Sejam todos muito bem vindos! Pretendo que seja aqui o nosso novo espaço de pesquisa, troca de idéias e informações.E não deixe de ler meu livro "DOUSSEAU: ENTER - FRANCESES NO IMPÉRIO DO CAFÉ".Você vai gostar! Abraços!
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terça-feira, 2 de dezembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
FERROVIA GUARARÁ-BICAS
Bom dia! Trazendo hoje para vocês uma pérola de documento raro, que merecia esse destaque. Por isso achei por bem não publicá-lo na página de "Documentos Antigos". Ele traz mais luz sobre a ferrovia de meteórica existência que ligava BICAS a GUARARÁ. Tão meteórica que a grande maioria dos biquenses, mesmo os mais idosos, jura de pés juntos ser mentira... Mas do bonde... ah! do bonde todos se lembram, mesmo que só de ouvir falar! Correndo puxado por tração animal durante muito mais tempo do que pela pequena locomotiva de tão curta existência. Quando a Companhia de Bonds ainda se chamada Estrada de Ferro.
Em conversa recente com o incansável pesquisador FRANCISCO OLIVEIRA, ouvi a formulação de um raciocínio que calou profundamente em mim, pelo tanto de verdade que ela comporta. Expondo com minhas próprias palavras, visto que compartilho veementemente desse ponto de vista, concluimos que a história de BICAS ( e de todas as pequenas cidades, ao meu ver...) precisa ser recontada com documentos. A história que conhecemos é uma repetição infinita de "causos", fotos e pessoas proeminentes sempre as mesmas. Isso acaba por deixar no total esquecimento tantos outros "causos", pessoas, fotos, etc... que são de fundamental importância para a verdadeira compreensão do que fomos de fato. E que por algum motivo foram ignorados pelo história "oficial".
É então que entramos em cena pessoas um tanto aficionadas por arquivos de todo gênero, do qual eu sou apenas uma entre algumas outras. Felizmente não estou sózinha. Há muita lebre escondida, muita poeira (e coisas maiores...) empurrada para debaixo de seculares tapetes... Vamos levantá-los juntos? É uma aventura bastante agradável, para os amantes da VERDADEIRA história.
Vamos lá, então, à nossa "ferrovia fantasma"... Ops: nossa "Companhia de Bonds". Boa viagem!
Escriptura de contracto que fazem Companhia de Bonds Ferro Carril Espírito Santense, por seus Directores, com João Leite Guimarães - pela forma abaixo - Saibão quantos o presente instrumento virem, que no anno de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e nove - aos quatro dias do mez de Maio, neste Arraial do Espírito Santo, Termo e Comarca do Mar de Hespanha, em à casa de residência do Presidente da Companhia Francisco Joaquim de Noronha e Silva, onde eu escrivão à chamado fui vindo, e ahi perante mim compareceram partes justas e contractadas à saber: de uma como outorgantes Directores da Companhia de Bonds Ferro Carril Espírito Santense, Comendador Francisco Joaquim de Noronha e
Em conversa recente com o incansável pesquisador FRANCISCO OLIVEIRA, ouvi a formulação de um raciocínio que calou profundamente em mim, pelo tanto de verdade que ela comporta. Expondo com minhas próprias palavras, visto que compartilho veementemente desse ponto de vista, concluimos que a história de BICAS ( e de todas as pequenas cidades, ao meu ver...) precisa ser recontada com documentos. A história que conhecemos é uma repetição infinita de "causos", fotos e pessoas proeminentes sempre as mesmas. Isso acaba por deixar no total esquecimento tantos outros "causos", pessoas, fotos, etc... que são de fundamental importância para a verdadeira compreensão do que fomos de fato. E que por algum motivo foram ignorados pelo história "oficial".
É então que entramos em cena pessoas um tanto aficionadas por arquivos de todo gênero, do qual eu sou apenas uma entre algumas outras. Felizmente não estou sózinha. Há muita lebre escondida, muita poeira (e coisas maiores...) empurrada para debaixo de seculares tapetes... Vamos levantá-los juntos? É uma aventura bastante agradável, para os amantes da VERDADEIRA história.
Vamos lá, então, à nossa "ferrovia fantasma"... Ops: nossa "Companhia de Bonds". Boa viagem!
Escriptura de contracto que fazem Companhia de Bonds Ferro Carril Espírito Santense, por seus Directores, com João Leite Guimarães - pela forma abaixo - Saibão quantos o presente instrumento virem, que no anno de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil oitocentos e oitenta e nove - aos quatro dias do mez de Maio, neste Arraial do Espírito Santo, Termo e Comarca do Mar de Hespanha, em à casa de residência do Presidente da Companhia Francisco Joaquim de Noronha e Silva, onde eu escrivão à chamado fui vindo, e ahi perante mim compareceram partes justas e contractadas à saber: de uma como outorgantes Directores da Companhia de Bonds Ferro Carril Espírito Santense, Comendador Francisco Joaquim de Noronha e
Silva, José Pinto Soares e Adolpho Álvares de Oliveira, residentes neste Arraial e de outra parte como outorgado João Leite Guimarães, também residente neste Arraial, todos reconhecidos pelos próprios de que tracto de mim e dos testemunhos abaixo nomeados e assignados do que dou fé, em presença dos quais, pelos outorgantes Directores foi dito que achão-se contractados com o outorgado João Leite Guimarães para dar-lhe de empreitada como effectivamente dá a construção do leito da estrada de bonds que a mesma Companhia pretende construir de Bicas a este Arraial, pelo preço de quatro contos trezentos e oitenta mil réis, pagos sempre pela metade do serviço feito, sendo o último pagamento feito depois de concluído todos os trabalhos a que este contracto se refere e acceitos os mesmos pela Administração da Companhia. As obras constão de todo o leito da estrada em movimento de terra e obra de arte necessária a construção e solidez da referida estrada, sendo o outortgado obrigado a entregar a estrada em condições precisas para o assentamento de trilhos. Os trabalhos deverão começar no dia seis de Maio do corrente ano e concluir-se no dia seis de Agosto do mesmo anno. A construção será da plataforma da Estação de Bicas ao Rancho denominado José Gomes, na Praça do Divino. A diminuição de qualquer serviço na referida estrada como por exemplo se for o ponto terminal antes do referido Rancho ou outra qualquer diminuição será descontada a sua importância pela avaliação de dois árbitros com a aprovação do Engenheiro encarregado dos trabalhos, sendo um destes louvado da parte do outorgado e por sua escolha. Pela mesma cláusula será pago em separado ao outorgado qualquer augmento de obra que se rezolva
fora dos limites designados.O outorgado será obrigado a fazer todo o serviço de accôrdo com o Engenheiro encarregado e a executar suas ordens. Pela falta do cumprimento das dispozições deste contracto será o outorgado obrigado a pagar a outorgante Companhia a quantia de quinhentos mil réis por cada quinze dias ou "facção" dos mesmos que exceder do praso estipulado salvando força maior que sendo provado a Directoria relevará a multa. Os pagamentos serão feitos de trinta em trinta dias a contar da data do começo do serviço. Pelo outorgado foi dito que acceita o presente contracto como nelle se consta e me apresentou os talões do theor seguinte : nº 81. Renda Provincial Minas Geraes exercício de 1889 - A folhas do caderno de receitas fica debitado ao Collector Dr.Carlos Thomaz de Magalhães Gomes a importância de vinte e dous mil réis 22.000 recebido a João Leite Guimarães pelo imposto de (...) Direitos para acceitar escriptura de contracto com a Companhia Ferro Carril Espírito Santense para construir o leito da Estrada e obras de arte da Estação de Bicas ao Arraial do Espírito Santo no valor de 4380:000 a Collectoria Municipal de Mar de Hespanha 4 de Maio de 1889. O Collector Carlos Thomaz de Magalhães Gomes. O Escrivão C.Benício de Mattos. Assino, disse e dou fé, e me pedirão este instrumento que lhes li, acharão conforme, acceitarão e assignarão em presença dos testemunhos José Vieira (...) e João Augusto de Moraes perante mim José Alvares de Oliveira Júnior. escrivão que escrevi e assigno em público e raso.
Em testemunho da verdade.
(seguem assinaturas)
E então? Ficou confuso? Trem ou bonde? Aprofunde-se visitando a página "Documentos Antigos", nos números: 47 - 51 - 52 - 60 e 61.
Minha conclusão provisória é que houve o forte desejo da população guararense, aliado à necessidade real de ligação mais rápida e fácil com Bicas e sua Estação dos sonhos. O custo altíssimo e os conhecimentos de ordem técnica exigidos para levar a cabo a empreitada com êxito eram sérios entraves. Some-se a isso o clima político sempre tenso, envolvendo coronéis, comendadores e seus afins (ou não)... e temos esse "caldo" confuso para digerir. Mas nem por isso deve ser ignorado e jogado na gaveta do esquecimento, não é?
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
OS "MERCADOS" FRANCESES
LES HALLES... Que charme! Que profusão de odores, de cores, de sons! Que delícia de ver, seja para fazer compras, seja para passear e mergulhar nessa experiência que faz parte do cotidiano dos franceses desde tempos imemoriais...
A tradução seria "os mercados cobertos". Mas hoje, o "espírito" desses antigos mercados sobrevive quase que apenas no formato das feiras que também podemos encontrar em cada cantão perigordino desde séculos. Elas acontecem em intervalos de tempo que podem variar de uma pequena vila a outra, mas sempre ocorrerão num local e dia da semana constantes.
Séculos de existência carregam o ar de lembranças ancestrais, quando percorremos cada uma delas. Em Agosto de 2013, visitei a de TERRASSON, cantão de nossos bisavós. As cestas de lavanda, temperos surpreendentes, enormes morangos e frutas de todo gênero, sempre diferentes dos nossos, é claro... Nozes e avelãs são presença universal (e baratas!!!). Embutidos dos mais diferentes tipos, pequenos artesanatos em madeira, em bordados, em renda... etc... etc... A particularidade dessas feiras, que muito me encantou, é que não se nota a presença dessa cadeia infinita que, em nosso cotidiano das grandes cidades faz o alimento atravessar infinitas mãos entre o produtor e o consumidor. Nos "halles" perigordinos, o "artista" apresenta sua obra (bordada, talhada, cultivada, colhida, etc... etc...) diretamente de suas mãos às nossas. Cheio de orgulho e respeito por cada grão, cada ponto, cada semente, cada fruto.
Como os franceses cultivam o hábito de respeitar o "antigo" e o "usado", muitas barracas oferecem objetos, roupas, etc... com "história", digamos assim. E não é demérito nenhum (muito pelo contrário!) tanto vendê-los quanto comprá-los.
Recentemente visitei em BICAS a "feira de produtores" que acontece todos os sábados pela manhã. Guardadas as devidas proporções, senti no ar um que de "reminiscência". De um tempo em que só se negociava assim. O orgulho de quem produziu em contacto com o respeito de quem compra ou troca.
E foi nessa visita que decidi fazer esse post. Tenho comigo duas fotos, que seguem abaixo, tomadas em 2013 em VILLAC. Villac é a vila onde PIERRE, o avô de ANNET, se instalou quando voltou ao PÉRIGORD depois de alguns anos em CORRÈZE, terra de sua esposa MADELEINE. Por essa "halle" esse casal andou puxando seus pequenos filhos pelas mãos, entre os quais FRANÇOIS GUILLAUME, o pai de ANNET. Quem sabe tinham também algum produto para ali vender ou trocar? Aliás, quantos "quem sabe" poderíamos exercitar aqui e agora?
Essa visita, fiz em companhia de nossa prima FATINHA e de nossa prima NICOLE, com a qual estávamos hospedadas em PEYRIGNAC. Trago para vocês esse pedacinho de lembrança, carregada de muita emoção. Sintam-se em casa!
A tradução seria "os mercados cobertos". Mas hoje, o "espírito" desses antigos mercados sobrevive quase que apenas no formato das feiras que também podemos encontrar em cada cantão perigordino desde séculos. Elas acontecem em intervalos de tempo que podem variar de uma pequena vila a outra, mas sempre ocorrerão num local e dia da semana constantes.
Séculos de existência carregam o ar de lembranças ancestrais, quando percorremos cada uma delas. Em Agosto de 2013, visitei a de TERRASSON, cantão de nossos bisavós. As cestas de lavanda, temperos surpreendentes, enormes morangos e frutas de todo gênero, sempre diferentes dos nossos, é claro... Nozes e avelãs são presença universal (e baratas!!!). Embutidos dos mais diferentes tipos, pequenos artesanatos em madeira, em bordados, em renda... etc... etc... A particularidade dessas feiras, que muito me encantou, é que não se nota a presença dessa cadeia infinita que, em nosso cotidiano das grandes cidades faz o alimento atravessar infinitas mãos entre o produtor e o consumidor. Nos "halles" perigordinos, o "artista" apresenta sua obra (bordada, talhada, cultivada, colhida, etc... etc...) diretamente de suas mãos às nossas. Cheio de orgulho e respeito por cada grão, cada ponto, cada semente, cada fruto.
Como os franceses cultivam o hábito de respeitar o "antigo" e o "usado", muitas barracas oferecem objetos, roupas, etc... com "história", digamos assim. E não é demérito nenhum (muito pelo contrário!) tanto vendê-los quanto comprá-los.
Recentemente visitei em BICAS a "feira de produtores" que acontece todos os sábados pela manhã. Guardadas as devidas proporções, senti no ar um que de "reminiscência". De um tempo em que só se negociava assim. O orgulho de quem produziu em contacto com o respeito de quem compra ou troca.
E foi nessa visita que decidi fazer esse post. Tenho comigo duas fotos, que seguem abaixo, tomadas em 2013 em VILLAC. Villac é a vila onde PIERRE, o avô de ANNET, se instalou quando voltou ao PÉRIGORD depois de alguns anos em CORRÈZE, terra de sua esposa MADELEINE. Por essa "halle" esse casal andou puxando seus pequenos filhos pelas mãos, entre os quais FRANÇOIS GUILLAUME, o pai de ANNET. Quem sabe tinham também algum produto para ali vender ou trocar? Aliás, quantos "quem sabe" poderíamos exercitar aqui e agora?
Essa visita, fiz em companhia de nossa prima FATINHA e de nossa prima NICOLE, com a qual estávamos hospedadas em PEYRIGNAC. Trago para vocês esse pedacinho de lembrança, carregada de muita emoção. Sintam-se em casa!
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Esse mercado coberto (halle) em Villac permanece de pé e bem conservado. Cada uma das outras vilas que visitamos um dia teve o seu. Mas a maior parte deles desapareceu ao longo dos séculos. |
terça-feira, 28 de outubro de 2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
TARUAÇU
Bom dia. Recentemente, depois de um comentário deixado nesse blog, mantive um rápido contato com o leitor DANIEL VALENTIM NERY (a quem devemos nossos agradecimentos), que, na ocasião, nos brindou com algumas fotos antigas da pequena TARUAÇU. Esse lugar guarda a honra de ter sido a terra da família CAUTIERO, ascendência materna do ex-presidente ITAMAR FRANCO. Devido a importância que TARUAÇU teve para muitas das famílias francesas de imigrantes perigordinos, considerei que seria justo dispor dessa postagem especial para apresentar essas fotos e também para nos informarmos melhor sobre esse lugar. O texto que se segue foi extraído do livro "OS SERTÕES DO LESTE", de CELSO FALABELLA DE FIGUEIREDO CASTRO.
TARUAÇU
Bem próximo à cidade de SÃO JOÃO NEPOMUCENO está localizado o DISTRITO DE TARUAÇU, outrora NOSSA SENHORA DAS DORES DE MONTE ALEGRE, e nos primórdios, segundo NELSON SENA, quando ali se estabeleceu o primeiro rancho de tropas, RABICHO.
No começo do século (XIX) era motivo de referência a BIBLIOTECA PÚBLICA, fundada a exemplo da "LAMINENSE", no município de LAFAIETE.
Os assentamentos mais antigos datam de 1836, com a assinatura do PE. ANTÔNIO PINHEIRO, sendo certo que o Curato entrou em exercício, com direito de Capela Curada, a 3 de Agosto de 1859. Que a Capela, como Aplicação, existiu antes de 1825, parece não existir dúvida,* pois D. JOSÉ CAETANO DA SILVA COUTINHO, Bispo do RIO DE JANEIRO, nas impressões deixadas acerca da visita feita à Capela de SÃO JOSÉ DA PARAÍBA, referiu-se "às DORES", não visitada por não ter agradado muito a recepção que lhe proporcionou o Pe.PAIVA.
A primeira referência à Paróquia data de 1859 (Termo de abertura do ano, assinado pelo Pe.LEITÃO). O Padre LUÍS LOPES TEIXEIRA, na abertura do livro de batizados de 1866, declarou que "criada a Freguesia, não recebeu instgituição canônica do Bispo D.PEDRO MARIA LACERDA". A 11 de Fevereiro de 1893 o Pe. FRANCISCO RIZZOTTI, pela primeira vez, nos livros de registro, assinalou "NOSSA SENHORA DAS DORES DE TARU-ASSU".
O patrimônio foi constituído de seis alqueires doados por MANOEL LOPES DE OLIVEIRA e sua mulher, MARIA EUGÊNIA DE ASSUNÇÃO, em 6 de Maio de 1827.
* Nota: A 6 de maio de 1827, quando da doação do terreno para o patrimônio, constou no registro que "os seis alqueires que situavam-se no edifício da mesma Capela, que vem a ser da aguada do córrego, encostada a um mato virgem, direito à serra, até a divisa de FELISBERTO PEREIRA".
TARUAÇU
Bem próximo à cidade de SÃO JOÃO NEPOMUCENO está localizado o DISTRITO DE TARUAÇU, outrora NOSSA SENHORA DAS DORES DE MONTE ALEGRE, e nos primórdios, segundo NELSON SENA, quando ali se estabeleceu o primeiro rancho de tropas, RABICHO.
No começo do século (XIX) era motivo de referência a BIBLIOTECA PÚBLICA, fundada a exemplo da "LAMINENSE", no município de LAFAIETE.
Os assentamentos mais antigos datam de 1836, com a assinatura do PE. ANTÔNIO PINHEIRO, sendo certo que o Curato entrou em exercício, com direito de Capela Curada, a 3 de Agosto de 1859. Que a Capela, como Aplicação, existiu antes de 1825, parece não existir dúvida,* pois D. JOSÉ CAETANO DA SILVA COUTINHO, Bispo do RIO DE JANEIRO, nas impressões deixadas acerca da visita feita à Capela de SÃO JOSÉ DA PARAÍBA, referiu-se "às DORES", não visitada por não ter agradado muito a recepção que lhe proporcionou o Pe.PAIVA.
A primeira referência à Paróquia data de 1859 (Termo de abertura do ano, assinado pelo Pe.LEITÃO). O Padre LUÍS LOPES TEIXEIRA, na abertura do livro de batizados de 1866, declarou que "criada a Freguesia, não recebeu instgituição canônica do Bispo D.PEDRO MARIA LACERDA". A 11 de Fevereiro de 1893 o Pe. FRANCISCO RIZZOTTI, pela primeira vez, nos livros de registro, assinalou "NOSSA SENHORA DAS DORES DE TARU-ASSU".
O patrimônio foi constituído de seis alqueires doados por MANOEL LOPES DE OLIVEIRA e sua mulher, MARIA EUGÊNIA DE ASSUNÇÃO, em 6 de Maio de 1827.
* Nota: A 6 de maio de 1827, quando da doação do terreno para o patrimônio, constou no registro que "os seis alqueires que situavam-se no edifício da mesma Capela, que vem a ser da aguada do córrego, encostada a um mato virgem, direito à serra, até a divisa de FELISBERTO PEREIRA".
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
40.000 VISITAS!
Bom dia, amigos. Graças as suas visitas tão importantes para mim, nosso blog alcançou um nível de visitação que tornou excessivo anunciá-las de mil em mil. Que bom! Mas, à fim de não me tornar maçante ou pretensiosa, vou deixar de fazê-lo com tanta frequência. Esporádicamente continuarei compartilhando com vocês essa alegria e esse agradecimento traduzido em números, mas não no mesmo ritmo. Mas não se enganem: continuarei comemorando dia-a-dia cada visitante que me dá a honra de dividir comigo todos os frutos de minha pesquisa e de minha paixão pela história, principalmente pela NOSSA história. Continuem sempre bem vindos! E um grande abraço a todos!
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
MARIA (DOUSSEAU) DE SOUZA DUTRA (MARIINHA)
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FONTE: FAMÍLIA SOUZA DUTRA |
No último sábado, dia 09-08-2014, comemoramos na Igreja de BOM JESUS DOS MACHADOS, os 90 anos de MARIINHA. Prima mais velha de minha mãe, filha primogênita de MARIQUINHA e ARLINDO e primeira neta de ANNET e SUZANNA DOUSSEAU. (Ilustra nosso livro, na página 66, ao lado de seus pais, sua irmã SUZANNA e minha avó MERITA). A data foi muito aguardada por mim. Tanto pela perspectiva de enfim conhecê-la quanto pela deliciosa expectativa de rever primas e primos queridos de minha mãe que eu não via a muitos e muitos anos. Mas, infelizmente, o tempo de Deus está escrito sempre muito antes de termos lido. Por isso, soubemos no local, instantes antes, que a Missa que seria celebrada em comemoração da data não contaria com a presença da aniversariante, que encontrava-se internada em SÃO JOÃO NEPOMUCENO, tratando de uma pneumonia. Então, o sentido daquela celebração ampliou-se em muito, pois embora ausente, estavam ali presentes, em nossas memórias e corações, não só MARIINHA, como também ALMIRA. No meu coração, estavam também VALTENCIR e MANINHO. Todos levados tão recentemente do nosso convívio.
Infelizmente ontem, dia 13-08-2014, chegou-me a notícia de seu falecimento. Façamos então dessa postagem um outro tipo de celebração: a do renascimento. Para aquela vida da qual todos nós um dia viemos cumprir nessa terra o papel que nos era destinado. MARIINHA cumpriu o seu. Que seja recebida com a festa que merecia ter aqui, dessa vez ao lado de todos os nossos queridos que a antecederam.
Aos seus 10 filhos, 16 netos e 9 bisnetos, meu carinho e todo meu respeito.
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APÓS A MISSA, EM FRENTE À IGREJA DE BOM JESUS DOS MACHADOS |
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AQUI VEMOS OS FILHOS E FILHAS DE MARIINHA, QUE TÃO ATENCIOSA E CARINHOSAMENTE RECEBERAM A TODOS NÓS. |
sábado, 2 de agosto de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
DO RIO À MINAS, DE TREM, NO SÉCULO XIX
Vêm de muito tempo minhas dúvidas sobre como nossos bisavós e todos os seus companheiros perigordinos teriam conseguido chegar de trem à BICAS, vindos do RIO DE JANEIRO em setembro de 1885. Eram os primórdios da ferrovia em nosso trecho de ZONA DA MATA. A estação carioca da LEOPOLDINA ainda não existia e a D.PEDRO II não servia nossa pequena cidades e suas vizinhas. Exceto JUIZ DE FORA que, por seu lado, não tinha ramal algum que a ligasse a BICAS.
Pesquisa daqui, conversa dali, lê d'acolá... alguma luz foi despontando aos poucos. Luz essa para a qual muito colaborou meu irmão AMARILDO, inveterado estudioso das ferrovias e pequenos ramais que desde sempre serviram à ZONA DA MATA mineira.
Várias referências ao tema foram feitas aqui, nesse mesmo blog. Veja a listagem abaixo, se deseja enriquecer sua leitura sobre essa questão.
Mas foi num livro estrangeiro, publicado em PARIS em 1912, que encontrei a confirmação definitiva de minhas últimas informações. E até as enriqueci um pouquinho. O livro chama-se "AU BRÉSIL" . O autor é PAUL WALLE, encarregado de pesquisas no BRASIL pelo MINISTÉRIO DO COMÉRCIO francês. Com prefácio de M.E.LAVASSEUR. Na verdade, trata-se de uma coleção, onde vários estados brasileiros foram contemplados com um volume especial. O que nos trouxe as preciosas informações acima citadas e que veremos abaixo é o Volume chamado "ÉTAT DE RIO DE JANEIRO".
Vejamos então. Os dois trechos que nos interessam estão nas páginas 7 e 8 do dito livro.
IV- A cidade de Petrópolis, a mais importante do Estado, se encontra a duas horas e meia do Rio de Janeiro e a 750 metros de altitude, nos meios dos altos vales da serra da Estrela; para chegar lá atravessa-se a baía de vapor. Esse parte da Prainha, na extremidade da Avenida Central, depois passa ao lado de um grande número de ilhas das quais a enumeração seria muito longa; depois de ter deixado à direita a ilha de Paquetá, a pequena bonita ilha da Pedra Rachada, desembarca-se em Mauá, para tomar sobre o mesmo cais a estrada de ferro, a primeira que foi construída no Brasil. Chega-se ao pé da montanha depois de uma meia-hora de "corrida" em meio a um emaranhado de arbustos, de árvores e de cipós de todos os tamanhos e formas. Depois,
tendo mudado de locomotiva, o trem engrena sobre uma via à cremalheira e opera a ascensão da Serra dos Órgãos, deixando entrever aos viajantes as belezas da baía e as de uma vegetação incomparável. Pode-se chegar à Petrópolis por via de terra. É necessário então ir tomar a estrada de ferro no bairro de São Francisco, no meio da linha "Central", ou pelo bonde de Vila Isabel e Engenho Novo. Entretanto o meio mais cômodo é aquele que utiliza a via marítima. As saídas não são frequentes, as pessoas que habitam Petrópolis tendo suas ocupações no Rio deixam essa cidade às 4 horas da tarde para voltar somente no dia seguinte, pelo trem que sai de Petrópolis às 7 e 1/4 e chega às 10hs. O turista que parte do Rio pode tomar um trem que parte da Prainha às 6 e 1/2. O preço da viagem antigamente era muito caro. Hoje não custa mais que 8 mil réis ida e volta; aos domingos e feriados, há trens de excursão pelo preço de 5 mil réis ida e volta.
Devemos observar que é provável que as opções levantadas no segundo trecho acima muito provávelmente ainda não existiam em 1885. De qualquer forma, certamente não seria a melhor escolha para quem chegou da FRANÇA de navio, hospedou-se por pouco tempo na ILHA DAS FLORES, na BAÍA DE GUANABARA e precisava tomar o rumo de BICAS. Sendo assim, tomo como certo que o primeiro trecho descreve muito bem e com algumas minúcias a realidade desse trecho da viagem de nossos bisavós que, de ponta à ponta, foi verdadeiramente uma epopéia.
Mais no blog: PÁGINA PRINCIPAL: "E OS PRIMEIROS TRILHOS LEVAM À MINAS" de 09/01/2014.
"PORTO E FERROVIA-MEMÓRIA PRESERVADA
NA GAMBOA" de 13/10/2012.
DOCUMENTOS ANTIGOS: 111 e 112
FOTOS ANTIGAS: 129
segunda-feira, 7 de julho de 2014
36.000 VISITAS
POR ALGUM MOTIVO QUE AINDA NÃO IDENTIFIQUEI, NÃO TENHO CONSEGUIDO RESPONDER AOS COMENTÁRIOS E PERGUNTAS QUE ME SÃO ENVIADAS NOS COMENTÁRIOS DAS VÁRIAS PÁGINAS DESSE BLOG. POR ISSO PEÇO QUE VOCÊ DEIXE SEU E-MAIL PUBLICADO, À FIM DE QUE EU POSSA RETORNAR COM TODA ATENÇÃO QUE VOCÊ, LEITOR, MERECE. ABRAÇOS!
terça-feira, 1 de julho de 2014
segunda-feira, 16 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
quarta-feira, 4 de junho de 2014
NOTA DE FALECIMENTO
É com muito pesar que venho, mais uma vez, a terceira em tão pouco tempo, notificar o falecimento de um primo tão querido! Aconteceu no dia 03-06, em Bicas. ÉDSON (DOUSSEAU) DA COSTA, nosso MANINHO, era filho de FRANCISCA GUILHERMINA DOUSSEAU (tia NINI) e ELPÍDIO DA COSTA. FRANCISCA era filha de ANNET e SUZANNA DOUSSEAU. Sempre voltarei a repetir que, com o correr dos anos durante os quais fiz minhas pesquisas que deram origem ao nosso livro, o maior de todos os presentes que a vida me deu foi resgatar laços de há muito perdidos. ENY, esposa de MANINHO, foi de uma gentileza extrema ao iluminar meus primeiros passos no conhecimento dos filhos e netos de ANNET e SUZANNA. Através dela cheguei à muito querida e até então desconhecida (para mim!) FATINHA, filha de nossa tia LUZIA DOUSSEAU FILGUEIRAS. E cheguei também a JOSÉ MANDRAL, primo até então desconhecido de minha avó, pois era sobrinho de SUZANNA. WANTUIL, filho de MANINHO, foi meu colega de turma no nosso querido LICEU. E o próprio MANINHO... do qual já falo com muita saudade. Visitou-me algumas vezes na casa de meu irmão AMARILDO, em minhas viagens à BICAS. Mas guardarei até o fim dos meus dias a lembrança de sua emoção indisfarçável ao ter finalmente em suas mãos o livro enfim escrito com a história de nossa família. Da qual ele tão honrosamente fez parte. Obrigada, MANINHO. Por haver cruzado tardiamente meu caminho, mas deixando nele marcas tão profundas. Que Deus o receba com as porteiras abertas. Como você fez conosco em seu SÍTIO DAS ARARAS (como era no tempo de ANNET...), nos MACHADOS. Para sua esposa ENY, seus filhos, nora, netas e bisneta, meu abraço mais carinhoso e respeitoso. Você jamais será esquecido. Porque sua passagem pela vida, assim como a de ALMIRA e VALTENCIR foi registrada. E por isso me ter sido permitido agradecerei para sempre a DEUS.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
quarta-feira, 21 de maio de 2014
GONÇALVES DE MORAES x ARRUDA CÂMARA
Tempos atrás, ao receber de FABRICIO MARTINS, de MARIPÁ, o maravilhoso presente que foi para nós, descendentes perigordinos, as duas únicas e preciosas fotos da FAZENDA MONTE CRISTO que até o momento possuímos, trocamos alguns e-mails e pairou uma dúvida sobre qual seria a filha de JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES que veio a se tornar a primeira esposa (a segunda é da família TEMPONI) do CORONEL ARRUDA CÂMARA, proprietário da FAZENDA SANTANA, em ARGIRITA, que, na época, chama-se RIO PARDO DO LEOPOLDINA.
O que venho trazer para vocês hoje é a reprodução de uma postagem na excelente página "HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL IMPERIAL", oriunda do site abaixo indicado do nosso prezadíssimo ALOYSIO CLEMENTE BREVES BEILER. Essa postagem foi a confirmação de todas as pesquisas que eu havia feito anteriormente, e apontavam nessa direção, isto é: havia uma profunda ligação entre as fazendas MONTE CRISTO e SANTANA. Desconheço à fundo a região onde as mesmas se localizam, mas posso apostar que apresentam continuidade territorial. E foi aí, nesse enorme latifúndio familiar, que se instalou FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT como administrador/proprietário e, anos depois, os imigrantes perigordinos, contratados para a lavoura do café.
A primeira esposa do CORONEL ARRUDA CÂMARA, e que não deixou herdeiros, foi RITA DOLORES DE MORAES, uma dos onze filhos do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES. É preciso paciência e boa vontade para compreender as genealogias antigas, onde os nomes se repetem geração após geração e o casamento intrafamiliar era quase uma norma.
Vamos ao texto em questão:
GENEALOGIA ARRUDA CÂMARA:
Filho 1 - Ana Elizabeth de Arruda Câmara, casada com Mário Ferreira da Costa. O casal reside em Bicas/MG e tem dois filhos:
FONTE (TEXTO E FOTO): www.brevescafe.xpg.com.br/
O que venho trazer para vocês hoje é a reprodução de uma postagem na excelente página "HISTÓRIA DO CAFÉ NO BRASIL IMPERIAL", oriunda do site abaixo indicado do nosso prezadíssimo ALOYSIO CLEMENTE BREVES BEILER. Essa postagem foi a confirmação de todas as pesquisas que eu havia feito anteriormente, e apontavam nessa direção, isto é: havia uma profunda ligação entre as fazendas MONTE CRISTO e SANTANA. Desconheço à fundo a região onde as mesmas se localizam, mas posso apostar que apresentam continuidade territorial. E foi aí, nesse enorme latifúndio familiar, que se instalou FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT como administrador/proprietário e, anos depois, os imigrantes perigordinos, contratados para a lavoura do café.
A primeira esposa do CORONEL ARRUDA CÂMARA, e que não deixou herdeiros, foi RITA DOLORES DE MORAES, uma dos onze filhos do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES. É preciso paciência e boa vontade para compreender as genealogias antigas, onde os nomes se repetem geração após geração e o casamento intrafamiliar era quase uma norma.
Vamos ao texto em questão:
GENEALOGIA ARRUDA CÂMARA:
Antônio de Arruda Câmara, nascido por
volta de 1875, na Vila de Itatuba Coronel Francisco -
INGÁ/PB (antiga Vila de Cachoeira de Cebolas), proprietário rural e fazendeiro
nos municípios de Leopoldina e Bicas, Minas Gerais, especificamente na Vila de Maripá,
em Bicas/MG, Fazenda Santana. Construiu na Fazenda de Santa Rita a igreja de
Santa Rita.Era cafeicultor e criador. Casou-se em primeiras núpcias, com
Rita de Moraes Câmara (Dona Ritoca), viúva, filha do Comendador Francisco
Gonçalves de Moraes e CECÍLIA BREVES DE MORAES e em segundas núpcias com
Manoela Temponi, filha de Vicente Temponi
e Maria Temponi. Não houve filhos do primeiro matrimônio e do segundo houve uma
filha:
Filho 1 - Ana Elizabeth de Arruda Câmara, casada com Mário Ferreira da Costa. O casal reside em Bicas/MG e tem dois filhos:
Netos1 a 2 - Francisco José e Vicente
de Paula.
Este levantamento foi feito entre 1950
e 1960 pelo primo em 1º grau de meu bisavô, Antônio de Arruda Câmara, e a
informação é fidedigna, pois este Coronel era irmão deste Antônio. Além disso,
temos o seguinte artigo:
"Maripá de Minas comemorou seus 38
anos de emancipação política administrativa, dia 1º de março, uma grande
conquista para a época, sem missa em ação de graças ou reunião na Câmara
Municipal. Os tempos passaram e com os anos se foram ilustres políticos da
terra dos guaianim, ou sejam índios sem nação, como por exemplo Bertholdo
Machado, Major Necésio Silva, Cel. Quintino, Cel. Arruda Câmara, Cel. Retto e o
Capitão Xixico Guimarães. Vamos mais além até o Major Delfino da Costa
Carvalho, casado com D. Florência, da tradicional família dos Ferreiras, de
Portugal e deste casal nasceu a filha Bebela a qual contraiu núpcias com o
libanês José Waldy Augusto, este um chamado à época "rei do café". Junto a estes líderes políticos da época ressalto
ainda a figura do Cel Arruda Câmara, casado com D. Ritoca, filha do comendador
Moraes, motivo das principais divergências da terra naquela época, quando tudo partia da Fazenda
Santana. Assim poderia ser resumida a vida política
maripaense, perdão, da terra do Curato de São Sebastião de Maripá, nome
original do atual município, nunca jamais Córrego do Meio, como desejam alguns,
até mesmo historiadores famosos, basta consultar os livros do Cartório de Paz e
verificar que em 1810 assim já era designada esta terra. Quanto a Domingos
Antônio de Oliveira, doador das terras para a Capela de São Sebastião, isso
fica por obra e graça dos encargos fiscais da época e dos distribuidores das
patentes."
Estamos falando da mesma pessoa. Este
artigo foi tirado de um Site (comemoração aos 38 anos de Emancipação de Maripá
de Minas/MG), o qual não me recordo agora. Se tiver alguma informação a
acrescentar agradeço!
Esclarecimentos Genealógicos:
Dona Ritóca ou Rita Dolores de Moraes é
filha do Comendador Joaquim José Gonçalves de Moraes (filho do barão de Piraí
José Gonçalves de Moraes e Cecília Pimenta de Almeida Frazão de Souza Breves,
baronesa de Piraí), portanto, neta do capitão-mór José de Souza Breves.
Joaquim José Gonçalves de Moraes, Comendador,
n. 5 nov 1811, + 29 set 1886 casado com sua prima-irmã Cecília Pimenta de
Almeida Breves (mesmo nome da baronesa de Piraí). Pais de:
- Maria Clara Gonçalves de Moraes
- Emiliana de Moraes
- Leopoldo Gonçalves de Moraes
- Luiza Clara Gonçalves de Moraes
- Cecília de Moraes
- José Gonçalves de Moraes
- Joaquim José Gonçalves de Moraes
- Francisco Gonçalves de Moraes (dr. Chiquinho)
- Eugênia Luiza de Moraes
- Rita Dolores de Moraes (Ritóca)
- Clara de Moraes
E assim enfim podemos estar certos de que os Breves passaram por nossa região na Zona da Mata Mineira (Bicas, Guarará, Maripá, Argirita...) e ali fizeram história, ainda que quase que COMPLETAMENTE esquecida.
Para mais detalhes, navegue aqui mesmo por esse blog, e encontrará fotos, relatos e documentos que corroboram esse fato.
terça-feira, 13 de maio de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
NOTA DE FALECIMENTO
Queridos primos... Sinto muito ter que voltar aqui em tão pouco tempo para anunciar o falecimento de um dos nossos queridos primos/tio DOUSSEAU. Dessa vez, trata-se de VALTENCIR DOUSSEAU, um dos poucos entre nós que viveu até o fim nos MACHADOS. Ao lado de sua esposa, INÁ. Ao tempo em que lá estive, vivia também com seu filho, LUIS, nora e neto. São das melhores as lembranças que guardo daquelas poucas horas passadas com esses dois seres tão doces quanto VALTENCIR e INÁ. Não tenho ainda maiores informações a dar. Mas creio que poderemos já de agora, todos nós, rezar por ele e por sua família mais próxima. Receba, VALTENCIR, todo nosso carinho e consideração. Para sempre!
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FONTE: ÁLBUM DE FAMÍLIA |
quarta-feira, 16 de abril de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
domingo, 23 de março de 2014
NOTA DE FALECIMENTO
É já com saudades que venho comunicar a toda família DOUSSEAU o falecimento de ALMIRA DOUSSEAU DE SOUZA, filha de ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA e de MARIA DOUSSEAU DE SOUZA. Nossas próximas idas aos MACHADOS, onde morava com a irmã SEBASTIANA (TIANA), seu sobrinho SILVINHO e a esposa deste, deixará a todos nós na falta de seus lindos e tão expressivos olhos azuis, que foram contemplar outras paragens. Que nosso carinho seja contado na lista de seus merecimentos. Obrigada pelo tempo que desfrutamos de sua companhia entre nós!
FOTOS: ÁLBUM DE FAMÍLIA e ARQUIVOS PESSOAIS
sábado, 8 de março de 2014
27.000 VISITAS!
Como sempre... muito obrigada! Voltem sempre! E não deixem de visitar todas as páginas, para estar sempre a par das novidades que são publicadas quase diáriamente. Sejam sempre bem vindos!
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
... E OS PRIMEIROS TRILHOS LEVAM A MINAS...
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FOTO: RENATO MAYRINK |
Foi então que, com a ajuda preciosa de meu outro querido irmão, AMARILDO, considero agora enfim palmilhado pelos documentos, fotografias e imaginação o itinerário correto seguido de trem por nossos bisavós, em sua chegado ao BRASIL (RIO DE JANEIRO), vindos da FRANÇA (BORDEAUX) em 1885.
1º PASSO: Saindo juntas, aproximadamente 84 pessoas, entre adultos e crianças, tomaram o trem na GARE DE LA BACHELLERIE, no PÉRIGORD (hoje DORDONHA), em direção à BORDEAUX, cidade costeira onde se situava o porto mais próximo. Ali embarcaram, após alguns dias, no VAPOR ORENOQUE.
2º PASSO: Seu navio, o VAPOR ORENOQUE, atracou na ILHA DAS FLORES (na BAÍA DE GUANABARA). (Ver foto em "ÁLBUM DE FOTOS ANTIGAS").
3º PASSO: Dali, levados num pequeno barco para o CAIS DA PRAINHA (hoje PRAÇA MAUÁ). (Ver foto em "ÁLBUM DE FOTOS ANTIGAS").
4º PASSO: Em seguida, tomavam uma outra barca, que os levariam até GUIA DE PACOBAÍBA, estação de plataforma avançada localizada no fundo da BAÍA DE GUANABARA, em MAGÉ. Obs: Não podemos excluir a hipótese de que pudessem ser levados diretos de barco da ILHA DAS FLORES para a GUIA DE COPAÍBA.
5º PASSO: Em GUIA DE PACOBAÍBA, tomavam um trem puxado por uma locomotiva a vapor comum, que os levava até a estação do MEIO DA SERRA (hoje VILA INHOMIRIM). (Foto abaixo)
Ali mudavam-se as locomotivas, entrando em ação um modelo como a da foto acima, que tracionavam por cremalheira (a grande engrenagem no centro), característica para vencer as grandes inclinações da SERRA até PETRÓPOLIS, numa paisagem de tirar o fôlego até os dias de hoje.
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FONTE: AFPF - Associação Fluminense de Preservação Ferroviária. |
Nas duas fotos seguintes, podemos ver o trem saindo da ESTAÇÃO MEIO DA SERRA e iniciando a subida da SERRA DE PETRÓPOLIS.(Na segunda, observar a mudança de inclinação dos trilhos).
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FONTE: www.estacoesferroviarias.com.br |
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FONTE: acervo MARCELO LORDEIRO |
Abaixo, vista do MEIO DA SERRA, de um ponto de visão no ALTO DA SERRA. Na foto seguinte, um trecho da viagem no meio da SERRA, passando pelo VIADUTO DA GROTA FUNDA.
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FOTO: Acervo Antônio Pastori - AFPF - Associação Fluminense de Preservação Ferroviária |
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FONTE: www.estacoesferroviarias.com.br |
Na chegada a PETRÓPOLIS (foto abaixo), as locomotivas cremalheiras eram novamente trocadas por locomotivas à vapor, que seguiam para o interior de MINAS GERAIS. Mas, para chegar lá, na sua ESTAÇÃO DE BICAS, ainda deveria ser dado mais um passo. O quinto passo. O último no que se refere à ferrovia.
6º PASSO: Essa última composição, mesmo após essas sucessivas trocas de locomotivas, não chegava até BICAS. Por questão de ramais diferentes, nossos antepassados com certeza precisaram fazer uma baldeação em AREAL ou utilizar de outros meios para chegar até a estação de SILVEIRA LOBO (primeira estação da ESTRADA DE FERRO UNIÃO MINEIRA) para, aí sim, tomar o trem que os levaria ao destino final: a estação de BICAS, na ZONA DA MATA MINEIRA. Veja abaixo o mapa de todo o trajeto.
Dali, como ainda distavam de cerca de 15km de MARIPÁ e da FAZENDA MONTE CRISTO, para a qual haviam sido contratados, nossos bisavós, com seus filhos e pertences trazidos de tão longe, tiveram que recorrer aos próprios pés. Ou quem sabe a ajuda de alguma carroça para o transporte das crianças menores e dos objetos maiores? Aqui, só podemos agradecer ao trem que os levou tão longe. Vencendo tantas e tantas dificuldades. Barreiras naturais quase intransponíveis.
E, se aprofundarmos nosso olhar, veremos que os trilhos levavam muito mais que pessoas e mercadorias. Levaram literalmente a construção do interior de nosso país. E cada um desses inúmeros ramais, como artérias de um organismo jovem que precisava se expandir, levou o sangue que nosso país precisava para crescer.
Bom que tenham trazido aqueles que nos precederam. Pena que não traga mais nada. Nem ninguém...
E seguimos escutando o apito de nossas memórias...
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FOTO: Acervo Antônio Pastori - AFPF - Associação Fluminense de Preservação Ferroviária. |
6º PASSO: Essa última composição, mesmo após essas sucessivas trocas de locomotivas, não chegava até BICAS. Por questão de ramais diferentes, nossos antepassados com certeza precisaram fazer uma baldeação em AREAL ou utilizar de outros meios para chegar até a estação de SILVEIRA LOBO (primeira estação da ESTRADA DE FERRO UNIÃO MINEIRA) para, aí sim, tomar o trem que os levaria ao destino final: a estação de BICAS, na ZONA DA MATA MINEIRA. Veja abaixo o mapa de todo o trajeto.
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FOTO: Acervo Antônio Pastori - AFPF - Associação Fluminense de Preservação Ferroviária. |
Dali, como ainda distavam de cerca de 15km de MARIPÁ e da FAZENDA MONTE CRISTO, para a qual haviam sido contratados, nossos bisavós, com seus filhos e pertences trazidos de tão longe, tiveram que recorrer aos próprios pés. Ou quem sabe a ajuda de alguma carroça para o transporte das crianças menores e dos objetos maiores? Aqui, só podemos agradecer ao trem que os levou tão longe. Vencendo tantas e tantas dificuldades. Barreiras naturais quase intransponíveis.
E, se aprofundarmos nosso olhar, veremos que os trilhos levavam muito mais que pessoas e mercadorias. Levaram literalmente a construção do interior de nosso país. E cada um desses inúmeros ramais, como artérias de um organismo jovem que precisava se expandir, levou o sangue que nosso país precisava para crescer.
Bom que tenham trazido aqueles que nos precederam. Pena que não traga mais nada. Nem ninguém...
E seguimos escutando o apito de nossas memórias...
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