20-12-2020
Bom dia a todos!
No dia 21 de Novembro, nesse ano de 2020 tão sofrido nós, os amantes da História em geral e de seu patrimônio, tivemos a notícia do triste incêndio na FAZENDA DA GRAMA, em RIO CLARO, município de fundamental importância no Ciclo do Café fluminense. Uma das joias do VALE DO PARAÍBA.
Em razão de uma ligação de nossos franceses com a FAMÍLIA BREVES, especialmente na pessoa do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ DE SOUZA BREVES, sua história e suas possessões no VALE e também na ZONA DA MATA MINEIRA, houve um tempo em que mergulhei fundo na história dessa família como se minha fosse, o que vocês podem constatar tanto na leitura de nosso livro quanto passeando pelas páginas desse blog.
Imediatamente após ler essa notícia, ainda nas primeiras horas da manhã, repassei-a para FABIO RODRIGUES, morador de MANGARATIBA e também amante da história da região, com a qual é ligado afetivamente desde a infância. Além disso, muito ligado à SECRETARIA DE CULTURA daquele município, demonstra em todas as suas ações e publicações um interesse genuíno pela preservação e defende um reconhecimento mais concreto das ruínas do SACO DE MAGARATIBA e da SERRA DO PILOTO como essencialmente ligados à história de MANGARATIBA e dos BREVES pelos arredores. Aliás, podemos dizer que os BREVES SÃO a região. Inclusive nos quilombos que ainda existem por lá, resistindo com muita coragem encontramos, de certa forma, o lado nada glamoroso e igualmente importante da opulência dos nossos Barões. Um "rescaldo humano", digamos assim, para o qual ainda não se voltaram com vontade os olhos do poder público e dos amantes da mais genuína cultura popular, que precisa ser resgatada e valorizada em suas raízes. Ao menos assim percebe meu imaginário de historiadora amadora.
As fotos a seguir foram tomadas por ele, praticamente em seguida ao incêndio. As palavras que as seguem também lhe pertencem.
Neste último fim de semana o casarão colonial de dois andares, sede da Fazenda São Joaquim da Grama, em Rio Claro, erguido pelo Comendador Joaquim José de Souza Breves, o maior escravagista e produtor de café brasileiro, foi incendiado. Neste imóvel do Século XIX, Patrimônio Histórico-Cultural da nossa região praticamente abandonado pelo poder público, foram discutidos assuntos de interesse dos senhores imperiais e costurados acordos políticos de todo o sul fluminense e do Brasil. Parte importante da nossa História se vai com o incêndio! Nossa memória importa para não esquecermos alguns absurdos cometidos pelo ser humano! Preservem nossa cultura! Preservem nossa identidade!
No mesmo dia, algumas horas depois, no mesmo FACEBOOK, mais uma postagem muito esclarecedora sobre o evento em questão, por CLÁUDIO PRADO DE MELLO, replicada na página O PASSADO DO RIO no que se refere aos aspectos da teia de trâmites e questões que envolvem nossos patrimônios histórico-culturais. Vejamos:
A REALIDADE DA FAZENDA DA GRAMA , EM RIO CLARO, NESSA SEGUNDA, APÓS O INCÊNDIO DE SÁBADO-DOMINGO
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