na Paróquia de Bicas, aos cuidados do pároco atual.

DEPOIMENTO: ALMIRA DE SOUZA / Profissão: professora aposentada.
Local e data de nascimento: Argirita (MG) - 24 de setembro de 1934.

OBS: Todos os grifos em vermelho foram feitos por mim, autora do blog.



Maria do Carmo: meus agradecimentos, em nome de toda nossa família, pelo seu trabalho que muito nos honra.

Aproveito a ocasião para divulgar para todos vocês, queridos leitores e, principalmente, aqueles dentre vocês que moram nas imediações de São João Nepomuceno, outro belíssimo trabalho de MARIA DO CARMO. Ela criou o "EMPÓRIO DE LIVROS SANTA BÁRBARA". Trata-se simplesmente (porque todas as iniciativas importantes são verdadeiramente simples...) de levar o acesso aos livros de fato ao alcance da população, em nossas cidades que não dispõem de livrarias e nem mesmo, na maioria das vezes, de uma mera banca de revistas e jornais. São livros usados, de todos os gêneros, vendidos a preços verdadeiramente simbólicos. É um Empório itinerante. Depende apenas de pequenos espaços e alguns voluntários para levá-lo aonde for aceito e desejado. SÃO JOÃO, BICAS, ROCHEDO, ROÇA GRANDE, TARUAÇÚ, CARLOS ALVES, MARIPÁ, GUARARÁ, ARGIRITA, etc... etc... etc... Alguém se habilita? Em caso positivo, deixe no espaço abaixo, reservado aos comentários, um meio de contato. Comprometo-me pessoalmente a repassar para ela. 


Ora... Sabemos nós todos que o livro é "remédio para a alma". E  sempre muito me espantou que, em nossas cidades cheias de farmácias, nos faltem livrarias... Concordam? Sim, temos nossa muito boa biblioteca pública. E temos também a brilhante iniciativa do Supermercado Santo Antônio. Isso no caso de BICAS. Mas alguém duvida de que livro... nunca é demais? Existe alguma acessibilidade de qualquer tipo nas pequenas cidades vizinhas? Não? Então agora podem ter...



Esclareço: é uma iniciativa ABSOLUTAMENTE sem fins lucrativos, oriunda somente da paixão pelos livros de MARIA DO CARMO, assim como de particularidades de sua história pessoal. A hora é essa! 



Até breve!

2 comentários:

  1. Bela iniciativa e parabéns Marly por divulgar, leitura nunca é demais. Fiz recentemente uma doação de vários livros e revistas educativas a biblioteca do meu bairro que disponibiliza livros e revistas para os usuários de ônibus aqui em Brasília. Achei muito legal. bjs... Lalá.

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    1. E ela continua, Lalá. Recentemente está em Rochedo. Essa de Brasilia que você citou me lembrou um post do facebook que mostrava uma estante com livros doados NO PRÓPRIO ponto de ônibus, onde as pessoas pegavam, devolviam e doavam à vontade. Que coisa mais linda, gente!

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