Arquivo de Documentos Antigos


193 - Hoje trago para vocês alguns documentos que me encantaram muito. Não tanto pelo impacto dos acontecimentos descritos mas, principalmente, pelos detalhes habituais nesse tipo de documento. Isso nos permite vislumbrar toda uma realidade  quase como se estivéssemos lá, bem presentes. São minúcias que se tornam muito preciosas com o passar do tempo. Descrevem um exato momento histórico, através de seus detalhes particularíssimos  e seus  personagens. O primeiro deles trata-se do atestado de óbito de JOÃO DELAGE. O segundo, em duas páginas, traz-nos o arrolamento dos pertences encontrados com ele no momento de sua morte, no antigo BICAS HOTEL. Vamos lê-los? 





TALÃO N.4                                                               PAG.41

 

         REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL

Estado de Minas Geraes   Município de Bicas   Districto de Bicas

                               ÓBITO (N. 95)

LAUDELINO L. DE VASCONCELLOS                                   Laudelino Rabello de

     ESCRIVÃO DE PAZ E                                                            Vasconcellos

OFICCIAL DO REGISTRO CIVIL                                                     Escrivão

   BICAS – E.F.L. – MINAS

 

Certifico que a fls. 57 e V  do livro n. 10 de registro de óbitos foi feito hoje o assento de João Delage, fallecido aos vinte e oito de Junho de 1932, às pela manhã horas em Bicas, do sexo masculino, de cor branca, profissão comerciante, natural deste distrito, domiciliado em ... e residente neste distrito, com 40 anos de idade, estado civil solteiro, filho de Augusto Delage e de D.Leonídia Deçage,  profissão ... , natural ... e residente ... .

     Foi declarante Antônio Francisco Reis, sendo o attestado de obito firmado por Dr.Vicente Bianco e Ralph Grunewald, que deu como causa da morte insuficiência do miocárdio – colapso cardíaco. O sepultamento foi feito no cemitério desta cidade.

    Observações: Vale a entrelinha que diz “colapso cardíaco”.

 

   O referido é verdade e dou fé.

                                                Bicas, 29 de Junho de 1932

                                               Laudelino Rabello de Vasconcelos

                                                        O official

     



Delegacia de Polícia Especial do Município

de Bicas, Estado de Minas Gerais

 

                                                    Arrolamento

Aos vinte e oito dias do mês de Junho de

mil novecentos e trinta e dois, nesta cidade

de Bicas, no Bicas Hotel em o quarto

nº 7 aí presente o Snr.Te. Anselmo Pe-

reira Coura Júnior, Delegado de Polícia

Especial, comigo escrivão de seu cargo abai-

xo nomeado e testemunhas Te.Romeu

Ribeiro de Oliveira e Elias Abude Antô-

nio Paiva Santos, pela dita autoridade foi

mandado arrolar dinheiro, documentos, rou-

pas e objetos que por acaso existissem no refe-

rido quarto e pertencente ao hóspede Sr.

João Delage que constava haver falecido.

Abrindo a porta do quarto, acompanhado de

peritos e testemunhas, foi constatada a morte

do referido Snr.João Delage, conforme atesta-

ram os peritos Drs. Vicente Bianco e Ralph

Grunewald. Encontrou-se nas algibeiras

do paletot que estava dependurado no

cabide da cama a quantia de 4:450$000

(quatro contos quatrocentos e cinqüenta mil

réis) e nas algibeiras da calça a quantia

de 105$100 (cento e cinco mil e cem réis)

perfazendo tudo o total de 4:555$100 (quatro

contos quinhentos e cincoenta e cinco mil e cem

réis), cédulas de 500$000, de 200$000, de 100$000,

de 50$000, de 20$000, de 10$000, de 5$000 de 1.200

pratas e nikeis; 1 molho de chaves; 2 papéis

de Crédito A. Ribeiro; um vale devedor de 


                                                                                 



Delegacia de Polícia Especial do Município

de Bicas, Estado de Minas Gerais

 

                                                    Arrolamento

Aos vinte e oito dias do mês de Junho de

mil novecentos e trinta e dois, nesta cidade

de Bicas, no Bicas Hotel em o quarto

nº 7 aí presente o Snr.Te. Anselmo Pe-

reira Coura Júnior, Delegado de Polícia

Especial, comigo escrivão de seu cargo abai-

xo nomeado e testemunhas Te.Romeu

Ribeiro de Oliveira e Elias Abude Antô-

nio Paiva Santos, pela dita autoridade foi

mandado arrolar dinheiro, documentos, rou-

pas e objetos que por acaso existissem no refe-

rido quarto e pertencente ao hóspede Sr.

João Delage que constava haver falecido.

Abrindo a porta do quarto, acompanhado de

peritos e testemunhas, foi constatada a morte

do referido Snr.João Delage, conforme atesta-

ram os peritos Drs. Vicente Bianco e Ralph

Grunewald. Encontrou-se nas algibeiras

do paletot que estava dependurado no

cabide da cama a quantia de 4:450$000

(quatro contos quatrocentos e cinqüenta mil

réis) e nas algibeiras da calça a quantia

de 105$100 (cento e cinco mil e cem réis)

perfazendo tudo o total de 4:555$100 (quatro

contos quinhentos e cincoenta e cinco mil e cem

réis), cédulas de 500$000, de 200$000, de 100$000,

de 50$000, de 20$000, de 10$000, de 5$000 de 1.200

pratas e nikeis; 1 molho de chaves; 2 papéis

de Crédito A. Ribeiro; um vale devedor de

 

 

de 50$000 a Raul Salles Ribeiro; um talão de

cheque do Banco Comércio e Indústria de

Minas Gerais em Bicas; uma carta de

A.Reis; um caderno de conta corrente

do Banco em Bicas. Um anel de ouro

com as iniciais J.D.; um capote de case-

mira marrom; uma mala de fibra; um

corte de brim; duas gravatas de seda;

um vidro de magnésia bisurada; um dito

de gibaina; dois canivetes; um vidro

de loção; um vidro de decolen; um vidro

de bálsamo analgésico; um vidro contendo

loção; um terno de casemira cor  café com

leite; dois ternos de  brim cor marrom claro;

seis camisas tricoline; uma blusa de algo-

dão malha; treis ceroulas; quatro coe-

cas; um par de chinelos; um par de sapatos;

uma calça de pijama; onze pares de meias;

oito lenços; onze colarinhos; uma escova

de roupa; uma caixa de medicamento Nelo,

digo Neo Riodine; um vidro com um pouco

de extrato; treis caixas de fósforos; treis

lápis; uma caderna de apontamentos com

papeis de contas. E por nada mais haver, man-

dou a autoridade que este encerrasse e vai

devidamente assinado. Eu, Laudelino Ra-

bello de Vasconcellos, escrivão, o escrevi.

Tenente Anselmo Pereira Coura Júnior

Delegado de Polícia Especial

(... ...)

Romeu de Oliveira

Antônio Paiva “Santos” (?)


192 - Os documentos transcritos abaixo me foram enviados pelo incansável e generoso  RODRIGO, de GUARARÁ. Eu  acreditava  já tê-los lido e até mesmo publicado antes, mas parece que me enganei. Então... ei-los!




                               PRIMEIRA FOLHA

 

FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT

  FAZENDA DE MONTE CHRISTO

           Estação das Bicas

                  MINAS

                                                               Monte Christo 18 de Janeiro de 1893

 

                         Ilmo.Exmo.Sr.Presidente da Câmara Municipal da Villa de Guarará

                                                 Exmo.Sr.

                         Em vista de minha idade (61 annos) de minha saúde um pouco alterada                    

                         e do caminho comprido (3 léguas) me acho impossibilitado de exercer o           

                         mandato de Vereador Especial eleito pelo distinto eleitorado de

                         Maripá, peço então a V.Exma. de aceitar minha renúncia de Vereador

                         Especial de Maripá.

                                   Por esse motivo peço disculpa a V.Exª e aos meus honrados  

                            collegas e sou de V.Exª. amigo creado obrigado.

 

                                                                Firmin François Alibert

 

 


                                       

SEGUNDA FOLHA                        

                     

                                                Monte Christo 7 de Fevereiro de 1895

 

                          Ilmo.Exmo.Sr.Presidente da Câmara Municipal da Villa de Guarará

                                           

                                                              Amigo e Sr.

 Tenho a honra de comunicar a V.Exª. que hontem recebi de uma só vez três officios da Câmara Municipal, a primeira com data do dia 1º de Fevereiro, comunicando-me que minha renúncia de Vereador foi rejeitada pela Câmara e convidando-me para a sessão do dia 4. O segundo, com data do dia 4, convidando-me para a sessão do dia 5, onde V.Exª. chama minha atenção para o art: 35 dos Estatutos Municipais; e enfim o terceiro, com data do dia 5, convidando-me para a sessão do dia 8.

          Em 5 dias 3 offícios! Chamando-me a 3 léguas e eu me achando sem administrador e tendo duzentas arrobas de café no terreiro desde um mez apanhando chuva todos os dias!.. V.Exª. chama minha atenção para o art:35 dos Estatutos Municipais, peço licença a V.Exª para tomar a liberdade de chamar também

 



TERCEIRA FOLHA

 

 sua atenção para o art:13 da organização Municipal do Estado de Minas       Gerais. Estatuto primeiro da Administração Municipal.

          V.Exª teria a vontade de multar um vereador que renunciou a seu mandato e que nem possa tomar?

          Peço a V.Exª tenha a bondade de comunicar aos Distinctos Vereadores da Câmara da Villa de Guarará, que os agradeço do fundo do meu coração pela simpathia que manifestarem a minha humilde pessoa rejeitando a hunanimidade minha renúncia.

         Sinto muito, porém me acho na obrigação de reiterar a V.Exª minha renúncia de Vereador pelo Districto de Maripá.

 

                                                              De V.Exª

                                                 Amigo creado obrigado

                                                  Firmin François Alibert

 

                     


191 Vejam a maravilha que eu posso trazer  para  vocês graças à inesgotável gentileza de LALÁ e FAFAU (MOUTY),  tantas  vezes  citadas  aqui:  a lista COMPLETA de passageiros do Vapor ORENOQUE,  feita no momento da chegada à hospedaria dos imigrantes na ILHA DAS FLORES.  Além das muitas famílias  de franceses destinadas à BICAS , como nossos DOUSSEAU podemos apreciar, em detalhe, quantas pessoas à mais fizeram a mesma travessia. Saídas de lugares diferentes , viajaram juntas e confinadas rumo ao desconhecido. Vocês também conseguem ver a magia desse inexorável? Tomara  que sim! Use a imaginação e viaje junto

OBS: Os nomes de nossos familiares, como já sabemos, sofreram alterações com o correr do tempo. Infelizmente isso era fato corriqueiro. Vejamos: 


Na lista , FRANÇOIS GUILLAUME DOUSSEAU perdeu o primeiro nome. Mas, nos anos seguintes, alguns registros traziam o nome completo e outros não. 
Na lista, as mulheres estão com o nome certo: MARIE. Mas com o correr dos anos viraram  Maria ( vó Madama - a mãe) e Mariá (a filha) . 
Mas o nome mais "variado", digamos assim, é mesmo o de nosso bisavô ANNET. Registrado na França com esse prenome, ainda lá foi batizado como JEAN. Resultado: aqui ficou conhecido como JOÃO ANNET, por muitos.
E durma-se com um barulho desses! 













190 - Se você acompanha regularmente nosso blog, já deve ter se deparado com a questão relativa à um "HOTEL FRANCÊZ", citado como local de falecimento no atestado de óbito de um nossos imigrantes, membro da família BONIMOND (JEAN). Como esse óbito foi registrado em ROCHEDO DE MINAS, julgávamos como certo que esse Hotel se localizasse naquela cidade e com essa hipótese chegamos a pesquisar, infrutiferamente, no local. E até já tínhamos uma  foto publicada aqui como "o provável". Felizmente, mais uma vez fomos socorridos pelo incansável RODRIGO, da página GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO, que nos presenteou com o documento abaixo. Por ele, fica claro para nós que o dito HOTEL FRANCÊS se localizava em Bicas. Concordam que possa ser esse mesmo comércio que servia refeições? Ou teremos mais surpresas? Lamentamos, como sempre, não haver um endereço exato, com nome de rua e número. Eu teria muito prazer em recompor, na minha imaginação, esses eventos, quando passo por lá. Naquele tempo, isso certamente não era necessário. Não faz mal. O LARGO DA ESTAÇÃO é um pedacinho de chão que conheço bem. 








189 - No documento abaixo vemos as duas primeiras páginas da ata de inauguração do HOSPITAL SÃO JOSÉ DE BICAS. Fonte: publicado por JOÃO JOSÉ PAIVA RIBEIRO, na página LEMBRANÇAS DE BICAS E SUA GENTE, do FACEBBOK. 






188- O novo documento do mesmo gênero dos últimos anteriores, ou seja, registros de recolhimento de Imposto Predial, também tem origem na boa vantade de RODRIGO, do GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO. Dessa vez, refere-se à LEON GINDRE, também imigrante perigordino do ORENOQUE, vindo em 1885.  




187- Mais dois documentos provenientes do GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO através de RODRIGO.  Dessa vez, com PIERRE DELAGE e GUILLAUME AUDEBERT. Há mais de uma década encontrei registro da existência desse imóvel AUDEBERT num jornal antiquíssimo e "virgem" de leitores, preservado na BIBLIOTECA NACIONAL, na sessão de "movimentações fiscais de registro de imóveis". No interdito de fotografá-lo, fiz as devidas anotações e informei à uma descendente de GUILLAUME sobre a existência, para ela totalmente inesperada, do mesmo. Infelizmente, não tinha documentos comprobatórios. Agora, graças a Rodrigo... ei-lo! Muito obrigada! 






186- O maravilhoso documento que trago hoje, também oriundo do GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO, através de RODRIGO, nos mostra a notação  do pedido de talão de imposto de transmissão no valor de 400$000 para obter a escritura  do terreno adquirido para o CEMITÉRIO DE BICAS, encaminhado pelo Presidente do Conselho daquela cidade. O pedido data de 22 de Outubro de 1895. OBS: Neste blog, na sessão de Fotos Antigas, você pode encontrar uma foto dos primórdios do cemitério de BICAS. Confira!





185- Graças à sempre generosa colaboração de RODRIGO, do GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO, trazemos hoje documentos relativos à pedidos de licença para estabelecimento de negócios diversos em BICAS, no começo do século XX. Dentre eles, três dos nossos imigrantes: ANNET DOUSSEAU, JULES MOUTY e PIERRE DELAGE. 

       No caso de ANNET, sabemos que esse surpreendente (para nós) empreendimento teve vida curta. Pediu essa licença no mês de Junho e, em Dezembro do mesmo ano, deu baixa no pedido. Penso que nunca deve ter funcionado, de fato. Até porque, nesse mesmo ano, ele adquiriu de JULES MOUTY a terra nos MACHADOS denominada FAZENDA DAS ARARAS que, até os dias de hoje, é propriedade de alguns membros da família DOUSSEAU e que povoa minhas memórias de infância. Ainda estamos por entender  onde exatamente se situavam as fazendas CAMPESTRE e BOA ESPERANÇA, local provável dos citados comércios. 
       Disso podemos apreender, ou confirmar, que as "crianças do ORENOQUE" seguiram seus caminhos muito próximos uns dos outros, estabelecendo um lugar, na história da região, que a seus pais não chegou a ser verdadeiramente possível. 
       Conversando com RODRIGO, parceirão de "vício histórico", constatamos hoje nosso desejo de viajar de volta ao passado e preencher todas as lacunas da história de nosso cantinho de BRASIL. Mas... acho que, quem sabe, só após a morte tal "descortinar" se nos dá. E ele, particularmente, não está com nenhuma pressa de empreender essa "viagem". Sendo assim, continuemos com nosso trabalho de formiguinhas operárias e, folhinha por folhinha, vamos alimentando o formigueiro e sua Rainha História. 







184- Aqui você encontra notações de ata relativas à renúncia de ALIBERT como vereador distrital por MARIPÁ na CÂMARA MUNICIPAL DE GUARARÁ.

     No número 8 do primeiro documento, datado de 18 de Janeiro, ALIBERT  dá entrada em seu pedido.  

   No número 10, Gervásio não aceita o pedido sem a presença do requerente.

    No número 18, segundo documento, ALIBERT reitera seu pedido, no dia 07 de Fevereiro.
    Não temos as folhas subsequentes mas sabemos que ALIBERT não voltou atrás em seu pedido, do qual desconhecemos a causa e foi substituído por HORÁCIO FURTADO DE MENDONÇA. 
Fonte: GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO (Rodrigo).




Adicionar legenda


183- Abaixo você pode ver uma procuração datada de 1888 para recebimento, junto à firma N.PENTÁGUA E COMPANHIA, de quantia devida pelo governo para pagamento das despesas referentes às passagens de imigrantes  contratados. Fonte: GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO (RODRIGO).








182- Este documento, registrada nas páginas 80 e 81 da fonte original,  trata-se de uma procuração passada por MARIE GINDRE, imigrante vinda com marido e filhos  da FRANÇA, no VAPOR ORENOQUE, em setembro de 1885. Por esse documento ela efetivava quitação de pagamento de terras adquiridas de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. Fonte: GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO (RODRIGO).

OBS: Confronte com o documento número 4 da página  "DOCUMENTOS DE POSSE DE TERRAS ENTRE OS  SÉCULOS XIX E  XX", neste blog. 








181- Os documentos abaixo têm muita importância para mim. Explico o porquê de serem tão especiais. Por ocasião da emigração de nossos bisavós da França, já sabem vocês que vários contratempos, se podemos chamar assim, tiveram lugar. Todos envolvendo a figura de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT, o contratador. Ao passo que em publicações brasileiras nada se falou à respeito, em uma publicação francesa,  de MARSEILLE, o fato foi citado em detalhes. O ponto de vista daquele relato, feito por amigos ou conhecidos de ALIBERT, dá-nos a impressão que ficou para a história, também em nossa pequena região mineira para onde foram os imigrantes, de que o mesmo era muitíssimo benquisto e respeitável. Entretanto, as pesquisas de PASCALE LAGAUTERIE junto a descendentes daqueles que abandonaram o BRASIL e retornaram para a FRANÇA e baseadas também em documentos oriundos do Consulado Brasileiro, no RIO DE JANEIRO, dão conta de que esse retorno teve seus motivos e não foi de todo "amigável", para dizer o mínimo. A situação na época foi agravada porque ALIBERT, como vocês devem se lembrar pela leitura de nosso livro, não estava aqui para receber seus conterrâneos contratados. O longo tempo retido na FRANÇA, por questões legais relativas aos imigrantes, fez com que os fragilizados e extenuados imigrantes chegassem desacompanhados de seu contratador/amigo/conhecido, sendo recebidos por um sobrinho que já estava aqui, PIERRE LAURIER. Desde os entraves para o embarque em BORDEAUX até então, as coisas já geravam tensões diversas e até normais, sob muitos pontos de vista.     

     Depois de não muito tempo já instalados no BRASIL/MINAS GERAIS (FAZENDA MONTE CRISTO?) e muitíssimo descontentes com as condições encontradas, uma parte desses imigrantes, com suas famílias, lutou por sua volta à terra natal. ALIBERT ainda não se encontrava na MONTE CRISTO. Era um visionário e muito benquisto não apenas naquela região, circulando pelas altas rodas do VALE DO PARAÍBA e também do RIO DE JANEIRO na maior parte do tempo. Interesses econômicos e laços familiares aqui estabelecidos o impeliam a isso. 

      A tensa situação que se criou foi exacerbada pela ausência de ALIBERT. Tensos e mal dispostos, os imigrantes descontentes foram esperá-lo na estação de BICAS quando, enfim, ele retornava. O que queriam aquelas famílias: o cancelamento do contrato e a garantia da volta imediata para a FRANÇA. A situação ficou tão tensa, com alguns imigrantes inclusive armados, que algumas pessoas intervieram no sentido de que todos fossem discutir essa situação como cavalheiros no "hotel que havia em frente à estação".
     Então chegamos  à importância dos documentos acima para o esclarecimento de alguma verdade histórica. 
     Como biquense e, com isso, tendo um acesso mais ou menos facilitado aos mais idosos da cidade, sempre me intrigou o fato de que esses não só desconheciam qualquer dessas histórias quanto um deles negava TERMINANTEMENTE que tivesse havido algum hotel em BICAS antes do século XX. Isso me intrigava e, não tendo documentos comprobatórios, ficava-me uma pendência. Valia, sempre com ressalvas, o relato do jornal marselhês.
     Enfim, nosso querido RODRIGO, do "GUARARÁ, PATRIMÔNIO HISTÓRICO", encontrou! Agora, lendo essa publicação, entenderá a importância desses documentos até então abandonados à poeira do tempo e suas sequelas, para iluminar, esclarecer e construir a verdadeira HISTÓRIA, baseada em fatos e documentos e não em homenagens políticas, ou os memoriais de interesses diversos, que costumam caracterizar os periódicos. 
     Esses documentos provam que existiu sim, no mínimo um hotel em BICAS muito antes da virada do século. O fato com nossos bisavós teriam se dado ainda em 1885. Com isso, com esses documentos, vamos chegando mais perto, cada vez mais perto, de todos os esclarecimentos que ainda nos faltam. 
     Uma coisa é certa: desde minha primeira dúvida à esse respeito, à muitos anos atrás, o entorno da estação de BICAS  e suas construções me apaixonam e atraem. Sempre houveram motivos para isso. Agora tinha mais um.







180- O documento à seguir nos remete à JÚLIO ADHEMAR MOUTY, proveniente dos arquivos históricos da Prefeitura de GUARARÁ. Além do fato principal de ser JÚLIO descendente de PIERRE MOUTY, imigrante de destaque, pelo papel desempenhado no grupo de nossos bisavós tanto DOUSSEAU (1885) quanto MANDRAL (1888), esse documento é historicamente interessante, pois faz referência, ainda que de forma indireta, ao surto de varíola ocorrido em 1935. 


Fonte: RODRIGO - GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO



179- Abaixo, duas apólices de empréstimos efetuados junto à prefeitura de GUARARÁ por FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. As duas foram emitidas no mesmo dia, 1º de Julho  de 1896. Segundo o incansável e generoso RODRIGO, que trabalha no resgate dos documentos históricos de GUARARÁ,  as últimas apólices desse gênero foram emitidas pela Câmara Municipal  no ano de 1924, na gestão do Capitão José Vieira Camões, Presidente e Agente Executivo, com vencimento para 10 anos, ou seja, 1934, a ser paga pelo detentor da dívida ou familiar.


FONTE: Guarará Patrimônio Histórico


 

 

178- Notícia sobre a celebração de uma missa por LAUDELINA ANGELINA (ANGÉLICA em outros documentos) FILGUEIRAS. LAUDELINA  era a mãe de LIDIA, nascida GONÇALVES FILGUEIRAS e  DUQUE pelo casamento. LIDIA era  mãe de meu avô EVARISTO GONÇALVES DUQUE, casado MERITA DOUSSEAU DUQUE. 



FONTE: Henrique Gonçalves Filgueiras



177- Hoje trago para vocês um documento muitíssimo interessante, principalmente para os DOUSSEAU GUILHERMINO, de MARIPÁ DE  MINAS.  Como a leitura pode ser difícil para muitos de vocês, deixo a transcrição logo abaixo.  Todos os agradecimento e créditos à THEREZA LALÁ DE PAULA (MOUTY).

Vejamos:








Fonte secundária: THEREZA LALÁ DE PAULA (MOUTY).


                                                             TRANSCRIÇÃO



"CASAMENTOS – página 107

1960 – Número mil novecentos e sessenta

Aos dezenove de dezembro de mil novecentos e trinta e nove às trese horas, nesta Cidade do Rio de Janeiro, Capital Federal dos Estados Unidos do Brasil em a sala de cazamentos do Pretório à rua D. Manuel, quinze

onde se achava o Doutor Vicente de Faria Coelho, Terceiro Suplente desta Oitava Pretoria Civil do Distrito Federal,

comigo escrevente juramentado, abaixo nomeado, no impedimento ocasional do Escrivão, e na presença das testemunhas Antonio Batista do Nascimento

nacionalidade brasileiro, estado civil casado, idade trinta e sete anos,

profissão do comercio, residente à Travessa Malafaia, trinta e três,

e João Eulálio  da Silva Reis, nacionalidade brasileiro, casado, idade quarenta e nove anos, profissão militar e residente a rua José Higino, quatrocentos e dezesseis

– receberam-se em matrimônio, sob o regime da separação de bens: ANTONIO DA SILVA ROCHA e GERMANA GUILHERMINO.

Ele, estado civil solteiro, profissão pedreiro, nascido no Estado de Minas Gerais

Aos cinco de julho de mil novecentos e dezenove

Residente à rua Cardoso de Moraes, cento e onze e domiciliado nesta capital

Filho legitimo de Antonio Gomes da Silva, nascido em data ignorada

Residente à rua e número acima e domiciliado nesta capital

E de Maria Constancia da Rocha "



Ela, estado civil viúva de João (...) dos
Anjos, falecido em  seis  de dezembro de 1932,
profissão doméstica
nascida no Estado de Minas Gerais
aos vinte e quatro de abril de mil novecentos e três,
residente à rua do Rezende 80
e domiciliada nesta Capital
filha legítima de Pedro Guilher-
mino, falecido
nascido em  ------------------------------------
residente à  -------------------------------------
e domiciliado ----------------------------------
e de Maria Dousseau
nascida em data ignorada
residente a rua   (...)  (...)
e domiciliada nesta capital
os quais se habilitaram com  os documentos do art.180 do Código
Civil, números (.........) tendo sido publicado o edital
a um e a oito do corrente
no "Diário de Justiça, declarando o nubente que, em virtude do
matrimônio passará a usar o nome de Germana Guilhermino da Silva
Em firmeza eu, Benedicto da Silva Terra
escrevente juramentado, em impedimento ocasional do escrivão, lavrei
este ato que vai por todos assinado, declarando
ser o regime o da separação 
em virtude do disposto (...) (...)
(...) (...) (...) do artigo (...) (...) e
quarenta e oito do Código Civil.
(...) (...) (...) 
Antônio da Silva Rocha
Germana Guilhermino
Antônio (...) Nascimento
(...) (...) (...) (...) (...)
(...) da Silva (...)



          Para completar essa postagem adiciono, à título de curiosidade, como é hoje o endereço citado como sendo o de GERMANA e MARIÁ no RIO DE JANEIRO, à RUA DO REZENDE, 80. Eu gosto muito de fazer esse tipo de "viagem" no tempo e na imaginação que os recursos modernos permitem. Fui em todos. A maioria é, hoje, ponto comercial em ruas de grande movimento. Bom passeio!








176- Extrato de publicação falando sobre o provável itinerário para conseguir alcançar a Zona da Mata Mineira, por ferrovia, no final do século XIX. 




Fonte secundária: JOÃO FRANCISCO CARVALHO





175- Registro de óbito de ANNA CLARA BREVES DE MORAES COSTA, a CONDESSA DE HARITOFF, ocorrido no dia 22 de Março de 1894, na FAZENDA BELLA ALIANÇA, localizada em ARROZAL, BARRA DO PIRAÍ. 



FONTE: LALÁ DE PAULA (MOUTY),  




174- Recorte do jornal carioca "A NOITE", do dia 11 de Janeiro de 1922 que apresenta as candidatas de BICAS  para o concurso de "a mulher mais bela do Brasil". Entre elas, OLGA MOUTY e MARINETE ALIBERT.


                                                                     
Gentileza de THEREZA (LALÁ) DE PAULA (MOUTY).


173- Nesse recorte, extraído da página do Jornal "O Município" on line, vemos uma biografia reduzida do prestigiado escritor EMIL FARHAT. Oriundo da região de nosso interesse na Zona da Mata Mineira, de ascendência libanesa, prestigiou-nos com grandes obras, dentre as quais a que mais nos interessa quanto ao tema da imigração é "Dinheiro na Estrada", sobre o qual já falamos aqui nesse blog e  que recomendo veementemente. É maravilhoso! EMIL é irmão de CHICRE FARHAT, igualmente importante para a história, a política e a literatura de Bicas, de nossa Zona da Mata e de Minas Gerais como um todo. Aos dois, nosso reconhecimento admirado. 








172 - Registro de casamento de ANTÔNIO JOSÉ DUQUE  com MARIA RITA CAROLINA, ocorrido em 12 de Janeiro de 1831 em BARBACENA, comarca de RIO DO PEIXE. Eles eram os bisavós de meu avô EVARISTO GONÇALVES DUQUE (avô JOSÉ ANTÔNIO DUQUE - pai JOSÉ ANTÔNIO DUQUE JÚNIOR) , esposo de MERITA DOUSSEAU DUQUE.  FONTE: DIEGO e HENRIQUE  FILGUEIRAS. 










171 - Esse documento me foi enviado por AMARILDO MAYRINK que, por sua vez, recebeu dos responsáveis pela ótima página do FACEBOOK intitulada "GUARARÁ PATRIMÔNIO HISTÓRICO". Agradecendo a todos pela gentileza, trago agora para  os leitores desse blog. 




170 - Abaixo temos as assinaturas de muitos antepassados DUQUE. A transcrição do  documento da qual se originam e cuja leitura muito recomendo pode ser visualizado na íntegra no site:  http://www.fatogen.com/2018/03/abaixo79.html . 







GENTILEZA: HENRIQUE FILGUEIRAS



169- Este é o anúncio/convite para a inauguração  do  "CENTRO CÍVICO 
D. ÁSSIMA FARHAT, no dia 08 de Novembro de 1982, em BICAS. Nesse mesmo edifício, funciona também hoje a PREFEITURA MUNICIPAL DE BICAS, em terreno originalmente pertencente  à conhecida e prestigiosa família FARHAT e doada para esse fim .Publicado no FACEBOOK, na página "MINEIROS DE BICAS", por GLÓRIA DAS GRAÇAS.






168- No DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 18 de Agosto de 1927, foi publicado na Folha 80 da Seção 1 um despacho no qual constam os seguintes nomes, copiados na forma exata em que aparece no dito documento:

A. S. Costa,
por 'ai o
sua mulher Celeste Dezon Costa, Alice Costa Dona (Mario Chagas Poria); Maria Luiza-Dezon Costa; Odette Deson-Costa; Yvorine Deson Costa; por proa' coração


Conforme o dito texto, sabemos agora os nomes de vários (ou todos os filhos (as) de ANTÔNIO COSTA e MARIA CELESTE DEZON. Conforme sabemos, CELESTE vem a ser irmã de GERMAINE DEZON, esposa de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. E, ambas, sobrinhas do mesmo. São elas: MARIA LUIZA DEZON COSTA, ODETTE DEZON COSTA e YVORINE DEZON COSTA. Como também já sabemos, essa família está ligada à nossa história imigratória pelo fato de que a família COSTA veio a ser dona da FAZENDA MONTE CRISTO. Segundo consta, o fato se deu porque a fazenda foi dada como garantia de um empréstimo que não foi possível quitar. Não sabemos até quando a família COSTA foi dona da fazenda, até que por sua vez a tenha vendido. 

FONTE: PEDRO PAULO ROSSI, descendente de YVORINE DEZON COSTA.


167- Neste documento, o registro de casamento de uma das filhas de PIERRE DELAGE e RACHEL AUDEBERT, ocorrido em JUIZ DE FORA, em  12 de Abril de 1928. Trata-se de NÉLIA AUDEBERT, nascida em 1906. FONTE: FAMILY SEARCH, via  THEREZA (LALÁ ) DE PAULA. 






166- Não sei se ainda é assim, e não me lembro de ter visto isso em outro lugar que não BICAS. O fato é que era comum as famílias enlutadas distribuírem essas lembranças de seus entes queridos aos presentes, por ocasião da missa de sétimo dia. Meu pai é praticamente um colecionador e, entre elas, a de minha querida vó MERITA. Trouxe para vocês verem. 


Lado externo

Lado interno



165 - Sobre nossa estação de trens, sempre presente, alma de nossa BICAS. Na página nº 15 do documento chamado "RELATÓRIO DE BICAS', de 1928. FONTE: ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO.





164 - Convite para uma missa a ser celebrada pela alma de LAUDELINA ANGELINA FILGUEIRAS. Mãe de LIDIA GONÇALVES FILGUEIRAS DUQUE. Avó de EVARISTO GONÇALVES DUQUE, que foi o marido de MERITA DOUSSEAU DUQUE. FONTE: FACEBOOK - DESCENDENTES DE JOSÉ GONÇALVES FILGUEIRAS SOBRINHO.




163 - Nessa maravilha de documento, assinado pelo velho professor LANDI, estimadíssimo e importantíssimo para várias gerações de crianças machadenses, podemos testemunhar o nascimento de um clube de futebol nos MACHADOS. Será que ainda existe? Não tenho ainda essa informação mas, em a tendo, venho aqui contar para vocês. Naquela ocasião, 1943, quem promoveu a formação desse clube foi ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA, esposo de MARIA (MARIQUINHA) DOUSSEAU DE SOUZA. 



FONTE: JOVANDIR GONÇALVES, GRUPO DESCENDENTES GONÇALVES FILGUEIRAS, FACEBOOK.



162 - Neste documento podemos observar  a utilização do nome "FAZENDA DAS ARARAS" em outro contexto que não o nome da fazenda de nossos bisavós ANNET e SUZANNA. Segundo HENRIQUE FILGUEIRAS, parece ter havido, em tempos anteriores ao deles, uma fazenda de enormes proporções (sesmaria?) que foi sendo dividida por herança ou venda e muitos dos novos proprietários mantinham esse nome em suas posses menores. Ainda hoje, , nosso primo ÉDSON (MANINHO) , manteve o nome de "SÍTIO DAS ARARAS" em seu pequeno e aprazível sítio nos MACHADOS. No caso em questão na foto abaixo, o adquirente é da família de meu avô (DUQUE), também fazendeiros em CHÁCARA e nos MACHADOS.FONTE: HENRIQUE FILGUEIRAS.



FONTE: HENRIQUE FILGUEIRAS



161 - Outro documento oriundo da Câmara Municipal de Guarará, também referentes a FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT e à FAZENDA MONTE CRISTO. Fonte: FRANCISCO OLIVEIRA.


TRANSCRIÇÃO:
Monte Christo, 10 de Março de 1897
Ilmo. Sr.Procurador da Câmara Municipal da Villa de Guarará
Amigo e sr.
Recebi há já tempo uma circular do Ilmo.Sr.Agente executivo da Câmara Municipal de Guarará, me avisando para não pagar os meus impostos até novas ordens, e não tendo recebido até hoje recebido outros avisos, porém como desejo pagar os meus impostos na legalidade da lei, se Vossa ...  achar que devo pagar na presente situação da Câmara, peço por favor e autorizo a Vossa ... de ter a bondade de tomar a juro da apólice que a Câmara está me devendo, e deste dinheiro pagar os meus impostos; se minha proposta é possível desde já fico muitíssimo grato.
Quem é de Vossa ...
Amigo credor obrigado
Firmin François Alibert



     Atentem agora para o curioso detalhe impresso no canto superior esquerdo da carta:


                                                                        




160- Documento oriundo da Câmara Municipal de Guarará, com questões referentes a FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT e à FAZENDA MONTE CRISTO. Fonte: FRANCISCO OLIVERIA.


TRANSCRIÇÃO:
 Monte Christo 21 de Abril de 1897.
Ilustríssimo Procurador da Câmara Municipal da Villa de Guarará
Amigo e senhor
Achando-me advertido, pela presente autorizo ao Sr.José Orlando de receber o juro de uma apólice do empréstimo da Câmara Municipal de Guarará e deste dinheiro pagar o meu imposto.
Desde já fico muito grato ao "Ilmo Dr." Procurador da Câmara quem ... ... ...
Amigo creado obrigado
Firmin François Alibert


159- Carta/ofício encaminhando para aposentadoria, com menção honrosa, EVARISTO GONÇALVES DUQUE, esposo de MERITA DOUSSEAU DUQUE. EVARISTO era funcionário da ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA. Fonte: Arquivos de família.





158 - Título eleitoral de MERITA DOUSSEAU DUQUE. Fonte: Arquivos de família.




157 - Certificado de reservista de EVARISTO GONÇALVES DUQUE, esposo de MERITA DOUSSEAU DUQUE. FONTE: Arquivos de família.





156 - Nesse documento,  temos um mapa de divisas de propriedades nos arredores de MARIPÁ DE MINAS onde aparece, no canto superior esquerdo, o nome de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. É uma pena que não apareçam os nomes das fazendas, mas apenas as medidas. Entretanto, é sempre um documento de grande valor, visto que, sabemos de antemão, são todos os nomes citados de grandes proprietários daqueles tempos, idos do último quarto do século XIX. FONTE: NILZA CANTONI. Cordialmente enviado por FABRÍCIO FERREIRA MARTINS.






155- Hoje trago enfim para vocês, digitalizado, a certidão de desembarque da família MANDRAL, obtida há alguns anos junto ao ARQUIVO NACIONAL DO RIO DE JANEIRO. Como bem expliquei no nosso livro, a certidão de desembarque da família DOUSSEAU não foi de meu interesse, visto que os técnicos daquela instituição lêem como DOUSSET, leitura essa da qual discordo. 






154 - Sobre a FAZENDA MONTE CRISTO.   Nesse pequeno anúncio publicado no Jornal "O GUARARÁ", no ano de 1929, a fazenda, mesmo depois de já ter mudado de mãos mais uma vez (como ocorre até hoje...) ainda é conhecida e reconhecida por seus encantos (como não ocorre mais, na prática. O que ficou dela foi a lenda. A memória do que foi e do seu fundador, FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT). FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.



                                                                                                        


                                                                           




153 -   Sobre JÚLIO MOUTY, extraído do número 400 do Jornal "O GUARARÁ". Data não informada. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                                     



152 - Temos para hoje algumas publicações interessantes extraídas da Ata da INTENDÊNCIA DE GUARARÁ (da qual FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT fez parte como VEREADOR DISTRITAL por MARIPÁ), à partir do ano de 1891. FONTE: ARQUIVO DE MAR DE HESPANHA e FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                                                                                                               
Capa da Ata da Intendência de Guarará.


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             
Nº 99  - Comarca Municipal de Guarará, em 6 de Maior de 1892. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Mar de Hespanha, tendo os cidadãos Joaquim Custódio Guimarães, José Vicente Gonçalvez, Domingos Antônio da Silva Trece, Jorge Ribeiro de Paula, José Custódio Guimarães, Marianno Paradellas, Lino Antônio da Silva Rocha e Francisco Antônio da Rocha pedido a essa Câmara sua passagem para esse Município, alegando já haverem pertencido a ele quando Distrito do Espírito Santo, hoje Villa de Guarará, e ahi ainda manterem suas relações de commércio por lhes ser isso mais fácil e cômmodo, vem pedir-vos a revizão  das divizas no ponto habitados por esses cidadãos, appresentando-vos como árbitro, por parte desta Câmara, o cidadão COMENDADOR FIRMINO FRANÇOIS ALIBERT; peço-vos pois, nomeando árbitro por parte da Câmara que dignamente ... indicar o dia em que devão eles se encontrar no ponto da revizão afim de sobre ella accordarem conforme art. 28 da Constituição de Minas. Saúde e Fraternidade ao Senhor Presidente da Câmara de Mar de Hespanha. O Agente Executivo Barão de Cattas Altas. O Official da ... Luiz Pinto.



                                          
Nº 116 - Câmara Municipal de Guarará em 2 de Junho de  1892. Digníssimo Senhor Prezidente da Comarca de Mar de Hespanha, não tendo até a prezente data obtido solução alguma a um offício que vos dirigi em 6 de Maio próximo passado sobre a passagem de Joaquim Custódio Guimarães, José Vicente Gonçalvez e outros, moradores na Fazenda Pouzo Alegre, de novo venho comunicar-vos que a Câmara de Guarará rezolveu nomear árbitro de sua parte ao cidadão FIRMINO FRANÇOIS ALIBERT e vos peço nomeando árbitro por parte...



                                      
Nº 844  - Câmara Municipal de Guarará em 02 de Fevereiro de 1894. Offício do Digníssimo Agente Executivo... ... pedindo 2 apparelhos telephônicos ... ... de fio de cobre ou quanto chegue  ... 80 isoladores - 1 ... de fio izolado e 1 esticador, mandando aprezentar a conta a ... ... dos Lavradores a qual aviza nesta data. Luiz Pinto.
Nª 845 - Do ... Agente Executivo ao Presidente do Estado de Minas pedindo a sua intercessão frente ao Governo da União para essa Comarca obter isenção dos direitos a pagar na Alfândega e transporte gratuito na Estrada de Ferro Central para os materiais que da Europa e Estados Unidos do Norte encommendaram para uma Estrada de Ferro que partindo de Bicas vem a esta Villa. Luiz Pinto.



                                                                                                                
Nº 59 - Secretaria da Intendência Municipal de Guarará, em 12 de Fevereiro de 1892. Cidadão, comunicamos que por acto de 10 do corrente em sua sessão ordinária o Conselho Municipal desta Intendência vos nomeou membro de commissão com o cidadão Francisco Fernandes Padrão para darem parecer e orçamento sobre a ponte que liga a Praça de São José a rua de Francisco Gonçalves em Bicas, devendo ser a mesma ponte assoalhada de madeira de lei, que indicareis e approveitando o serviço de pedra já feito, e bem assim também orçamento da ponte ao entrar em Bicas. Saúde e fraternidade ao cidadão Albino José da Costa.




                         
Nº 861 - Do ... Agente do Executivos ao Comendadot Firmino François Alibert convidando-o a vir receber durante a 2ª quinzena de Fevereiro de 1894 aos juros da ... com que contribuía... ... Municipal de que trata a Rezolução nº ... de 4 de Março de 1893. Luiz Pinto.




                               
Nº 1124 - Offício do ... Prezidente ao Fiscal de Immigração do 2º Districto, enviando um pedido em duplicata de immigrantes, feito pelo Senhor Comendador Firmino Alibert.



                                                             
Nº 7 - Ao engenheiro Lion Gilson, do Agente Executivo dando parte de sua exoneração e pedindo ou convidando-o a comparecer nesta Câmara para prestar contas se sua gestão como engenheiro municipal sobre negócios da Estrada de Ferro Guararense.




             
Nº 6 - Do Agente Executivo em nome da Câmara ao Doutor Presidente do estado, fazendo uma reclamação sobre impostos de 11% lançado sobre o café exportado.




                                           

Nº 54 - Do Agente Executivo ao Presidente da Companhia Leopoldina pedindo nova concessão  para a Estrada de Ferro Leopoldina atravessar a linha, digo, Guararense, atravessar a linha daquela estrada.
Nº 55 - Do mesmo remettendo a César Duque Estrada  ... no Rio de Janeiro diversos documentos e procuração para que possa reaver da fazenda nacional a importância de direitos pagos na alfândega pela importação dos amteriais para E.F.Guararense e que foram isentos desses direitos.





151 - Há algumas semanas, ao editar fotos já publicadas nessa página, deletei sem querer e irrevogavelmente uma postagem e um documento importante do qual não encontro mais o original em meus arquivos. É provável que isso ainda venha a ocorrer mas, de qualquer forma, resolvi postar novamente ao menos a transcrição do mesmo, que estão em meus arquivos. Lamento muito. Mas, pelo menos, a perda não foi total. Trata-se de um relatório feito pelas autoridades francesas por em referência às condições de embarque dos imigrantes, entre os quais nossos bisavós. Não temos o início do dito documento mas, de qualquer forma, sua importância permanece inalterada. E podemos confirmar o quanto essa era uma questão espinhosa... Vejamos:


                                 " ... emigrantes, no momento da partida, como acontece nas outras companhias; que o doutor se assegura de que o cofre contem provisão de medicamentos suficiente para a travessia e dando conta do número de emigrantes e de outros passageiros  transportados;
4º que uma visita seja feita aos locais destinados aos emigrantes para não permitir que aconteça de ser embarcado um número superior à lotação do navio. Queixas foram feitas a esse respeito por passageiros e o fatos vos foi assinalado por um de meus predecessores e por meus cuidados, repetidas vezes.
           É certo que, quanto às questões arrumação, de higiene e de alimentação, é notório que as instalações podem satisfazer a todas as exigências (desde que não sejam embarcados passageiros em número excessivo) e que o tratamento dado aos emigrantes é, sob qualquer ponto de vista, satisfatório. O ponto principal da questão é o controle do embarque, do ponto de vista da segurança geral: o controle nominal, em razão da rapidez do embarque e do grande número de emigrantes transportados a cada partida, é impossível nas condições atuais. Por outro lado, a lista remetida pela companhia não permite todas as pesquisas necessárias de não contém nenhuma indicação útil. É então indispensável que essa lista seja preparada  e  “completada” (?) conforme os usos adotados pelas companhias ou agências de emigração e conforme as prescrições do Ministério do Interior.
          ... de vista do bem estar que da higiene.
        A “Compagnie des Messageries” embarca , atualmente, os passageiros sem controle de entrega, ela mesma, além das agências de Bordeaux, dos bilhetes de passagem para Montevidéu, Rio de Janeiro e Buenos Aires, ao preço de ...(?) francos sem contrato passado por uma agência de emigração. Visto a facilidade de embarque, esses navios são escolhidos, de preferência, por indivíduos sob o golpe de processos judiciais, por menores ou todo outro indivíduo tendo interesse em se subtrair ao controle que tem lugares no vapores das outras companhias.
          Em meu relatório de 17 de Março de 1886, eu vos fazia conhecer o modo de embarque dos passageiros emigrantes e outros que adquirem passagens para os vapores dessa companhia. A companhia me fornece, a cada partida, uma lista dos passageiros que ela embarca, lista incompleta como número, já que engaja até o último momento. Que nenhum controle , até mesmo pela empresa, tem lugar antes da partida; e que acontece, muito frequentemente que, no curso da travessia, descobrem-se um ou mais passageiros à bordo, não figurando na lista ou não tendo bilhete de passagem. Contentam-se, então, em lhes fazer pagar seu lugar. Por outro lado, a lista que me é remetida, na manhã da partida, às 10 horas, não é mais que puramente nominativa e não dá nenhuma indicação sobre a nacionalidade, o sexo, a idade, a profissão e a proveniência dos indivíduos embarcados.
           Nenhuma visita médica tem lugar no momento do embarque. Não há, então, nenhuma segurança para os passageiros, do ponto de vista
        
               Esta maneira de operar produz, por outro lado, uma má impressão frente às outras companhias de emigração, que não gozam do mesmo favor, e facilita a partida de alguns indivíduos  que podem ter “demiclés” (?) com a justiça e é justamente sobre todos os vapores da “Messageries Maritimes” que eu pude efetuar prisões pelo tráfico de brancos.

                                                O comissário especial,

                                                      Assinado: Ortille


150- Publicação do movimento no porto do RIO DE JANEIRO no dia 09-10-1885,  no jornal "O PAIZ". Essa chegada dele é mais importante para nós que todas as outras ( ele sempre viajou muito do BRASIL para a FRANÇA!), porque é a primeira após a chegada dos nossos imigrantes (09-1885), visto que ele ficou detido para averiguações, conforme documentos específicos já publicados nesse blog e detalhados no nosso livro. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                    



149 - Anúncio do casamento de JÚLIO ADHEMAR MOUTY com AMÉLIA SARTO, em BICAS. Publicado no Jornal "O MUNICÍPIO", em 1923. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                              

                                                             



148- Anúncio da visita do primo ÁLVARO COSTA a PIERRE ALIBERTO, publicado no dia 21-10-1923, no Jornal O MUNICÍPIO". FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                                            

                                                                                             


 147- Esse documento já foi postado, em outro formato, no número 5 dessa página. Mas a gentileza de nosso sumido amigo e também blogueiro ALAN BENAZZI (CHEMINANT/CHAMINANT) , trouxe para nós essa outra. Bem melhor, convenhamos. Sua GABRIELLE ficará contente, ALAN...  Obrigada e um grande abraço!

                                                                        



146- Registro de casamento de JULES MOUTY com GERMAINE BONIMOND, no dia 11-08-1894, em RIO PARDO (hoje ARGIRITA). Com testemunho de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. OBS: Ainda no espinhoso terreno das alterações nos nomes próprios, vemos aqui uma novidade dupla: Jules teve um "Jacques" acrescentado a seu nome e Germaine ganhou um "Guillaumette". Não há explicação aceitável para isso mas era assim que as coisas se passavam naqueles tempos, de maneira geral. Não apenas nesse caso em particular. FONTE: THEREZA LALÁ DE PAULA (MOUTY).

                                                                                                                                            


                                                                         


145- Registro de nascimento de RITA MALARD, filha de JEAN e MARIE MALARD, em 06-03-1891, em BARRA MANSA. FONTE: FAMILY SEARCH.

                                                           



144 - Temos aqui dois poemas de JULES MOUTY, publicados no Jornal "O MALHO" ou "TICO TICO". Sua bisneta THEREZA LALÁ DE PAULA acredita que esse "transbordamento" tendo como inspiração sua esposa GERMAINE BONIMOND MOUTY, tem origem, entre outras coisas, no grave problema de saúde que esta enfrentou e que acabou por levá-la à morte. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                                                                                                                                                                                                                          



                                                     
                                                                                                 

143 - Transcrevendo documentos antigos da antiga COMARCA DE MAR DE HESPANHA, na qual BICAS, GUARARÁ e MARIPÁ estavam inseridas, encontrei muitas assinaturas de pessoas que, embora não fosse imigrantes (exceto talvez DOMINGOS PADULA), são nomes importantes em nossa história, de uma forma ou de outra. Nomes com o qual é impossível pesquisar a história da região sem nos depararmos frequentemente. Então resolvi compartilhá-los com vocês, a título de curiosidade. Aqui estão:

                                                                                               
JOSÉ NASCENTES DE AZEVEDO


JOÃO FRANCISCO PARADELLAS
                                                                                                                                                                                                                                 
DOMINGOS RAMOS PARADELLAS
                                                                                                                                             
CLARA DE MORAES NIEMEYER (filha do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES).



ANTÔNIO FERREIRA DA FONSECA
DOMINGOS PADULA
BARÃO DE CATTAS ALTAS
ANTÔNIO ALBERTO GOMES BAIÃO (FILHO DO BARÃO DE CATTAS ALTAS)
DOMINGOS FERREIRA MARQUES e sua esposa ANNA JOAQUINA DO ESPÍRITO SANTO
JOAQUIM JOSÉ DE SOUZA
                                                                                   
FRANCISCO DE PAULA RETTO
                                                                                   
                         
                                           FRANCISCO ANTÔNIO DUQUE
                                                                                   
AUGUSTO ANTÔNIO DUQUE
                                                                                  
VICENTE ANTÔNIO DUQUE

MANOEL ANTÔNIO DUQUE


                                                           
JOÃO ANTÔNIO DUQUE
                                              
                                                                   
JOAQUIM FLORENTINO DE SOUZA
                             
                           

142- O valioso documento abaixo trata-se de pedido de reembolso por parte de HONÓRIO JOSÉ DE ANDRADE GOULART, ao Governo Provincial, via procuração passada para a firma M.PENTAGUA e CIA, sediada no RIO DE JANEIRO , do subsídio para o transporte de imigrantes mandados vir da EUROPA para GUARARÁ. Abaixo das fotos do documento original, segue a transcrição do mesmo. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                                                                                                                                                                       






Procuração bastante que faz HONÓRIO JOSÉ DE ANDRADE GOULART. Saibam quantos o presente instrumento de procuração bastante virem que, no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e oito, aos vinte sete dias do mês de Maio, neste ARRAIAL DO ESPÍRITO SANTO, Termo e Comarca do MAR DE HESPANHA, em meu cartório perante mim escrivão compareceu como outorgante HONÓRIO JOSÉ DE ANDRADE GOULART, fazendeiro residente neste Distrito reconhecido pelo próprio de que trato de mim e dos testemunhos adiante nomeados e assinados do que dou fé, em presença dos quais por ele outorgante me foi dito que por este público instrumento e na melhor forma de direito nomeia e constitui seu bastante procurador, na cidade do Rio de Janeiro, capital deste Império a N.PENTAGUA & COMPANHIA, especialmente para requererem e receberem do Governo Provincial a importância das passagens que o mesmo Governo se comprometeu a pagar pelo transporte de imigrantes, mandados vir da Europa por autorização do Excelentíssimo Senhor Presidente da Província, e para o que lhes concede todos os poderes em direito necessários e o de procurador em causa própria para receberem e darem a competente quitação no recibo “se estabelecerem” (?) em quem lhe convier. Assim o disse e dou fé, e me pediu este instrumento que lhe li, achou conforme aceitou e assinou em presença dos testemunhos  JOÃO JOSÉ DE OLIVEIRA e JOSÉ BERNARDES DE MOURA perante mim, JOSÉ ALVARES DE OLIVEIRA JÚNIOR, escrivão que escrevi e assino em público e  “...” (?).
          Em testemunho “...” (?) da verdade,
           (Assinatura de JOSÉ ALVARES DE OLIVEIRA JÚNIOR)

141- Anúncio de venda de um imóvel por JULES MOUTY, em BICAS. FONTE: Jornal "O MUNICÍPIO" do dia 30-09-1936.

                                                                                                                                                                               


140- Proclamas do casamento de MERITA DOUSSEAU e EVARISTO GONÇALVES DUQUE. FONTE: Jornal "O MUNICÍPIO", de 13-10-1935.

                                                                                                 



139- Sobre GERMAINE BONIMOND MOUTY. FONTE: Jornal "O MUNICÍPIO", de 16-06-1935.

                                                                                              



137- Sobre a origem do nome de BICAS. FONTE: Jornal "O MUNICÍPIO" do dia 16-06-1957.

                                                                                                                                                                       


136- Atestado expedido para HENRI AUDEBERT e família. Em TORTOIRAC, no dia 26-07-1893. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                                     
                                                

135- Registro de nascimento de PIERRE AUDEBERT. Em LES CHARREAUX, no dia 23-09-1879. FONTE: ISABEL PINTO.

                                                                   



134- FRANCISCO OLIVEIRA me brindou hoje, novamente, publicações que confirmam e comprovam que, pelo menos no quesito "hotéis", BICAS só fez encolher. Quase me custa a crer que nossa cidade já teve tantos. E ao mesmo tempo! Vamos lá: nessa publicação de FRANCISCO DE SEQUEIROS TEIXEIRA, vemos que, em 1898, BICAS possuía 6 (pasmem!) hotéis! Devagarzinho a gente vai conseguir provar que ao menos um desses (ou outro?) já existia em 1885. Tenho certeza disso!!! 

                                                         
                                
133- Mais uma "belezura" publicada por nosso amigo FRANCISCO no grupo "GUARARÁ, HISTÓRIA E CULTURA", do FACEBOOK. Incansável na "fuçação", tal qual "esta que aqui vos fala", de vez em quando encontra isso que, para mim, equivale a pérolas... Desde que publiquei meu livro venho me debatendo com a questão dos primórdios da "hotelaria" biquense. Aqui mesmo, neste blog, você pode testemunhar isso. Embora tenha publicado em nosso livro que o hotel diretamente ligado à história dos franceses (segundo uma publicação de Marseille de 1885) teria sido o HOTEL MOREIRA (segundo minhas pesquisas até 2011), hoje parece-me óbvio que isso está incorreto. Mas "a coisa" fica confusa quando entrevistados muitíssimo idosos e idôneos afirmam que NÃO HAVIA HOTEL ALGUM em BICAS até o começo do século XX. O primeiro padre do que viria a ser nossa paróquia teria, inclusive, se hospedado em casa de família quando chegou a cidade, exatamente por esse motivo. Ora, isso nunca me convenceu. Porque uma revista estrangeira, com testemunho de quem esteve em BICAS em 1885, diria o contrário??? Devagarzinho vamos nos aproximando da verdade. Pelo artigo abaixo, já podemos afirmar: ao menos em 1898...HAVIA!!!!!! Acho que ainda vamos provar que existiam outros, anteriores a esse... Esperemos... e pesquisemos!! FONTE: "GAZETA DE GUARARÁ de 16-10-1898 , via F.T.OLIVEIRA.

                                                               




132- Nota através da qual FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT dá seu parecer de fazendeiro sobre a introdução da criação de carneiros em GUARARÁ. FONTE: JORNAL "GAZETA DE NOTÍCIAS", de 17-03-1892, via FACEBOOK: GUARARÁ HISTÓRIA E CULTURA.

                                                                       


131- E não é que MERITA DOUSSEAU e EVARISTO DUQUE um dia tiveram sim uma casinha? Essa informação é  contrária a tudo que tinha ouvido até hoje, tendo falado inclusive sobre isso no nosso livro. Não dá para saber do que se trata, sem consultar arquivos aos quais não tenho acesso e nem saberia por onde começar. Mas o fato é que ele, EVARISTO, requereu "habite-se" publicado no Jornal O MUNICÍPIO do dia 07-10-40, período onde MERITA DOUSSEAU  encontrava-se grávida de LIDIA DOUSSEU DUQUE, minha mãe. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.

                                                                     


130- Artigo sobre MARINETTE ALIBERT, publicada no Jornal "O MUNICÍPIO" no dia 29-04-1934. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.

                                                                                 


129- O artigo de hoje veio especialmente para nós, DOUSSEAU!! Apesar das incorreções na grafia, podemos identificar o nome de  ELIAS JOÃO MANDRAL (grafado como MANORAL_ Desconhecia que ele, cunhado de ANNET, tivesse o nome JOÃO. Também encontramos nosso bisavô ANNET DOUSSEAU (grafado como DAUSSEAUX) e, finalmente, o nome do seu genro, marido de sua filha mais velha, ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA. Esse artigo foi extraído do JORNAL "O PHAROL", de JUIZ DE FORA, do dia 29-09-1916. Trata-se de um abaixo-assinado levado à termo pelos moradores de SANTA BÁRBARA DO RIO NOVO, atual CARLOS ALVES, em protesto contra uma provável mudança da estrada em terrenos de HORÁCIO FERREIRA DA FONSECA. Segundo argumentam, a dita estrada favoreceria apenas ao dito fazendeiro, em detrimento dos interesses de todos os outros moradores do local.

                                                             


128- Para encerrar provisoriamente os artigos relacionados a pessoa de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT: no artigo de hoje, também sem o nome da publicação de onde se originou, uma notinha divulgando os nomes de passageiros franceses chegados ao BRASIL em data não especificada do ano de 1889, embarcados no PORTO DE BORDEAUX, podemos  ver o nome do dito ALIBERT, seguido de vários de seus sobrinhos. São eles: MARCELIN DEZON e GERMAINE DEZON, que anos mais tarde acabou por tornar-se sua esposa. Outros familiares, provavelmente também sobrinhos, são aqueles de sobrenome LAURIER, como CHARLES LAURIER e MARIE LAURIER . Já para o nome LAURIER ALBERT DE MONTE-CHRISTO, suponho que a grafia correta seria ALBERT LAURIER. Quanto ao "sobrenome" MONTE -CHRISTO não posso deixar de ficar absolutamente intrigada. Obviamente coincidências desse nível não existem. Seria "MONTE-CHRISTO" um aposto identificador de origem ao nome do sobrinho? O já nosso conhecido PIERRE LAURIER, que recebeu nossos bisavós e seus companheiros de viagem em sua chegada ao RIO DE JANEIRO (levando-os para onde? para a FAZENDA MONTE CRISTO!), seria esse mesmo ALBERT ou ainda mais um outro sobrinho? Quanto aos outros franceses vindos nesse vapor, parece-me que ISABEL tem razão ao supor que faziam parte de um mesmo grupo. FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT... sem dúvida nenhuma, você nos dá MUITO trabalho. Mesmo 128 anos depois... 

                                                                        


127- Sobre o artigo de hoje, também não poderei informar a procedência, embora me pareça óbvio tratar-se do periódico ÉTOILE DU SUD, publicado no BRASIL. Trata-se de uma nota de agradecimento a uma doação que FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT fez à SOCIEDADE FRANCESA DE BENEFICÊNCIA. Notemos também que ALIBERT está mais uma vez de partida para a FRANÇA, para onde viajará no VAPOR ORENOQUE.

                                                                                          


126- Infelizmente não poderei dizer para vocês o nome do jornal de onde foi extraído o recorte de hoje, nem a data de sua publicação. Porque não tive acesso a essa informação até o presente momento. Mas ela nos é interessantíssima porque lança um pouquinho mais de luz em uma das inúmeras facetas do personagem FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT: conselheiro fiscal em uma seguradora sediada no RIO DE JANEIRO. Quantos meandros tem seu itinerário no decurso de sua vida! Quanto diversificado seus campos de atuação, sua mobilidade e suas relações! Quase indecifrável. Com certeza esse homem acendeu a vela de sua vida pelas duas pontas do pavio, se podemos dizer assim... 

                                                                           


125- O recorte de hoje foi extraído de um jornal (qual?) publicado em 1922. Nele, FRANCISCO DELAGE (FRANCK), entre vários outros proprietários de ROÇA GRANDE, levam suas reinvindicações ao senador RAUL SOARES.

                                                                                             


124- Outro documento interessantíssimo e de grande importância para nós é essa pequena notinha num jornal, citando alguns nomes de pessoas que estariam embarcando naqueles dias para a EUROPA. Como vocês podem notar, na lista dos que embarcavam para BORDEAUX, estava a família GASPARD, uma das que vieram no ORENOQUE. Essa família era composta pelo pai, JEAN GASPARD (26 anos), sua esposa MARIE JARRY (32 anos) e sua filha também MARIE (3 anos). Eles eram oriundos do cantão de HAUTEFORT e estavam entre as famílias que abandonaram a FAZENDA MONTE CRISTO após um ano à serviço do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES e FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. Estavam tão depauperados ao chegar ao RIO DE JANEIRO que, após terem sido hospitalizados (junto com a família THEULIÉRAS (da qual não temos maiores informações) e, em função disso, foram as únicas que conseguiram ser repatriadas, conseguindo passagens a preços reduzidos, com a interferência do CONSULADO FRANCÊS.

                                                                        



123- Nesse anúncio de 1882 (segundo informado pela fonte), uma casa comercial da RUA DO OUVIDOR, RIO DE JANEIRO, promove os produtos típicos do PÉRIGORD, como, por exemplo, as trufas negras, o foie gras etc. Eu nem sequer imaginava que desde aqueles tempos esses produtos fossem tão apreciados num país como o BRASIL. Surpreendente para mim que os produtos perigordinos tenham chegado antes mesmo do ORENOQUE... Acreditava eu que, no glamour que sempre esteve relacionado aos produtos franceses, principalmente no RIO DE JANEIRO do SEGUNDO IMPÉRIO, somente PARIS estivesse "no mapa". E é isso: vivendo (e pesquisando) e aprendendo...

                                                                       

122- No artigo de hoje, ficamos sabendo que o VAPOR ORENOQUE encalhou em MONTEVIDÉU logo após o desembarque de nossos bisavós no RIO DE JANEIRO, quando seguia viagem para a ARGENTINA. Como encontrei traços de uma família DUBREILH que implantou-se no RIO GRANDE DO SUL mas tem origens no URUGUAI, fico a imaginar que essa família talvez tenha escolhido esse destino, em detrimento do BRASIL ou da ARGENTINA. Isso se se tratar, obviamente dos DUBREILH do PÉRIGORD, como suponho. Todos os registros escritos consultados até o presente momento dão conta de que agentes de imigração tentaram convencer nossos antepassados e seus companheiros a trocar o BRASIL pela BACIA DO PRATA, como se pode ver, por exemplo, na postagem de número 121 dessa mesma página. FONTE: JORNAL "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" de 01-10-1885.

                                                                       



121- Números e comentários detalhados sobre a imigração em 1888. FONTE: JORNAL "A IMMIGRAÇÃO" - 1889.

                                                             


                                                   



120- Hoje poderemos ler um artigo sobre a emigração europeia, de autoria de P.LEROY BEAULIEU, publicada originalmente no JORNAL "L'ECONOMISTE" do dia 05-10-1889. É um pouco extenso, mas acho interessantíssimo para quem, como nós, se interessa pelo tema. Estávamos às vésperas da PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA e a falta da mão de obra escrava, livre a pouco mais de um ano, se fazia sentir como nunca. FONTE: JORNAL "DIÁRIO DE NOTÍCIAS" de 11-11-1889.

                                                     


119- Na notinha de hoje, uma referência ao VAPOR ORENOQUE. Mais precisamente a viagem na qual vieram nossos bisavós, logo no primeiro parágrafo. Esse fato é relato no livro "DOUSSEAU: ENTER - FRANCESES NO IMPÉRIO DO CAFÉ" e já era conhecido de PASCALE LAGAUTERIE desde suas primeiras pesquisas. No mesmo recorte, nos dados marcados em negrito, referentes ao movimento de imigrantes na ILHA DAS FLORES, podemos incluir nossos bisavós e seus companheiros de viagem, personagens constantes todos de nosso livro e sempre presentes também aqui, no nosso blog. FONTE: JORNAL "A IMMIGRAÇÃO".

                                                                



118- Por esse artigo, entramos mais uma vez em contato com o papel de PIERRE AUDEBERT como encarregado de obras na cidade do RIO DE JANEIRO. Uma delas é essa, na reforma da IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DE LOURDES, em VILA ISABEL. FONTE: JORNAL "O PAIZ" de 15-03-1919.
    
                                                                   

                                            

117- Essa é a publicação do óbito do mesmo GUILLAUME (MAURÍCIO) AUDEBERT, da foto 118. Por essa publicação podemos dar como certo que ele morou no RIO DE JANEIRO, que é a cidade na qual veio a falecer e ser sepultado. Para mim, particularmente, essa é uma informação de inestimável valor. Porque, dentre os pais de família vindos no ORENOQUE, esse é o primeiro do qual encontra-se alguma referência ao óbito. Até a presente data, sempre me espantei com o fato de que todos pareciam ter se transformado em fumaça. Nenhum registro de óbito ou sepultamento. Hoje, após esse documento, posso supor que muitos dos outros, senão todos, devem ter seus óbitos registrados com nomes voluntária ou involuntariamente diferentes do seu registro oficial de nascimento. Lembremos que a maioria deles utilizava um segundo nome, provavelmente o de batismo, pelo qual eram conhecidos em família. Por esse anúncio, podemos ver que GUILLAUME faleceu aos 56 anos em 27-12-1912 e, nessa ocasião, morava na Travessa Henriqueta, número 22, no bairro da PIEDADE, tendo sido sepultado do cemitério de INHAÚMA. Mesmo endereço onde viveu seu filho PIERRE e onde nasceu sua neta DAGMAR, mãe de ISABEL. FONTE: JORNAL O PAÍZ, de 09-01-1913.

                                                                        



116- Nossas próximas postagens nessa página, mais exatamente até o número 131, serão todas devidas a gentileza de ISABEL (AUDEBERT) PINTO e sua pesquisa em jornais antigos, hoje digitalizados e disponíveis on-line. Mas sabemos que, sem boa dose de dedicação e a "paixão da pesquisa", não é fácil encontrar tantos tesouros em tão pouco tempo. Obrigada, ISABEL. E vamos lá. O post de hoje é uma notificação de um telegrama que não chegou ao destinatário. Como o remetente, GUILLAUME (MAURÍCIO) AUDEBERT vivia em TRES RIOS (ENTRE RIOS), ISABEL, sua bisneta, acredita, com enorme chance de estar certa, que esse telegrama deveria ter sido entregue a seu avô, o filho de GUILLAUME, PIERRE AUDEBERT, que vivia no RIO DE JANEIRO desde seu casamento. FONTE: JORNAL CORREIO DA MANHÃ de 17-07-1905.

                                                                    


115- Notícia publicada no jornal GAZETA DE NOTÍCIAS, publicado no RIO DE JANEIRO no dia 14 de Maio de 1888, falando sobre a lei que extinguia a escravidão no BRASIL, promulgada na véspera. FONTE: ANDRÉ SAMPAIO E OS AFRO MANDINGA.

                                                             



114- Nessas duas páginas do jornal "A IMMIGRAÇÃO" do ano de 1888, podemos ver em destaque, item por item,  as instruções do Governo Imperial para os agricultores* que desejassem introduzir imigrantes em suas lavouras. É documento de grande interesse histórico. ÂNGELO FIORITA era um grande agente de imigração que parece estar ligado pelo menos aos grupos de perigordinos que se seguiram aos dois primeiros (ORENOQUE e VILLE DE BUENOS AIRES). FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

*- "agricultores" e "lavradores" não eram termos que se limitavam  aos que "pegavam na enxada" como empregados ou como pequenos proprietários, como hoje em dia. Naqueles tempos, referiam-se também aos grandes proprietários/latifundiários, que hoje chamaríamos simplesmente "fazendeiros". 

                                                                   

                                                                        

113- Documento emitido pela comuna de TOURTOIRAC, cantão de HAUTEFORT, distrito de PÉRIGUEUX, departamento da DORDONHA  em 26 de Julho de 1893 para HENRI AUDEBERT e sua esposa JEANNE HONORINE DUCAMUS. Segundo informações, esse documento pode ser uma declaração exigida para a emissão ou renovação de passaporte. Esse casal, vindo em 1885 no ORENOQUE, costumava voltar muito à FRANÇA. Para onde aliás HENRI acabou por voltar vez. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                     



112- Hoje trazemos uma página do jornal "A IMMIGRAÇÃO", de Outubro de 1885. Nele, podemos ver, marcado em verde, um trecho que fala especificamente sobre os imigrantes vindos no ORENOQUE. Fala também do papel do COMENDADOR MORAES na vinda delas. Fato curioso para mim é que o artigo diz que esses imigrantes foram contratados por intermédio de  "uma importante casa comercial dessa praça". Sabemos que eles vieram contratados por FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT, que devido a isso respondeu um processo na FRANÇA. Que "casa comercial" seria essa, se existiu e que relação teria tido ou não com ALIBERT não é coisa que o artigo esclareça. Seria também muito interessante saber quem seria o "compatriota estimado engenheiro e fazendeiro". Outra questão a ser esclarecida é quais seriam as 7 pessoas que prosseguiram viagem para MONTEVIDÉU, dentre aqueles passageiros do ORENOQUE. Perigordinos... ou não? De repente me lembro que encontrei em minhas pesquisas um descendente DUBREUILH que vivia no RIO GRANDE DO SUL mas tinha origens justamente no URUGUAI... Realmente... recompor o passo a passo de nossos bisavós e seus companheiros de viagem é tarefa para uma vida inteira... FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO. 

                                                              


111- Publico hoje um documento de grande importância e interesse para todos nós: o mapa de imigrantes que passaram pela ILHA DAS FLORES no ano de 1885. Como os DOUSSEAU, por exemplo. Marcado em verde os dados referentes aos franceses dentre os quais eles e todos os passageiros do ORENOQUE se encontram. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                


110- Olhem que interessante! Esse é um mapa de 1879 da ESTRADA DE FERRO D.PEDRO II (e de todas as outras) para as províncias do RIO DE JANEIRO, MINAS GERAIS e SÃO PAULO. FONTE: FACEBOOK RIO ANTIGO.

                                                                     



109- Outra nota particularmente interessante para nós, publicada no Jornal CORREIO MERCANTIL do dia 23-04-1854. Fica cada vez mais claro para nós que nossos bisavós não circularam pelo CENTRO DO RIO nem embarcaram na ESTAÇÃO DOM PEDRO II  para BICAS. Essa primeira hipótese, aventada em nosso livro, vem caindo diante das evidências de que o trem que partia dessa estação ia até JUIZ DE FORA. Mas não até BICAS. E ainda não havia, como tempos depois aconteceu, o ramal  (dando voltas absurdas!) que levava de JUIZ DE FORA até BICAS. Entretanto é certo que nossos bisavós embarcaram NO RIO. E desembarcaram EM BICAS. Como?? Como o teriam feito? Com as dicas de AMARILDO MAYRINK, estudioso da história da ferrovia na região, tenho dado como certo (até prova em contrário), que nossos bisavós teriam viajado numa embarcação menor, direto da ILHA DAS FLORES ou mais provavelmente pelo porto da PRAINHA (hoje PRAÇA MAUÁ) até a estação marítima chamada GUIA DE COPAÍBA, em MAUÁ. Dali sim subiriam a SERRA e continuariam até BICAS. Entretanto não considero absolutamente essa história como esclarecida completamente. Há relatos de que se viajava para MINAS também partindo de NITERÓI... Enfim: continuemos nossos estudos e pesquisas. Um dia a gente chega lá! FONTE: FACEBOOK JORNAIS ANTIGOS.

                                                                  



108- Mais uma notinha interessante no Jornal O PAIZ do dia 26-01-1981, falando do histórico calor carioca marcado pelo observatório que existia do ainda de pé MORRO DO CASTELO. Não sei qual era a temperatura média no RIO DE JANEIRO daqueles tempos nem qual é a atual, para o mês de Janeiro. Mas parece que aprendemos a conviver com temperaturas bem superiores a 35º... E desde aquele tempo o povo já era simpaticamente exagerado, dizendo que só a providência divina o impediu de "morrer torrado"... Tememos o mesmo 121 anos depois. Temeremos o mesmo pelos próximos séculos... E vamos virando história... FONTE: FACEBOOK JORNAIS ANTIGOS DO RIO DE JANEIRO.

                                                                        



107- Visita (ou passagem)  de JEAN e LOUISE BONIMOND ao RIO DE JANEIRO, com hospedagem numa certa pensão AMERICANA, anunciada no jornal "O PAIZ", do dia 14-05-1914. FONTE: THEREZA (BONIMOND MOUTY) DE PAULA

                                                                                                                                                                                                     


106- Enviado por nossa amiga LÁLÁ ( THEREZA (BONIMOND MOUTY) DE PAULA, temos hoje mais um artigo que evidencia a presença de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT na vida de BICAS, MARIPÁ e GUARARÁ. Isso em várias frentes de atuação. Aqui, fala-se de uma certa LIGA DE LAVRADORES DO BRASIL. Não encontrei na WEB maiores informações sobre o que seria isso, mais detalhadamente. Fico devendo. FONTE: JORNAL "O PAÍZ", de 05-12-1913.

                                                                                                


105- Convite para a solenidade de colocação da pedra fundamental do edifício da BIBLIOTECA NACIONAL, na AVENIDA CENTRAL, hoje RIO BRANCO. FONTE: FACEBOOK RIO ANTIGO.
OBS: Visite o número 111 da página de FOTOS ANTIGAS.

                                                                                   


104- Registro de batismo de RACHEL AUDEBDERT, no dia 17-02-1887, em MARIPÁ DE MINAS. Nasceu no dia 15-09-1886, na FAZENDA PEDRA BRANCA, do CAPITÃO SILVESTRE HENRIQUE FURTADO, conforme o mesmo documento. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                     


103- Registro de nascimento de PIERRE DELAGE, no dia 11-06-1878, em HAUTEFORT. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.
                                                                                                                                          

102- O documento de hoje é uma autorização emitida pelo CONSULADO DA FRANÇA, no RIO DE JANEIRO, no dia 20-06-1916, para que HENRI AUDEBERT e sua esposa HONORINE DUCAMUS deixassem o BRASIL para entrar na FRANÇA através do porto de BORDEAUX. Segundo informações de CREMIDA DELAGE, a menina da foto, que viajaria com eles, seria NELY AUDEBERT DELAGE, filha de PIERRE DELAGE  e RAQUEL AUDEBERT, portanto, neta do casal portador do documento. Mas, pela leitura do mesmo, consta que a dita criança seria uma sobrinha de quatro anos . Nesse caso, não poderíamos identificar quem seria essa sobrinha, até o presente momento. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                  


101- Documentos pertencentes a AURORA AUDEBERT. Provavelmente algo similar a uma carteira de trabalho. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                          

100- Registro de nascimento de AURORA AUDEBERT, no dia 11-12-1899, em VALENÇA. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.
OBS: Note bem a que ponto se chega na deformação dos nomes originais. Esse documento é farto de exemplos.


                                                                      


99- Registro de nascimento de GABRIELLE AUDEBERT, no dia 13-06-1882, em LES CHARREAUX. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.

                                                                
98- No artigo de hoje, publicado no JORNAL O MUNICÍPIO do dia 23-09-1928, podemos "capturar" um momento significativo da história dos imigrantes. Aquele momento onde, após alguns anos de implantação no Brasil, mais especificamente em nosso interior das GERAIS, esse imigrante começa a galgar postos importantes dentro do escalão de poder estabelecido. No caso em pauta, juiz de direito. E, concomitantemente, tal fato começa a suscitar reações de rejeição e intolerância. Hoje, se considerássemos somente o sangue que corre nas veias, poderia afirmar com certeza: sem eles BICAS não existiria. E não seria diferente em grande parte das nossas regiões SUL e SUDESTE. Como em 1928 ainda havia muito de nacionalismo (bem utópico...), é preciso que um articulista chamado OCTÁVIO VEIGA venha chamar a atenção do povo e mexer com os brios dos poderosos. Muito interessante. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.

                 

97- À seguir, uma série de três notinhas sobre JOÃO DELAGE, publicadas no JORNAL O MUNICÍPIO. A primeira, tratando da transferência de um negócio, data de 05-06-32. As duas seguintes, datadas de 03-07-32, tratam de seu falecimento. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.





                                                                    

96- Em 10-04-32, no JORNAL O MUNICÍPIO, reportagem sobre a  visita do PRESIDENTE ARTHUR BERNARDES à cidade. Deve ter sido logo depois disso que nossa sempre RUA DO BONDE mudou de nome...rsrsrs...FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.

                                                                    

95- rsrsrsrs... De repente me dou conta de que mesmo aquelas coisas que achamos mais maravilhosas são capazes de incomodar outras pessoas. Vocês acreditariam que o apito de uma locomotiva incomodou tanto, um dia, uma pessoa, que ela se deu ao trabalho de enviar um protesto por escrito para o JORNAL O MUNICÍPIO publicado em 03-07-1932! Agora, que esse apito não toca mais, fico pensando na saudade encruada que habita em todos os corações biquenses... As voltas que o mundo dá... FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.

                                                                               


94- Duas notinhas saídas no JORNAL O MUNICÍPIO, de BICAS, tratando dos aniversários de dois dos três filhos de FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. Sobre PIERRE, publicada em 27-11-27; e sobre MARINETTE, publicada em 28-12-1927. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.





93- E era assim, num primeiro momento do movimento imigratório de massa (mais ou menos nos meados do século XIX) que se via o tratamento dado no BRASIL aos imigrantes. Mesmo depois de passadas décadas, de alterada toda a política de terras mais de uma vez, de várias leis abolicionistas que antecederam o 13-05-1888. Mesmo depois de tudo isso, essa era a imagem do BRASIL no exterior, em relação à política de imigração. Quando nossos bisavós e os outros imigrantes perigordinos estavam no ORENOQUE, foram abordados por um agente de imigração argentino que tudo fez, com insistente propaganda, para convencê-los a trocar o destino do BRASIL para a ARGENTINA. E o argumento era esse mesmo: viriam aqui para trabalhar tratados como escravos e não como trabalhadores livres. Muito disso se confirmou, num primeiro momento, como relatamos em nosso livro. Mas nem de longe assemelha-se a essa caricatura, ao que eu saiba. Essa imagem se deve, a meu ver, ao que poderia chamar de "preconceito cruzado". Aquele que parte de todos em direção a todos. Afetando drasticamente a relação entre brancos de origem portuguesa instalados no BRASIL a séculos (os "donos da terra"...), brancos imigrantes recém chegados (no caso da charge, alemães) , escravos africanos... e índios: ainda haviam alguns! Uma curiosidade é que o preconceito era de mão dupla: dos brancos para com os negros e dos negros para com os brancos. Principalmente os negros "da casa", que já haviam galgado um degrau no seu sentimento de "dignidade". Ao menos aparentemente. Aqueles intrusos realmente brancos que chegavam "em pencas" causaram em todas as raças aqui já estabelecidas  profundo estranhamento e rejeição. E vive versa. Minha opinião particular (salvo alguns psicopatas neonazistas e coisas do gênero) é de que progredimos muito em relação a isso. Oxalá progridamos ainda mais!


                           FONTE: THEREZA (LÁLÁ) DE PAULA (BONIMOND/MOUTY)                                                    


92- Então, que tal fazermos uma viagem no tempo de quase 100 anos, mais precisamente para 1924 (em um artigo publicado no dia 17-02), e dar uma olhadinha em como era então o Carnaval de BICAS?  Depois, se quiser comparar com os dias atuais, faça uma visitinha ao blog de Turismo de BICAS, editado por meu irmão AMARILDO MAYRINK, cujo endereço você encontra nos links recomendados na página inicial desse blog. Bom passeio! FONTE: JORNAL O MUNICÍPIO.



91- Registro de óbito de HENRI AUDEBERT, em HAUTEFORT, no dia 12-06-1938. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.



90- Este é o certificado de desembarque de toda a família AUDEBERT. Na verdade, eram 2 núcleos familiares. O primeiro na lista é formado por HENRI AUDEBERT e sua esposa JEANNE HONORINE DUCAMUS. O segundo, também segundo a lista (desconheço por qual critério), era formado por GUILLAUME AUDEBERT, sua esposa MARIE FAVARD e seus filhos GABRIELLE AUDEBERT. FONTE: ISABEL (AUDEBERT) PINTO.    







89- E por último, uma briga entre "mulheres de vida alegre". Viu como fofoca é bom mesmo quase um século depois? rsrsr...FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.




88- Aqui, um "menino chumbeado"... Eta mundo grande sem porteira!! FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                            

                                              
                                                                           
87- Vou começar agora a primeira de uma série de três postagens na categoria "Curiosidades". Sim, porque, embora as notícias veiculadas não se refiram diretamente aos temas desse blog, tem, sim, relação com ele pelo puro interesse histórico. Naquilo que é mais corriqueiro e que "fotografa", digamos assim, a alma de um tempo e de um lugar. Aqui veremos mais um pouquinho de BICAS, na década de 20 do século XX. Eu, pelo menos, achei bem engraçado... Nesse post, leia a notinha 'LARÁPIOS NA E.F' . FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                            


86 - Uma pequena propaganda de um hotel. Mas, para mim, cheio de sinais. Sinais que nos ajudam a entender e "visualizar", ainda que com os olhos da alma e da imaginação, uma época inteirinha. A curiosidade começa quando sabemos que o anúncio é de um jornal em BICAS. Mas o hotel fica no RIO DE JANEIRO. Amor antigo esse, de biquenses pela CIDADE MARAVILHOSA... rsrs... Mas, brincadeiras à parte, era no RIO que se fechavam os grandes negócios de todo gênero. Inclusive o café, que ainda tinha alguma expressividade como produto da  região em derredor de BICAS. 
                 A curiosidade continua quando vemos que, o ONIPRESENTE TREM está ali, dando o ar de sua graça. Era assim que se viajava. E um hotel que garantisse um transporte de e para a estação só poderia ser muito atraente! Enfim, o que quero ressaltar: CAFÉ + TREM = BICAS! FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.



                                                                            



85- No Jornal "O MUNICÍPIO", em 1923, anúncio do casamento de JÚLIO ADHEMAR MOUTY e AMÉLIA SARTO. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                   
                                                   

84- No Jornal "O MUNICÍPIO", DE 13-01-1923, JÚLIO MOUTY relacionado entre os pagadores do "imposto do córrego". O primeiro número ao lado do nome refere-se ao número de metros que seu terreno divisava com um dos córregos (sem especificação) que a cidade possuía. O outro número refere-se ao valor do dito imposto. Até o presente momento não consegui obter informações sobre os fundamentos dessa cobrança. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.



                                                           


83 - No Jornal "O MUNICÍPIO", de 30-03-1923, anúncio do aniversário de LUIZ DELAGE. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                      


82- No Jornal "O MUNICÍPIO", DE 25-11-1923, anúncio da construção de um novo hotel em BICAS. Esse assunto muito me interessa visto que, por esse tempo, já tínhamos na cidade o HOTEL MOREIRA, do qual já falamos por aqui. Entretanto, nos primeiros dias de nossos bisavós no BRASIL, um episódio dramático ocorreu "no hotel da cidade", que "ficava ao lado da estação", segundo documentos franceses da época. Que hotel seria isso, ninguém nunca soube me afirmar. Será que o dito HOTEL MOREIRA já existia em 1885??? Tomei isso como verdade, até prova em contrário, visto que nunca ouvi relato ou documento que pudesse retificar a informação.
Outro detalhe é sobre o atual ( não tanto assim...) "BICAS HOTEL": foi uma mudança de novo de um dos já citados ou seria ainda um terceiro? Coexistiram ou instalaram-se em momentos distintos? Agradeço se alguém puder esclarecer...



                                                                                                       


81- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 30-03-1924, uma notícia que muito nos interessa, como descendentes DOUSSEAU, pois refere-se ao povoado dos MACHADOS.  Distinção rara, até nos dias de hoje. Mesmo com o material danificado, podemos ter uma boa ideia do assunto veiculado. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                       


80- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 30-04-1924, sobre a visita de MARTHA BONIMOND e esposo. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.



                                                                                      

79- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 11-10-1923, sobre um grave acidente ferroviário. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                                



78- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 11-10-1923, ainda sobre o recém criado município de BICAS. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                                     


77- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 04-11-1923, uma nota sobre a questão da delimitação de divisas do recém criado município de BICAS. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                                 

76- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 04-07-1926, a presença do CORONEL ARRUDA CÂMARA e sua FAZENDA SANTANNA. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.


                                                                                      


75- No Jornal "O MUNICÍPIO", de 21-05-1924, mais uma entre inúmeras provas do "casamento" entre café e ferrovia. Com todos os seus desdobramentos. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA.





                                                                               


74- No jornal "O MUNICÍPIO", de 04-11-1923, sobre PIERRE ALIBERT. FONTE: ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA. 


                                                                                
                                                                                
Observação: Todos os documentos que vocês poderão apreciar nos próximos dias serão oriundos de uma mesma coleção de DVDs, tornados possíveis pelo trabalho de digitalização efetuado pelo ARQUIVO HISTÓRICO DE JUIZ DE FORA em 2008. Entretanto, devo a AMARILDO MAYRINK e, principalmente a FRANCISCO OLIVEIRA, do blog O GUARARENSE, o fato dos mesmos terem chegado às minhas mãos. Muitíssimo obrigada!

73-  Olha que beleza, gente! Amigos "genealógicos" (não é, Alan? rsrs) nos aparecem com cada surpresa tão boa e valiosa! Olhem essa de hoje: a notinha no JORNAL "O PAIZ" com o movimento no PORTO DO RIO DE JANEIRO no dia 25-09-1885. E ali está o ORENOQUE. Obviamente nossos bisavós (ANNET e MARIE/MARIÁ) e seus pais (FRANÇOIS GUILLAUME e MARIE), assim como todos os outros perigordinos vindos para MARIPÁ DE MINAS, estavam entre esses 130 passageiros da terceira classe. Achado valioso, pelo qual muito agradeço à FONTE: TEREZA (LÁLÁ) ARAGÃO DE PAULA (MOUTY).  

    

                                                           


72- Anúncio antigo de restaurante espanhol em BICAS, também publicado no 'ALMANAK' de F.S.TEIXEIRA. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                            


71- Aqui, anúncio dos serviços de um Casa de comissários de café, também extraído do "ALMANAK" de F.S.TEIXEIRA. O papel desse profissional (o representante/comissário) para o comércio do café era de fundamental importância. Engrenagem imprescindível que intermediava toda uma cadeia que se iniciava nas roças de todo nosso Brasil e ia terminar nos vapores que despachavam nosso "ouro negro" para todos os cantos do mundo. No meio desse caminho, "tratativas" com barões, políticos, comerciantes outros... Essa função era de tal importância, que nela enriquecia-se facilmente, quando mais não seja pelas "boas relações" que se estabelecia e levava muitos vezes ao casamento com a "sinhazinha". "Enobrecia-se" o "plebeu" às custas de seu poder de negociador. A figura do "intermediário" é caracterizada assim até os dias de hoje, em relação a todo  tipo de mercadoria: menos pompa e poder de direito. Mais poder... de fato. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.




                                                                                  


70- Anúncio de antiga beneficiadora de café, em BICAS, publicado no "ALMANAK" de F.S.TEIXEIRA. Notemos que tal estabelecimento também atua como negociador  e transportador.  FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                                           

69- BICAS é, além de raiz de muitos, "pouso" e "passagem" para outros tantos. Que sempre se encantam, infalivelmente, com o quanto pode ser linda uma pequena cidade perdida nas profundezas da MATA MINEIRA... Certo. Hoje, com todos os meios de transporte e comunicação dos quais dispomos, não há mais lugar algum "perdido nas profundezas" seja lá do que for. Mas o artigo é de 1960. A realidade ainda era bem diferente da de hoje. E um desses "forasteiros", chamado RAYMUNDO MENDONÇA DIAS, expressou muito bem nesse artigo o  sentimento que quero descrever aqui:  o amor/simpatia que essa cidade provoca à primeira vista. Ressalvando, é claro, para sermos fieis à verdade, que de passagem acabamos por não conhecer o "reverso da medalha".  Ah! E daí? Qual é a medalha que não tem o seu reverso? Que tal pedirmos então emprestados, agora, os olhos desse velho forasteiro? Lembrando-nos sempre: do que é formada a população dessa cidade? Acertou quem respondeu: FORASTEIROS! rs... FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                                     

                                                                                   


68- Pernilongos "históricos" em BICAS...rs... FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.


                                                                                        

67- Esse post, que traz uma nota saída no JORNAL TRIBUNA DE BICAS DE 09-10-1960 nem precisa de descrição... Mas podemos perceber que a palavra dos políticos sempre foi uma coisa bem... digamos... nula? "Não os decepcionarei"... FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.

                                                                                   

                                                                                   

66- Pena que não tenho a data, nem mesmo aproximada, dessa imagem... Mas prometo buscar essa informação e acrescentar aqui, ok? FONTE: "MUNICÍPIO DE GUARARÁ, de ROBERTO CAPRI.


                                                                                    

65- Mais uma vez vou escapar um pouquinho para "o meu lado MAYRINK de ser"...rsrsrsrs... De vez em quando amigos/colaboradores nos presenteiam assim, com preciosidades que fazem o nosso coração dar "aquela batidinha extra", de pura emoção. Essa matéria do JORNAL "A TRIBUNA DE BICAS", fala um pouco sobre minha tia, que não cheguei a conhecer, MARIA DE LOURDES MAYRINK. Matéria essa publicada por ocasião de seu falecimento. Nasci escutando histórias sobre o que foi a vida dela: sua doença prolongada, feita de sonhos interrompidos (um deles às vésperas de se realizar), de projetos renunciados mas, principalmente e antes de tudo, de fé inabalável e comprovada minuto a minuto. De entrega total à vontade de Deus, servindo de inspiração para tantos quanto, presenciando o inesquecível momento de sua morte, precisavam continuar vivendo. LOURDINHA... tenho orgulho de você. E penso em você cada vez que ouço o canto de consagração à MARIA SANTÍSSIMA.  As palavras de "AVE MARISTELA" acabaram por se tornar também suas últimas palavras. Cantadas. E acompanhadas por sua família. Que sejamos dignos de seu exemplo. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA


                                                                                     

64- Publicada no JORNAL "O GUARARÁ", essa notinha nos dá conta, ao se referir aos imigrantes austríacos, de que ainda havia, pelo menos até 1928, uma política voltada para o assunto "imigração" no estado de MINAS GERAIS. Mesmo não tendo notícias de austríacos em BICAS e redondezas, creio ser interessante conhecermos melhor o que foi feito em nosso estado no sentido de favorecer a vinda de trabalhadores estrangeiros. Nossos bisavós não chegaram a se beneficiar de tais políticas porque, em 1885-1888, ainda éramos escravocratas e, sendo assim, viveram exatamente a árdua transição, caindo de paraquedas em um país que ainda não havia compreendido bem que era hora de abolir a escravidão, e não de tratar os estrangeiros como escravos. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.



                                                                          

63- Registro  de óbito de HENRIQUE BOURRET, filho de ALPHONSE BOURRET em 08-1889, em BARRA MANSA. FONTE: FAMILY SEARCH.


                                                              

62- Capa do ALMANAQUE DEGUARARÁ.FONTE:OGUARARENSE.BLOGSPOT.COM.BR

                                                                                                                                    

                                                                                 
61- Hoje podemos ver o registro de nascimento de JACQUES DOUSSEAU, em PEYRIGNAC, no dia 21(?)-12-1869. Esse registro é particularmente precioso para nós porque inclui mais um registro referente à nosso GUILLAUME (FRANÇOIS) DOUSSEAU, aos 20 anos. Aqui, como testemunha do nascimento desse seu sobrinho, que vem a ser filho de seu irmão JEAN com JEANE LALBIA. Esses últimos são os bisavós de NICOLE DOUSSEAU Le CANNE... "Eta mundo grande sem porteira!!!!". Como podemos agora constatar pelo post 62, no ano seguinte, aos 21 anos, ele passa às linhas de frente. Enquanto está na armada, casa-se e tem os dois filhos, com um intervalo de 5 anos entre um e outro. Sai então mais uma vez para a reserva mas emigra para o BRASIL antes de outra muito mais que provável convocação. Outra coisa de extrema importância, que também foi citada no nosso livro: no sorteio para o serviço militar GUILLAUME teve a sorte da liberação. Mas "vendeu" sua dispensa servindo no lugar do citado NICOLAS BROUSSARD. Sei de antemão que isso era costume corrente mas agora, mais do que nunca, preciso pesquisar melhor sobre as diversas prováveis facetas dessa questão. E o que conseguir apurar será postado aqui. FONTE: NICOLE DOUSSEAU Le CANNE.

                                                                       

                                                                        
                                                                            
60- O QUE TRAGO PARA VOCÊS, HOJE, MERECE SER ESCRITO INTEIRAMENTE EM LETRAS GARRAFAIS. CHEGOU-ME A POUCOS DIAS ENVIADO POR PASCALE LAGAUTERIE ME ENCHENDO DE ALEGRIA, DESCOBERTAS...E MAIS PERGUNTAS. COMO VOCÊS  PODEM LER NO LIVRO "DOUSSEAU:ENTER - FRANCESES NO IMPÉRIO DO CAFÉ", TODOS OS DOUSSEAU BRASILEIROS, APESAR DO POUCO QUE SABÍAMOS DA HISTÓRIA DE NOSSOS ANTEPASSADOS, QUASE NADA MESMO, TÍNHAMOS UMA AFIRMAÇÃO UNÂNIME, HERDADA DE NOSSOS PAIS E AVÓS: NOSSOS TRISAVÓS (OS PAIS DE ANNET E OS PAIS DE SUZANNA), EMIGRARAM POR MEDO DA GUERRA. PELO MENOS ESSE TERIA SIDO O MOTIVO PRINCIPAL, NÃO FOSSE TAMBÉM A MISÉRIA E O SONHO COM UM MUNDO MAIS FARTO EM POSSIBILIDADES DE FUTURO. MAS NÃO HAVIA NADA, NENHUM DOCUMENTO ESCRITO, QUE PROVASSE ISSO. QUANDO DESCOBRI QUE HAVIA DE FATO ENTRE NOSSOS ÚLTIMOS ANTEPASSADOS NA FRANÇA, PELO MENOS DUAS VÍTIMAS FATAIS (PIERRE MANDRAL, TIO DE SUZANNA,MORTO NO SENEGAL EM 1858 E JEAN DOUSSEAU, TIO DE ANNET, MORTO EM PARIS EM 1870), ACREDITEI TER COMPROVADO ESSA IDEIA QUE NOS DEIXARAM COMO HERANÇA. 

               MINHA MÃE SEMPRE AFIRMOU, TENDO OUVIDO ISSO DE SUA MÃE, MERITA, QUE UM MEMBRO DA FAMÍLIA TINHA TOCADO TAMBOR À FRENTE DE UM BATALHÃO, DANDO INCLUSIVE DETALHES DA FOME E FRIO ATROZ QUE PASSOU. ISSO TAMBÉM ESTÁ LÁ, REGISTRADO EM NOSSO LIVRO.     

              POIS HOJE MAIS UM PASSO ENORME FOI DADO: O NOSSO HERÓI TOCADOR DE TAMBOR FOI NADA MAIS NADA MENOS QUE NOSSO TRISAVÔ, PAI DE ANNET: GUILLAUME DOUSSEAU!!!
           
       GOSTARIA DEMAIS DE POSTAR OS DOCUMENTOS AQUI, TAL QUAL ENCONTRADO COM AS INDICAÇÕES DA PASCALE, MAS OS ARQUIVOS SÓ PODEM SER EXAMINADOS DIRETAMENTE NOS ARQUIVOS MILITARES DE CORRÈZE (POSTAREI O ENDEREÇO EM SEGUIDA PARA OS QUE SE HABILITAREM). AÍ VOCES, CASO QUEIRAM, PODEM SALVAR DIRETAMENTE PARA O COMPUTADOR EM FORMATO ADOBE.
              MAS VOU POSTAR A TRADUÇÃO COMPLETA. FEITA POR NOSSA PRIMA NICOLE DOUSSEAU Le CANNE, EM VIRTUDE DO GRANDE NÚMERO DE TERMOS DIFÍCEIS RELATIVOS À QUESTÕES DO EXÉRCITO FRANCÊS. COMO ELA BEM LEMBROU, A FRANÇA DECLAROU GUERRA À PRÚSSIA EM 19-07-1870.


VOILÀ!
   
                    DOUSSEAU GUILLAUME

1414 - 713               1º
                                 2º
                                 3º FILHO DE PIERRE
                                               E DE MADELEINE ROUVERON
                                               RESIDENTES EM PEYRIGNAC
                                               RUA
                                               CANTÃO DE TERRASSON, DEPARTAMENTO DA DORDONHA
                                               NASCIDO EM 20 DE SETEMBRO DE 1849, EM LOUIGNAC,
                                               CANTÃO DE AYEN, DEPARTAMENTO DE CORRÈZE
                                               RESIDENTE EM PEYRIGNAC
                                               RUA                     NÚMERO
                                               CANTÃO DE TERRASSON, DEPARTAMENTO DA DORDONHA
                                               CABELOS (?), SOMBRANCELHAS CASTANHO ESCURAS,
                                               OLHOS CINZA AZULADOS
                                               TESTA ARQUEADA, NARIZ GRANDE, BOCA GRANDE
                                               QUEIXO REDONDO, ROSTO COMPRIDO, PELE  ...
                                               MARCAS PARTICULARES ...
                                               CASADO EM ...
                                               COM A SENHORA ...
                                               RESIDENTES EM ...
                                               PROFISSÃO: CULTIVADOR
                                               ALTURA: 1,62m
                                               

                                               ENTRADA NO SERVIÇO MILITAR DE INFANTARIA À 
                                               CONTAR DE 12-08-1870 COMO SUBSTITUTO, ADMITIDO 
                                               PELO CONSELHO DE REVISÃO SERVINDO PARA O SENHOR
                                               NICOLAS BROUSSARD, DA CLASSE DE 1869, INSCRITO SOB 
                                               O NÚMERO 715 DO DEPARTAMENTO DA DORDONHA, 
                                               CHEGADO À CORPORAÇÃO EM 12-08-1870. TRANSFERIDO 
                                               AO 118º DE INFANTARIA EM 01-11-1870. TRANSFERIDO AO 
                                               18º DE INFANTARIA EM 26-07-1871.
                                               TAMBOR EM ...
                                               REENVIADO PARA CASA EM 15-10-1874, ESPERANDO SUA 
                                               PASSAGEM PARA A RESERVA. PASSADO PARA A RESERVA
                                               EM 30-06-1875. COMO TAMBOR VINDO DO 118º DE 
                                               INFANTARIA, CUMPRIU UM PERÍODO DE EXERCÍCIOS NO
                                               63º DE LINHA, DE 21 DE AGOSTO À 17 DE SETEMBRO DE
                                               1876. CUMPRIU UM PERÍODO DE EXERCÍCIOS NO 63º DE 
                                               LINHA DE 20 DE AGOSTO À 16 DE SETEMBRO DE 1878.
                                               TRANSFERIDO PARA A ARMADA TERRITORIAL EM 
                                               01-07-1879. CUMPRIU UM PERÍODO DE EXERCÍCIOS NO 96º
                                               REGIMENTO TERRITORIAL DE INFANTARIA DE 05 À 
                                               17-03-1881.
                                               TRANSFERIDO PARA A RESERVA DA ARMADA
                                               TERRITORIAL.


                                               
       E é isso. Enfim encontramos "o nosso tambor". Que veio para o BRASIL em 1885. Quatro anos após sua última transferência. E quando tinha acabado de nascer seu caçula ANNET... Precisamos de MAIS motivos para que ele mudasse assim tão radicalmente o rumo de sua vida? Acho que eu...não preciso mais. 
FONTE (conforme prometido acima):
ARQUIVOS DEPARTAMENTAIS DE CORRÈZE (ARCHIVES  DEPARTAMENTALES DE LA CORRÈZE).
                ENDEREÇO: http://www.archives.cg19.fr/

AGRADECIMENTOS SINCEROS: PASCALE LAGAUTERIE e NICOLE DOUSSEAU Le CANNE                                      

59- Uma imagem muito simpática, fazendo referência à ESTRADA DE FERRO GUARARENSE. Selo da época. FONTE: OGUARARENSE.BLOGSPOT.COM.BR

  
                                                              

58- No mesmo ALMANACH do qual falamos ontem, encontramos notícias sobre a ESTRADA DE FERRO GUARARENSE. Devagar vamos compondo um painel onde podemos perceber os pontos de vista divergentes sobre a mesma. O que permite vislumbrar com bastante clareza porque sua vida foi tão curta. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.



                                                                              

57- Trazendo hoje as páginas introdutórias do ALMANACH DO MUNICÍPIO DE GUARARÁ,    editado por F.S.TEIXEIRA, proprietário/editor do jornal GAZETA DE GUARARÁ. FONTE: FRANCISCO OLIVEIRA.



                                                                                        

                             

56- Registro de nascimento de uma criança do sexo masculino como filho natural de JUAREZ ANDRÉ MARTINS  (MARTY?), filho de PEDRO ANDRÉ MARTINS (MARTY?), no dia 10-09-1889, em BARRA MANSA. FONTE: FAMILY SEARCH.


                                                                               


55- Anúncio publicado no jornal "O GUARARÁ" do dia 29-08-1896. FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL.


                                                                                 

54- Hoje o que trago, anunciado no Jornal O GUARARÁ do dia 29-08-1896, uma festa de SÃO SEBASTIÃO, em BICAS. Fica-me uma curiosidade: porque em Setembro e não em Janeiro?? Alguém aí tem alguma ideia??? FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL


                                                                            


53- Nessa notinha, um comissário, que vinha a ser o intermediário entre os grandes fazendeiros e os exportadores, com suas agências localizadas geralmente no RIO DE JANEIRO, faz uma doação para a IGREJA DE BICAS. Deve ter sido de grande importância (doação e/ou comissário), pois tal fato foi anunciando no JORNAL O GUARARÁ do dia 19-07-1896.

                                                                              

TRANSCRIÇÃO: 

"Aquiescendo ao pedido do Sr. MAJOR FIRMINO TOSTES, o Sr. HENRIQUE CHAGAS, comissário no RIO DE JANEIRO, offereceu a IGREJA DE S.JOSÉ DE BICAS um lindo crucifixo e diversos paramentos, offerta esta valiosíssima". FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL.

52- Essa é uma daquelas notinhas despretensiosas que, entretanto, após bem mais de cem anos de sua publicação, constitui-se num raridade. Me surpreendo dia-a-dia ao constatar o quão ainda é pouco o que sei sobre a cidade na qual nasci. Bem como sobre aquelas que a circundam e até sobre a região na qual estão inseridas. No caso, a ZONA DA MATA MINEIRA. Constatem vocês mesmo e me digam se não parece uma "novela"! ZONA DA MATA querendo se separar do resto das MINAS GERAIS? Se alguém me perguntasse, eu teria negado de pés juntos! O nome disso: Simplesmente...pesquisa! Voilà!


                                                                                 

TRANSCRIÇÃO:                 

                                                 SEPARAÇÃO DA MATTA

                     É impatriótica a campanha que dois conceituados órgãos da imprensa mineira encetavam em favor do fracionamento do nosso território, constituindo a região da M atta um estado independente.
                     No caráter de mineiro e ainda mais como filho da Zona que desejam separar, não posso deixar de condenar essa attitude reprovável que acabam de assumir "O LEOPOLDINENSE" e o "ECO DE CATAGUASES", os quais ao invés de continuar a tratar com imparcialidade das altas questões de interesse da coletividade, atirando-se a uma propaganda condenável e até criminosa.
                    No Brasil nenhum estado mais tem prosperado sob o influxo das instituições republicanas que o de MINAS, cuja organização administrativa tem servido de modelo aos demais Estados da Federação.
                    Desde que foi proclamado no país o sistema político federativo, o Estado de MINAS entrou em uma nova fase de florescimento e de prosperidade, assumindo uma posição saliente.
                    Entraram em movimento todos os elementos de progresso e sete anos de governo "autônomo" (?) bastaram para o considerável aumento...
FONTE: JORNAL "O GUARARÁ", do dia 03-05-1896 -  BIBLIOTECA NACIONAL


               Aqui, infelizmente, termino. Não se irritem pela "falta de fim". O material está deterioradíssimo e fotografá-lo foi uma exceção aberta justamente em função disso. Isto é, precaução da bibliotecária para que dele sobre algum registro, para o caso de não conseguir ultrapassar a etapa da microfilmagem, pela qual passarão todos os documentos antigos que tiverem sido resgatados de suas "prateleiras do esquecimento", como costumo chamar. Esse volume, que continha exemplares de vários anos consecutivos do jornal "O GUARARÁ", não era aberto a décadas... se é que o foi algum dia...
              E posso garantir que poucas experiências são tão emocionantes e gratificantes quanto essa, ainda que cansativa, lenta e difícil. Garimpar "letras apagadas" até "pescar" o que pode ser de interesse ainda hoje. Captar o "espírito de um tempo" expresso em propagandas, notas sociais de nascimento e óbito, casamentos e viagens, visitas ilustres e epidemias...Enfim: a vida. Esfarelando, que seja. Mas vida. Que, ao contrário do que a grande maioria imagina, não se limita ao tempo presente...
             Vamos deixar um pouquinho para cada dia? Volto em breve.


51- Nessa notinha do Jornal "O GUARARÁ" DO DIA 08-02-1896, uma pequena referência a BICAS, no espaço dedicado aos distritos de GUARARÁ. O que era o caso de BICAS e MARIPÁ. FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL.


                                                                           
TRANSCRIÇÃO:
                                           
                                                             ILLUMINAÇÃO  PÚBLICA

                 Graças a energia e força de vontade do Conselho Districtal, que não tem sabido poupar esforços para bem corresponder à confiança pública, já está inaugurada a illuminação pública a Gaz Globo, tendo sido muitíssimo augmentado o número dos lampeões.
                 Congratulamo-nos com o povo dessa Villa e damos parabéns aos membros do Conselho Districtal.
                                                                                            


50 - Anúncios publicados no Jornal "O GUARARÁ" do dia 19-07-1896. (BIBLIOTECA NACIONAL).



49-  Mais uma sobre a controversa e efêmera ESTRADA DE FERRO GUARARENSE...FONTE: JORNAL "O GUARARÁ" de 19-07-1896. (BIBLIOTECA NACIONAL).


                                                                                 
TRANSCRIÇÃO: 
                                                                  E.F.GUARARENSE
         No dia 23 do passado foi aberto o tráfego da E. F. Guararense.
         O público tem se mostrado satisfeitíssimo com esse fato, e os trens tem feito as viagens regularmente e sempre repletos de passageiros.
         Aos domingos, encontra o povo, no passeio entre essa Vila e Bicas um passatempo agradável, o que já mostra que os carros são insignificantes para a condução de passageiros.
         Cumpre agora a Câmara completar a sua obra, dotando a estrada de alguns melhoramentos, tais como a compra de outra locomotiva e o assentamento do desvio no girador de Bicas, porque deve ter em mente que, enquanto o público usufruir os serviços da Guararense, esquece-se do seu dinheirinho que vê ali empregado.
          

48- Olha que curiosidade interessante eu trouxe hoje para vocês! Embora não tendo absolutamente nada a ver com a história de nossa família. Isso costuma acontecer quando reviramos arquivos e documentos antigos. De repente nos deparamos com vultos da nossa história dividindo com os nossos uma "cena" ou "momento" histórico. Foi o que se deu aqui. Nesse documento, o registro de óbito do MARECHAL FLORIANO PEIXOTO, no dia 29-06-1895, em BARRA DO PIRAÍ. FONTE: FAMILY SEARCH.


                                                                              
47- Registro de nascimento de ERNESTINE MALARD, no dia 23-02-1892, em BARRA MANSA. Era a quinta filha dos MALARD. Pelo menos a segunda com certeza nascida no BRASIL.  FONTE: FAMILY SEARCH.

                                                                                

46- Extraído do jornal "O Guarará" do dia 26-02-1896, esse pequeno artigo nos toca muito de perto, pois nos dá notícias das políticas vigentes quanto à imigração em nosso pequeno pedaço de Zona da Mata. 


                                                                            
Apreciem a transcrição:

                                                           AOS LAVRADORES

                O Sr. Agente Executivo Municipal, tendo recebido do Sr. Dr. "?" de Lima, fiscal do "?" Distrito de Imigração o telegrama que abaixo transcrevemos pede-nos para que chamemos a atenção dos senhores lavradores para o mesmo cientificando-lhes que aqueles que tenham que fazer seus pedidos dirijam-se à Câmara, para que ela dê as devidas providências.
                        Eis o telegrama.
              "Sr. Chefe Executivo Guarará Bicas
                Por causa interrupção estradas existe na hospedaria grande número de imigrantes. Convido-vos pois de requisitar os que forem necessários lavoura desse município como faz agora Mar de Hespanha. Estado sanitário excelente.
               Os senhores lavradores apenas tem que receber os imigrantes na estação de Bicas".

               Por acaso sou apenas eu que estou pensando em como seria maravilhoso voltar esse mais de um século no tempo e esperá-los pessoalmente? Ali, na querida estação de BICAS? 
FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL.

45-  Hoje a postagem que trago para vocês é MUITO especial. Porque? Porque, apesar de biquense, neta, filha, sobrinha, irmã e prima de ferroviários; estudiosa da história da região; amante inveterada da ferrovia, daquelas que suspiram e choram por um apito de maria-fumaça... NUNCA antes havia escutado ou lido, ainda que de longe, tal coisa: GUARARÁ TEVE UMA FERROVIA!!! Pequena, é verdade. Para ser mais precisa: até BICAS. Mas... ferrovia!!! Não bonde, como todos sabemos. Mas FERROVIA mesmo. Com locomotivas, trilhos e vagões... Transportando carga e passageiros. Estive recentemente mais uma vez em pesquisa na BIBLIOTECA NACIONAL e lá, lendo todos os exemplares do JORNAL O GUARARÁ dos anos de 1896 e 1897 ... encontrei essa novidade. E das grandes. Ao menos para mim. Inclusive, FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT, constata-se mais uma vez, estava mesmo "em todas": era acionista e vice-presidente do meteoro que foi a dita  ESTRADA DE FERRO GUARARENSE. Depois disso, trocando informações com nosso companheiro FRANCISCO, do blog "O GUARARENSE", estou aprofundando a questão que me parece tão insólita e mereceu do meu pai a observação: "Isso é mentira. Não é possível. Como é que a gente não ia saber??". Pois não é?? COMO É QUE A GENTE NÃO SABIA????? Isso só prova mais uma vez entre milhares a URGÊNCIA da recomposição histórica. Lembrando sempre que um povo sem passado é um povo morto. 

                Então, trago hoje para vocês um extenso artigo publicado em 08-02-1896. Apreciem. Com lágrimas nos olhos é permitido.




                                   PROSPECTO DAS COMPANHIA
                            E.       F.            GUARARENSE
                                  CAPITAL SOCIAL 800.000$000
            DIVIDIDO EM 8.000 AÇÕES DE 100$000 CADA UMA
 GARANTIA DE JUROS DE "?" POR CENTO SOBRE O CAPITAL SOCIAL.
                                   SEDE DA COMPANHIA
VILLA DO ESPÍRITO SANTO DE GUARARÁ
                                                  DIRETORIA
                     PRESIDENTE: BARÃO DE CATTAS ALTAS
                     VICE-PRESIDENTE: COMENDADOR FIRMINO FRANÇOIS ALIBERT
                     TESOUREIRO: CAPITÃO JOSÉ ANTÕNIO DE OLIVEIRA
                     SECRETÁRIO: MAJOR SILVESTRE HENRIQUE FURTADO
         CONSELHO FISCAL                                SUPLENTES
MAJOR FIRMINO DIAS TOSTES                           JOÃO DOS PASSOS
TENENTE JOAQUIM JOSÉ DE SOUZA                  JOSINO RIBEIRO DA SILVA
ALFERES JOSÉ A. DE OLIVEIRA JÚNIOR           FORTUNATO PACHECO DA SILVA
FRANCISCO BIANCO                                                CARLOS JOSÉ CIDADE






                    
            Esperando que vocês me perdoem a qualidade das fotos, visto que, para obtê-las, só tinha meu não tão bom celular... e também a inexperiência que ainda não me permite postar as fotos com a ordem, tamanho e posição desejada; vamos, então, à transcrição:

            "A Companhia que se pretende organizar e cuja diretoria e conselho fiscal representam a sua inteira garantia presente e futura, não deve deixar de merecer a aceitação daqueles que se interessam pela prosperidade desse Município e que desejam empregar seus capitais em empresas de incontestável vantagem como a que ora se inicia.
              O Distrito de MARIPÁ e seus tributários que terão forçosamente de se utilizar da estrada que se pretende construir é circulado de consideráveis propriedades agrícolas cafeeiras, atraindo essa estrada não só de seus como de outros pontos convergentes a ESTRADA DE FERRO CENTRAL, grande produção da zona de MONTE VERDE, RIO PARDO e AVENTUREIRO, povoações estas que distam 3 a 6 léguas da ESTRADA DE FERRO CENTRAL e que por isso serão indubitavelmente tributárias da estrada em projeto.
              Do lado oeste da linha é calculada a produção convergente à estrada em "?"4.000 arrobas de café, no mínimo, anualmente, sendo certo que do este seja duplicada a produção, o que perfaz a "?" de "?" arrobas de café que poderá produzir cerca de 50 contos o transporte somente desse gênero, não se falando em passageiros e cargas que produziriam tanto ou mais vindo portanto a estrada a ter uma renda talvez de 100 contos anuais, aumentando esse rendimento com o desenvolvimento da zona por onde a estrada atravessar.
               É pois confiados nesse resultado e com diversos favores que a lei autoriza as municipalidades, como a garantia de juros e outras, concedidas, que nos dispusemos à árdua tarefa de organizar esta empresa que, embora tenha a seu lado, constituindo a diretoria provisória e conselho fiscal, homens de inteira confiança e que se esforçam pelo bem estar do Município, contudo nos caberá grande soma de responsabilidade, trabalhos e despesas.
               Mas atendendo às facilidades de um bom traçado, da zona fertilíssima onde nos parece dever a estrada ser construída, desaparecerão todas as dificuldades que advirão em consideração ao estado atual de coisas.".

OS INCORPORADORES: Adolpho Alvares de Oliveira
                                               Francisco Busiale da Fonseca Barroso
                                               Joaquim Froes Vieira Prisco                                                            
                                                                       
FONTE: BIBLIOTECA NACIONAL - JORNAL "O GUARARÁ".
                                                                                
                                                                                 
44- Registro de casamento de PIERRE LAURIER e MARGUERITE BIRAN, no dia 07-07-1874, em TERRASSON.FONTE: PREFEITURA DE TERRASSON.

                                                                                

43- Registro de nascimento de CORINE MALARD, no dia 18-08-1890, em BARRA MANSA. Uma curiosidade sobre CORINE é que ela (ou uma outra provável irmã, de nome RITA) veio a ser afilhada de RITA DE MORAES, uma das filhas de JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES, que veio a ser esposa do CORONEL ARRUDA CÂMARA, proprietário na época da FAZENDA SANTANA FONTE: FAMILY SEARCH.


                                                                                 

42- Registro de nascimento de BERTHO GASPARD, no dia 06-11-1890, em BARRA MANSA. FONTE: FAMILY SEARCH.

                                                                                  

41- Registro de nascimento de BERNARD DELPÉRIER, irmão de MARIE DELPÉRIER MANDRAL, no dia 25-09-1854, em PEYRIGNAC. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.


                                                                                  

40- Registro de nascimento de FRANÇOIS DELORD, no dia 09-12-1888, em PEYRIGNAC. Outro dos filhos de FRANÇOISE DOUSSEAU, como podemos ver abaixo. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.


                                                                                   

39- Registro de nascimento de ANNE MARIE DELORD, no dia 06-12-1886, em PEYRIGNAC. ANNE MARIE vem a ser filha de FRANÇOISE DOUSSEAU. Sendo esta tia de ANNET, ANNE MARIE é sua prima. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.


                                                                              

38- Registro de óbito de MARIE COURTINES, no dia 03-10-1890, em BARRA MANSA. FONTE: FAMILY SEARCH


                                                            

37- Esse documento, que me chegou recentemente às mãos, anexado a um e-mail de nossa prima NICOLE, diretamente do PÉRIGORD, tem "somente" 151 anos. Ela também não o conhecia, tendo-lhe sido entregue a poucos dias por um homem que encontramos quando pesquisávamos juntas pelos lugares onde eles, nossos tataravós, teriam vivido, a fim de fazer alguns registros fotográficos. Refere-se ao recenseamento de 1861 de "LA FOURNERIE", comuna de VILLAC. Os últimos 6 nomes listados referem-se a família de nosso tataravô PIERRE DOUSSEAU, avô de ANNET DOUSSEAU. Vejamos:                                                                                                                                                    

Nº 24 - PIERRE DOUSSEAU       -  MEEIRO E CHEFE DE FAMÍLIA         - 49 ANOS
Nº 25 - JEANNE ROUVERON    -  SUA ESPOSA                                            -  38 ANOS
Nº 26-  JEAN DOUSSEAU           -  PRIMEIRO FILHO                                  -  17 ANOS
Nº 27-  FRANÇOIS DOUSSEAU -  SEGUNDO FILHO                                   -  16 ANOS
Nº 28-  PIERRE DOUSSEAU       -  TERCEIRO FILHO                                  -  12 ANOS
Nº 29-  FRANÇOIS DOUSSEAU -  QUARTO FILHO                                      -  10 ANOS
Nº 30-  JEANNE DOUSSEAU      -  QUINTA E ÚNICA FILHA                      -    2 ANOS

Em nosso livro, você encontra mais detalhes sobre cada um deles, e poderá também entender bem a disparidade na questão dos nomes. E por esse documento podemos enfim confirmar que, pelo menos até 1861 (FRANÇOIS GUILLAUME emigrou em 1885), a família DOUSSEAU NÃO era proprietária, mas sim simples paisanos. O que não é pouco quando se conhece a fundo a dureza daqueles tempos. Gosto de ouvir o termo que se usava então, e que ouvi pela primeira vez através de PASCALE LAGAUTERIE: eles eram " des braves gens". Ou qualquer coisa assim, que me remete ao meu "ídolo francês" JACQUOU LE CROQUANT. Ê orgulho!!!!!!!!!!!!



                                                        

36- Registro de óbito de JEAN CHAPELLE, no dia 29-04-1890, em BARRA MANSA. Note-se que o óbito foi declarado por "JOÃO TINHAQUE", na verdade, JEAN TIGNAC. FONTE: FAMILY SEARCH.



                                                                                                         

35 -  Carta do imigrante PETRUS GUSTAFSON ao cônsul da NORUEGA, tratando das reais condições de vida nas colônias, o que resulta em um pedido urgente de ajuda. Fico devendo a fonte. Realmente não me lembro. Está a "séculos" em meus arquivos, mas sem detalhamento quanto a origem. Perdão. E se alguém souber, poste, por favor! Obrigada.


                                                                    

34- Apesar de, tecnicamente, esse post estar deslocado nesse contexto, acredito que, em função do interesse que esse blog tem despertado em genealogistas em geral, possa ser interessante de ler. Nessa pequena nota de jornal, ANTÕNIO CALZAVARA nos é apresentado como herói italiano que lutou no exército garibaldino nos anos 70 do século XIX, em ROMA. Hoje, somos todos biquenses... mas em quantas histórias afundam-se nossas raízes! De quantas nações somos formados! Em um antigo mundo em ebulição por fomes e guerras seculares, moldou-se o futuro de recantos então obscuros quanto nossa ZONA DA MATA MINEIRA. No fundo... é tudo BICAS, UAI... FONTE: JORNAL O MUNICÍPIO.


                                                                                    


33- Anúncio de inauguração de um segundo hotel em BICAS (o primeiro parece ter sido o de FRANCISCO GAZINEU). Tenho em meus arquivos a data dessa publicação, mas está inacessível no momento. Prometo publicá-la assim que encontrar em minhas caixas ainda não desfeitas, heranças de uma recente mudança de endereço. A questão dos hotéis biquenses ainda está bem confusa para mim, na verdade. Em meu livro há referências a um hotel já existente na década de 80 do século XIX, coisa que ninguém ainda conseguiu me confirmar. A própria localização do HOTEL MOREIRA, de FRANCISCO GAZINEU, é controvertida nas indicações que recebo. Imagine então saber ao certo sua idade... Ah! Descaso com as memórias! Perdão, Sra. História, pela indiferença de seus cidadãos. FONTE: JORNAL O MUNICÍPIO.


                                                                                         

32- Artigo no JORNAL O MUNICÍPIO, de BICAS, que faz referência a PIERRE FRANÇOIS ALIBERT. 

                                                                            


31- Registro de casamento de MARIE ALIBERT e JEAN DEZON, no dia 21-04-1868, em TERRASSON. FONTE: CARTÓRIO DE TERRASSON.


                                                                                   

30- Registro de casamento de LUIZA FRANÇOISE ALIBERT e LUCIANO LUIZ GREGÓRIO  HANRIOT, em 22-11-1890, em BARRA DO PIRAÍ.  FONTE: FAMILY SEARCH.


                                                                            

29- Registro de óbito de SUZANNE DAMBOYRAS, em 22-09-1900, em PEYRIGNAC. SUZANNE era a avó materna de nossa bisavó SUZANNA, mãe de MARIE DELPÉRIER MANDRAL.


                                                                           
                                                                       


28- Registro de nascimento de MARIE DELPÉRIER MANDRAL, em 04-11-1837, em PEYRIGNAC. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC

                                                                              
                                                                             

27- Esse documento é uma preciosidade para mim. Entre esses selos antigos, o de SANTA BÁRBARA DO RIO NOVO, antigo nome do distrito de CARLOS ALVES. Datado de 17-07-1889, é justamente da época onde muitos dos imigrantes franceses andaram por aí. Entre eles, comprovadamente, a família DOUSSEAU, JULES MOUTY  e HENRI AUDEERT. FONTE: WEB





26- Registro de óbito de MAGDELEINE ROUVERON, no dia 07-02-1872, em PEYRIGNAC.


                                                                           

25- Registro de nascimento de MAGDELEINE ROUVERON, mãe de FRANÇOIS GUILLAUME DOUSSEAU e avó de ANNET DOUSSEAU, no dia 28-03-1820, em LOUIGNAC.





24- Propaganda do VAPOR ORENOQUE, no qual viajaram ANNET e sua família, junto com tantas outras vindas do PÉRIGORD.

                                                                             

23- Primeira folha do registro de casamento de FRANÇOIS GUILLAUME DOUSSEAU e MARIE MANDRAL,  no dia 06-02-1875, em BEAUREGARD DE TERRASSON. FONTE: CARTÓRIO DE BEAUREGARD.

                                                                        

22- Registro de nascimento de SUZANNA MANDRAL DOUSSEAU, no dia 27-04-1883, em PEYRIGNAC. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.


                                                                          


21-  Registro de casamento de JEAN MANDRAL e MARIE DELPÉRIER (os pais de SUZANNA MANDRAL DOUSSEAU), no dia 12-04-1880, em PEYRIGNAC. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.

                                                                         

20-  Primeira folha da lista de passageiros do Vapor VILLE DE BUENOS AYRES, na qual constam os nomes de nossa bisavó SUZANNA e seus pais JEAN e MARIE. FONTE: ISABEL PINTO (AUDEBERT).

                                                                           

19- Registro de casamento de PAUL LAURIER e MARGUERITTE BIRAN, no dia 07-07-1874, em TERRASSON. OBS: O noivo foi um dos passageiros do ORENOQUE e era sobrinho de ALIBERT. Mas não consta o nome da noiva dessa mesma lista. O que me faz supor que a estadia dele por aqui tenha sido temporária. Certamente não veio como lavrador. FONTE: CARTÓRIO DE TERRASSON.

                                                                             
18- Segunda folha do registro de casamento de MARIA GINDRE e VICTORIO DELAVALLE, no dia 04-06-1904, em ROCHEDO DE MINAS. MARIA (ou MARIE) também era filha de LÉON     e MARIE GINDRE. Ao contrário da irmã ANNA, declara nacionalidade francesa, tendo nascido em 1877. Esse casamento IE GINDRE mãe, esposa de LÉON GINDRE, já era falecida. foi realizado na casa de LEON GINDRE. Como testemunha, mais uma vez, HENRI AUDEBERT, dessa vez assinando HENRIQUE AUDEBERT. Outro detalhe importante é que, nessa data, a MAR


                                                                               

17- Segunda folha do registro de casamento de ANNA MATHILDE GINDRE e BARTOLO BERTELLI, no dia 26-11-1903, em ROCHEDO DE MINAS. ANNA era filha de LÉON e MARIE GINDRE (franceses) e nasceu em MINAS GERAIS no ano de 1886.

                                                                      
16- Registro de óbito de JEANNE DOUSSEAU (CHABANE - sobrenome do esposo / conhecida como PHILIPPINE), tia de ANNET DOUSSEAU (irmã de seu pai FRANÇOIS GUILLAUME), no dia 10-06-1888, em PEYRIGNAC. FONTE: NICOLE DOUSSEAU LeCANNE.

                                                                                 

15- Registro de óbito de JEAN DOUSSEAU, tio de ANNET (irmão de seu pai FRANÇOIS GUILLAUME), no dia 10-03-1894, em PEYRIGNAC. FONTE: NICOLE DOUSSEAU Le CANNE.


                                                                           
                                                                           


14- Registro de óbito de FRANÇOISE DOUSSEAU, tia de ANNET (irmã de seu pai FRANÇOIS GUILLAUME), no dia 17-12-1895, em PEYRIGNAC. FONTE: CARTÓRIO DE PEYRIGNAC.



                                                   

13- Registro de óbito de CÉLESTIN  DOUSSEAU, irmão de MARIÁ e ANNET , em BEAUREGARD, em 14-02-1878, com apenas 25 dias de nascido. FONTE: CARTÓRIO DE BEAUREGARD DE TERRASSON.



                                                                                                               

12- Primeiras linhas do registro de casamento de GUILLAUME (FRANÇOIS) DOUSSEAU e MARIE MANDRAL, em 06-02-1875, em BEAUREGARD. FONTE: CARTÓRIO DE BEAUREGARD DE TERRASSON.



                                                    

11- Certidão de nascimento de ANNET DOUSSEAU. FONTE: CARTÓRIO DE BEAUREGARD DE TERRASSON.

                                                    
                                                       

10-  Certidão de casamento de RENET DOUSSEAU GUILHERMINO (um dos filhos de MARIÁ DOUSSEAU) com ORLANDINA ROELAS ("Ruellas"). FONTE: LEILA GUILHERMINO. 



                                                                                                             

9- Eis aí a publicação do decreto de criação do município de BICAS. FONTE: JORNAL O MUNICÍPIO


                                                      

8- Aqui temos um documento muito curioso, a meu ver. É a certidão de nascimento de PEDRO AUDIBERT, em SÃO VENDELINO, RIO GRANDE DO SUL. Que é filho de JOSÉ AUDIBERT, natural da França. Obviamente José não é o nome verdadeiro. Encontrei muitas coisas como essas nos documentos inclusive de minha família e nunca iremos saber onde foi erro de cartório, onde foi "aportuguesamento" e onde foi mesmo simplesmente falsidade ideológica. Porque é lógico que o passado das famílias não é sempre nem todo tempo uma saga de heróis... Nem dos meus. Nem dos seus. Nem dos vossos. Outra curiosidade é que os avós paternos são ditos: JÚLIO AUDIBERT e MARIA MOUTY (ou seria MONTY??). Teriam esses imigrantes alguma coisa a ver com os nossos perigordinos? FONTE: ORKUT - audibert - A U D I


 
                                                                           

                                                                                                   

7- Esse é o contrato de trabalho assinado na França entre FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT e HENRI AUDEBERT. Segundo informações, esse deve ter sido o mesmo para todo o grupo de imigrantes do Vapor Orenoque, entre eles os pais de nosso bisavô ANNET DOUSSEAU. FONTE: PASCALE LAGAUTERIE.





                                                       
                                             
6- O documento abaixo (encontrado através do Family Search), é a primeira referência concreta que encontrei de que, realmente, a quantidade de franceses na Bela Aliança justificava o nome de "Colônia Francesa da Bella Aliança". Não apenas Suzanna Mandral e seus pais, nem apenas a família de Pierre Mouty. Mas muitos outros, dos quais venho encontrando registros nos arredores da dita fazenda (Piraí, Barra do Piraí, Rezende etc...etc...etc...). FONTE: FAMILY SEARCH



                                                   


5 - Registro de nascimento de Gabrielle Chaminant, aos 26/04/1882, em Terrasson. FONTE: PREFEITURA DE TERRASSON.


                                                   

4 - Referências encontradas na WEB sobre os processos relativos a posse de terras entre Joaquim José Gonçalves de Moraes e Joaquim José de Souza Breves. Todos sob a guarda do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. FONTE: www.koinonia.org


                                                     



3 - Citação no Jornal "O Município" referente a Pierre François Alibert. FONTE: JORNAL O MUNICÍPIO





2 - As tres fotos a seguir referem-se ao atestado de óbito de Firmin François Alibert, ocorrido em Bicas, no dia 20 de Outubro de 1915. FONTE: CARTÓRIO DE BICAS


 1- Registro de  casamento de Luiza Françoise Alibert (irmã de Firmin François) e Luciano Luiz Gregório Hanriot, em Barra do Piraí, em 22 de Novembro de 1890. FONTE: FAMILY SEARCH


19 comentários:

  1. Estou aguardando ansiosa. Bjs Fafau

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  2. Só um tiquitinho de paciência,tá?

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  3. Relativo à nota 47
    Francisco Busiale da Fonseca Barroso
    Joaquim Froes Vieira Pisco.

    Busaiale é nomeado nos autos da Câmara, juntamente com o comendador Firmin Alibert, para a sessão de 04 de fevereiro de 1895:

    "Nº B.26 Idem da mesma data, do mesmo, aos Vereadores Rabello Teixeira, Cap.m. Alberto G. Baião, Comendador Firmino François Alibert, convocando-os para sessão amanhã bem como ao Francisco Busiale da Fonseca Barrozo.

    Vieira Pisco. "

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  4. Olá Marly, ficou muito boa a matéria... parabéns...
    Tenho acompanhando os posts de seu blog...
    Sobre a Estrada de Ferro Guararense se me permite, posso emendar que, pela RESOLUÇÃO 2 de 18 de maio de 1897, o executivo municipal fixou data, após o curto período de funcionamento de 10 meses, fixou prazo para a venda da referida estrada e, depois de muitas delongas, a Ferro Carril acabaria por ajustar-e aos trilhos e os "wagons" adquiridos inadequadamente acabaram sucateando-se no galpão da CIA.

    - O Correio de Minas ANNO IV, 01 de 06 de 1897.
    - Alamanach do Município de Guarará, F.S. Teixeira.

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  5. Obrigada, Francisco! Seu conhecimento sobre GUARARÁ só tem a acrescentar a este blog e sua presença aqui, com seus comentários enriquecedores e pertinentes será sempre bem vinda. Abraços!

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  6. Francisco... Completei a nota 47 com suas informações. Sobre a ESTRADA DE FERRO GUARARENSE, tenho uma curiosidade (entre tantas!): onde teria sido a estação da mesma em GUARARÁ? Não me lembro de ter visto nada sequer semelhante por aí... Obrigada!

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  7. Pelo que uma foto antiga (que não possuo) dá a entender que era na praça do Divino (lado oposto à Igreja Matriz. Note-se que ali a praça tem um piso consideravelmente mais elevado e a rua é demasiado larga, sem motivo justificado. A foto existe. Ainda terei uma cópia da tal e vou postá-la...

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  8. Sobre a NOTA 33 - Estou enviando alguns arquivos por email vê se ajuda. Tenho mais coisas, é só fuçar que acho... Depois mando.

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  9. Boa tarde. Ao "passear" hoje pela internet deparei-me com referencias sobre meu avô Francisco Gazineu.
    Muitas lembranças de uma familia maravilhosa!
    Meus pais, Francisco Gazineu Filho e Antonia Therezinha Pontes Gazineu mas, temos algumas referencias gravadas por meu avô.
    Dos filhos por parte do meu pai ainda estão entre nós três deles. Pedro Gazineu, Maria Aparecida Gazineu Salomão e Iolanda Gazineu David, já com idade avançada...
    Deixo aqui meu contato luabdenur@gmail.com e espero porder conhece-la e poder colaborar.
    Atenciosamente.
    Lucia Regina Gazineu Abdenur

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  10. Boa tarde, Lucia. Entrarei em contacto com você em breve. Obrigada pela visita e pela disponibilidade.

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  11. Querida Marly, peço permissão, mas já me permitindo informar sobre a propaganda dos alemães contra a emigração para o Brasil, publicação nº 95, que devo acrescentar que foi extraída da WEB, tal como está, no trabalho de mestrado de Gerson Roberto Neumann, professor do Curso de Letras da Pontifícia Universidade Católica-RS, aliás muito interessante, que relata escritores e poetas do tempo das emigrações alemãs para o Brasil, e tem o título de “O Brasil na literatura alemã do século XIX e a temática da emigração: as obras em prosa”. Acrescento que também extrai de tal documento que, já a partir de 1828, havia relatos de que muitos emigrantes alemães pagavam suas passagens se oferecendo aos comandantes dos navios para serem vendidos como escravos brancos quando chegassem aos seus destinos, como no conto de Amalia Schoppe, reeditados em diversos idiomas até o inicio do século XX. Esses relatos mostram, ainda, que as autoridades, principalmente as brasileiras, ignoravam esses acordos entre os passageiros e capitães de navios, permitindo à existência do tráfico de escravos brancos, indo de encontra as leis brasileiras que permitia a prática horrível de sequestrar africanos negros de suas terras e força-los a trabalhar como escravos. Sobre o mesmo assunto também declarou o historiador Wilhelm Mönckmeier confirmando em seu livro “Die Deutsche überseeische Auswanderung. Ein Beitrag zur deutschen Wanderungsgeschichte”, que o compromisso com os capitães de navios era prática comum no período da emigração alemã, devido a pobreza dos emigrantes que não possuíam outra forma de comprar a passagem se não se vendendo. Assim está no livro: “Como os emigrantes geralmente eram pessoas pobres ou expulsas de suas propriedades e dificilmente teriam as condições de pagar com recursos próprios os altos custos da viagem, eles eram perfeitos objetos de especulação para companhias de navegação e especuladores, tendo sido praticado um verdadeiro comércio por longo tempo.” Um forte abraço! Lalá.

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  12. Obrigada por sua visita aqui, Lalá. Sua presença é sempre muito enriquecedora nesse blog que é nosso! Abraço!
    NOTA: Os comentários de Lalá referem-se a postagem de número 95.

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  13. Marly, tinha muita curiosidade sobre que rumo teria tomado a vida da Professorinha Marinette Alibert. Para minha surpresa, vi pela sua postagem 132, que ela tinha se casado (Sr. José Meirelles), mudado para Belo Horizonte e que com certeza, constituído sua família ali. Estranhei muito quando postamos fotos dela, acho que por duas vezes, com a tia Lydia Bonimond Mouty Rangel, no face, Grupo MINEIROS DE BICAS e não aparecia nenhum comentário sobre ela... nenhum parente... sobrinho... neto, etc. e que com isso achei que tinha ficado solteira, sem descendentes. Mas fiquei feliz, desvendei um mistério, proporcionado por você. Obrigada amiga. Beijos. Fafau

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  14. Acredito, Fafau, porque tudo isso se deu a muitos e muitos anos. Apesar de toda importância que o pai dela, ela própria e seus irmãos tiveram na vida biquense (basta ver o tanto de notinhas no Jornal O Município...), eles sairam de Bicas também a muito tempo, e foi fora de lá que nasceram seus descendentes. Segundo Pascale, os bisnetos e trinetos de Alibert tem hoje mais contacto com Terrasson que com Bicas... Digamos que, o que eles viveram em Bicas foi... uma loooonga passagem. Marcaram seus nomes na história do lugar... e passaram. Para sempre. Beijo!

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  15. Marly a postagem 147, casamento de nossos bisavós foi um grande achado, pois confirmaram seus nomes de batismo. Nosso bisavô Jules Mouty foi registrado como Jacques e nossa bisavó Germaine Bonimond foi registrada como Guillaumette. Obrigado! bjs.... Lalá.

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    1. Acho que minha bisavó deve ser dos poucos imigrantes que não tinham um nome diferente de batismo. Nunca ouvi outro nome que não fosse Suzanna. Quanto a todos os outros... a mesma confusão. Troço mais esquisito. A gente conhece a explicação, eu sei. Mas continua sendo esqusiito... :D Abração, Lalá!

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  16. Parabéns pela detalhada matéria sobre sua família. Acompanhei os relatos e notei que a senhora mencionou o nome Hanriot. Eu pertenço a esta família e gostaria de ter mais informações. Sei que os irmãos Hanriot escolheram destinos diferentes. Um ficou em Minas, mas o irmão da minha parte escolheu o Rio. Senhora, caso tenha mais informações, gostaria de conhecer detalhes. Obrigada, Maria Lucia (marialuciah@gmail.com)

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    1. Prezada Maria Lucia,
      Quero supor que você já tenha encontrado o documento de número 30, nesta página. É o único material que eu tenho no qual esse nome aparece. Na verdade, o sobrenome da noiva, Alibert, é que é, de fato, importante em minhas pesquisas, foi não só vieram junto com meus bisavós como também foi o responsável pela imigração de grande número de famílias. Pelo documento citado, não só é possível conhecer a origem do noivo Hanriot, como também o nome de todos os seus muitos filhos do primeiro matrimônio. Creio que você não terá problemas em lê-lo. Caso contrário, estarei pronta a te ajudar. Fico com uma curiosidade: de qual filho Hanriot você descende?Atenciosamente, abraços.

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