quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DOUSSEAU NA PRIMEIRA GUERRA

        Tanto na minha primeira viagem à FRANÇA, em 2009, quanto nessa última, em 2013, me perdi em cada comuna visitada lendo o nome dos soldatos mortos na Primeira Grande Guerra. Sim, cada comuna, infalivelmente, tem o seu monumento, em lugar de honra na praça principal. Sabemos que as Guerras do século XX (e todas as outras não o foram menos!) devastaram FRANÇA e franceses. Quantidade inimaginável de mortos. Principalmente na PRIMEIRA. 
       O curioso para mim é que sinto-me praticamente "em casa", tal é a minha intimidade com a maior parte daqueles sobrenomes, de tanto ler, reler e trabalhar pesquisando as tres listas de imigrantes vindas do PÉRIGORD para o BRASIL. 
       Esse monumento que posto hoje está localizado na comuna de VILLAC. Foi nessa comuna que se estabeleceu o avô de ANNET com sua esposa e filhos (inclusive o pai de ANNET, FRANÇOIS GUILLAUME), depois de ter se casado e tido seus filhos na comuna de LOUIGNAC, no departamento de CORRÈZE, que é vizinho à DORDOGNE, ou PÉRIGORD. Mesmo tendo partido de PEYRIGNAC e lá ter finalmente vindo a falecer, poucos anos após a vinda de seu filho FRANÇOIS GUILLAUME para o BRASIL, com sua nora MARIE  e seus netos ANNET e MARIE (MARIÁ).
      Já visitei duas vezes a casa onde moraram e a cada vez a mesma emoção. Da última vez eu e FATINHA, acompanhadas por NICOLE, pudemos até experimentar as deliciosas "prunes" (uma das milhares de espécies de ameixa do PÉRIGORD...) do terreno em derredor. A casa da qual falo é aquela cuja foto está na página 128 de nosso livro.
      Então, para vocês, o munumento aos mortos de VILLAC. Um DOUSSEAU entre eles, é claro. Mas também, em sua maioria absoluta, sobrenomes de outras famílias que também emigraram em parte para o BRASIL, como a nossa. Basta comparar com a lista da página "Lista de sobrenomes franceses pesquisados".
     Que honremos a cada um. Os que lutaram derramando seu sangue em sua terra natal. E os que lutaram derramando seu sangue em terras longínquas...



                                                                              
FOTO: MARIA DE FÁTIMA (DOUSSEAU) FILGUEIRAS ROCHA





quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MEUS ANTEPASSADOS



                                              
ANNET DOUSSEAU e SUZANNA MANDRAL com os seis primeiros de seus nove filhos: JOÃO, MARIA, MARGARIDA, ALICE, FRANCISCA e MERITA, não necessáriamente nessa ordem. Atrás, a mãe de SUZANNA, MARIE DELPÉRIER MANDRAL e seus outros dois filhos, irmãos de SUZANNA, ELIAS e MARTHA MANDRAL. Foto tirada na FAZENDA DOS MACHADOS, provávelmente no começo dos anos 20. Os filhos que nasceram depois foram: SEBASTIÃO, JOSÉ e LUZIA. FONTE: DEBORAH DELAGE e ODETTE DOUSSEAU GUILHERMINO ROCHA.



Eles  se multiplicam todos remontando os anos
Desaparecem em seguida na noite dos tempos.
Seu número exponencial me dá vertigem.
Eles formam um ramo, um galhosinho, uma haste,
Cada vez menores, cada vez mais longínquos.
Mas o que seria minha árvore sem essa contribuição sem fim?
É nessa abundância que ele vem extrair sua seiva,
É nesse aspecto espesso que enfim toma corpo meu sonho.
                                                                     


                                                                         
ANNET DOUSSEAU e SUZANNA MANDRAL, provávelmente também na década de 20. FONTE: ALMIRA e SEBASTIANA DOUSSEAU FLORENTINO DE SOUZA.





Antes de se irem, infelizmente, para sempre,
Eles choraram, dançaram e se amaram.
Eles conheceram alegrias, dramas e sofrimentos;
A fome, o frio, a felicidade, as andanças,
As invasões, a guerra, o progresso e a paz.
Manejaram o forcado, a roca ou a espada,
Se deslocando à pé, à cavalo, em carroça,
Ficando perto do campanário ou correndo mundo.


                                                  
MERITA DOUSSEAU DUQUE. Provávelmente no final da década de 20. FONTE: MARIA DE FÁTIMA DOUSSEAU FILGUEIRAS ROCHA.





Através das épocas, os costumes, as leis,
Com imperadores, presidentes, reis;
Do fabricante de tecido ao ferrador,
Do pobre diarista ao rico camponês,
Eles forjaram a história e deixaram sua marca
Sobre um vasto afresco que cada um deles pintou.
Sem sequer imaginar que um dia, através de um computador,
Sua existência enfim seria honrada!


                                                     
MERITA DOUSSEAU DUQUE. Provávelmente década de 30. FONTE: MARIA DE FÁTIMA DOUSSEAU FILGUEIRAS ROCHA.




Sem essa cadeia humana, sem essas preciosas ligações,
Quer eles estejam em belos adornos ou em farrapos,
Sem essas vidas, esses nascimentos, esse ciclo interminável,
Que nem sempre foi muito caridoso para eles,
Sem esse fio que teceram muitas gerações,
Com perseverança, com obstinação,
Eu não estaria aqui para lhes dizer obrigada.
SIM! ESSES SÃO MEUS ANTEPASSADOS!
TALVEZ OS SEUS TAMBÉM!


                                                                 


CASAMENTO DE MERITA DOUSSEAU e EVARISTO GONÇALVES DUQUE, realizado no dia 06-11-1935, em BICAS. FONTE: ÁLBUM DE FAMÍLIA.


   

O POEMA PUBLICADO ACIMA, TRADUZIDO POR MIM DO ORIGINAL FRANCÊS, É DE AUTORIA DESCONHECIDA E ME FOI ENVIADO POR NICOLE DOUSSEAU LeCANNE.




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

20.000 VISITAS

... e vocês estão conseguindo ser mais rápidos que eu! Que bom! 


                                                                          

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

MONTE CRISTO, SANTA CLARA e VITÓRIA

       Continuando o tema dos últimos dias, venho trazer para vocês uma imagem da FAZENDA VITÓRIA. Mais uma das prováveis "fazendas descendentes"  da MONTE CRISTO, segundo o que contam as tradições populares da região;  assim como a SANTA CLARA (ver as duas postagens anteriores).  Aos poucos vamos compondo nosso painel e preenchendo as lacunas que cercam a história da "propriedade mãe". Talvez um dia consigamos comprovar documentalmente que "a voz do povo é a voz de Deus".  Devemos a foto de hoje ao GRUPO FAZENDAS ANTIGAS, do FACEBOOK. Meus agradecimentos. Agradeço também à fonte original, impressa na própria fotografia. Entretanto, segundo informações, a dita fazenda localiza-se no município de ARGIRITA, e não em MARIPÁ.


                                                       


                                                                         

terça-feira, 5 de novembro de 2013

AINDA SOBRE A FAZENDA MONTE CRISTO

      Voltemos à MONTE CRISTO. Em primeiro lugar, necessário dizer que, conforme costumo afirmar, acontece em BICAS e arredores o mesmo que no PÉRIGORD de nossos bisavós. De onde a gente menos espera, "brota" um "primo", ainda que por afinidade... Ainda que bem distante... Aqueles que leram meu livro devem se lembrar de que uma das pessoas que mereceu meu especial agradecimento foi meu tio SEBASTIÃO DE SOUZA MARTINS. Marido de minha tia THEREZINHA MAYRINK MARTINS. A FAZENDA MONTE CRISTO, infelizmente, não é "encontrável" sem um guia que conheça bem a região. Digamos que, por lá, todos conhecem. Não é de lá? Esqueça... Sinalização zero. Até porque, como estamos "carecas" de saber, pouco restava da fazenda desde que lá estive, em 2008. Eu me lembrava vagamente que meu tio tinha ligações com MARIPÁ, mas sempre achei que ele fosse originário de SÃO JOÃO NEPOMUCENO, visto serem de lá muitos membros de sua família. Como ele é amante de um bom forró, de uma boa pescaria e de uma boa conversa, acabou acumulando, em mais de 80 anos, muito conhecimento e informação. Um dia, num bate papo informal, eu falei que precisava encontrar uma certa fazenda MONTE CRISTO e, naquele instante, fiquei sabendo que ele não só conhecia o rumo como eram por lá as terras de seu avô paterno, e onde seus avós maternos, imigrantes italianos, vieram "dar com os costados". Como nossos franceses e tantos outros. Então foi só acertar o dia e foi ele, meu querido tio SEBASTIÃO, que nos levou, a mim e à minha família, ao encontro dos últimos vestígios da casa da fazenda. No mais, pastagens e o onipresente açude do mesmo nome.
         Naquela ocasião, tiramos as fotografias que hoje ilustram meu livro (capa e interior) e que você pode encontrar aqui mesmo no blog. Vestígios. Quase nada. Mas que me calaram fundo na alma. 
         LEONARDO ROCHA, na época Secretário de Cultura de MARIPÁ, foi o primeiro a me falar que já havia visto ao menos uma foto da casa, anos atrás. Mas nunca cheguei a encontrá-las. Até aparecer FABRÍCIO.
        Pelo FACEBOOK e aqui pelo blog, ele fez alguns contactos notificando-me sobre a posse de duas antigas fotografias de muito má qualidade. Dali em diante foi só estabelecer um contacto mais frequente e esclarecedor. Que hoje divido com vocês.
        E antes que eu esqueça: sim! FABRÍCIO MARTINS é aparentado do meu tio SEBASTIÃO... E conhece MARIPÁ e MONTE CRISTO de uma forma que não admite contestações: com a alma. Com interesse desenfreado. Pelo qual só temos a agradecer.
       
       Sobre as fotos, ele nos informa que datam de 1916 e foram extraídas de uma publicação de um jornalista francês ou italiano, fato que ele não sabe precisar. O que ele tinha consigo era apenas uma cópia xerox das ilustrações da dita publicação. E o que me enviou por e-mail eram "xerox do xerox". Portanto, considero explicada a péssima qualidade das fotos. Mas desafio a alguém encontrar uma melhor!! Com certeza ficaremos igualmente agradecidos! 

       À partir de agora, adicionarei trechos dos e-mails de FABRÍCIO e, se julgar oportuno, tecerei os devidos comentários:


"Lamento ter restado tão pouco dessa residência por onde passaram nossos patriarcas e palco de muita história, que até hoje é cercada de tantas lendas: a represa, as características europeias, as grandes senzalas, pinturas... 
Moro em um sitio que antes pertencia à fazenda, e da mesma família do Sebastião Martins. Cresci ouvindo as mais diversas historias do Comendador Firmino e dessa fazenda, sempre cercada de grande misticismo. Desde então venho garimpando um pouco dessa historia nas horas vagas. Ao conhecer o seu livro fiquei encantado com tanta informação reunida e tudo que sonhava descobrir sobre o com. Firmino".

"Outro fato curioso é a existência de um mapa e de um livro encapado (com pele "humana", mas creio que seja exagero) escrito pelo comendador, que conta toda historia da fazenda e tudo de importante que acontecia, contando inclusive o fato de que todo o material teria sido trazido da França".

     Nesse trecho, fica bem clara a importância que a fazenda MONTE CRISTO teve e tem no imaginário do povo da região. O mapa existe pois FABRÍCIO já teve oportunidade de vê-lo quando criança, embora não saiba onde foi parar... Parece que o mesmo (como vamos ver mais à frente) esclarecia de forma definitiva a posição da MONTE CRISTO em relação a outras fazendas de importância fundamental, como a SANTANNA e a SANTA CLARA. Esperemos um dia poder reencontrá-lo. Hoje penso que tudo é possível. Já sobre o livro, ele deixa claro que pode haver exagero. E isso me confirma cada dia mais que essa não foi uma fazenda comum. E comum não foram seus proprietários. Um deles ao menos, o COMENDADOR FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT... sabemos que não o foi. Mas quem pode deixar de sonhar com a maravilha que seria confirmar a existência de um livro/diário com toda a história da fazenda? Afirmando inclusive que o material para a sua construção (considerando-se aí mais um pouquinho ao menos de exagero...) teria sido trazido da FRANÇA? É possível que mapa, livro e alguns poucos objetos ainda esteja na posse da família do último  proprietário da fazenda, falecido a não muito tempo. Lembro-me de ter publicado aqui mesmo no blog, recentemente, o anúncio para a venda da fazenda... Queira Deus que essas relíquias históricas não se percam nas mãos de qualquer desinteressado. Não seria justo com uma memória de tanto suor. E de tanto sangue.


       "As fazendas das quais  falei são:
Fazenda Santa Ana ou Santana (?) ,margem da BR 267 divisa de Maripa e Argirita. Pertencia ao coronel Arruda, a historia da asa delta do Fued é verdade, já tinha ouvido do pessoal de lá; dizem também que era uma pessoa muito má e que furou o olho do empregado com uma agulha. A fazenda pertenceu também a Bertholdo Machado (da minha família) e sua foto já foi publicada em um livro didático.
Fazenda Vitoria ( da Tereza, margem 267 entre sta Ana e Serra da Prata), no município de Argirita, tenho fotos mas não estão aqui.
Santa Rita ( do Afonso), localizada na estrada entre as fazendas Vitoria e Santa Clara, é uma bela fazenda...
e Santa Clara (da Dalizette), bem ao lado do Monte Cristo, na estrada entre Santa Rita e Monte Cristo. Dizem que o dono (*foto) morreu apunhalado nas escadas da fazenda quando ia chicotear um empregado ou escravo(?)  Pertece ao municipeo de Senador Cortes".

   
         Nesse trecho, FABRÍCIO desenvolve uma ideia para a qual utiliza um termo muito interessante: FAZENDAS DESCENDENTES. Com isso, ele tenta qualificar as fazendas que teriam surgido, todas, da primeira e enorme propriedade original, do COMENDADOR JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES (MONTE CRISTO), por meio de venda ou herança. Exatamente como sempre imaginei! Se pudéssemos ter acesso ao registro de imóveis das cidades compreendidas por essa antiga e enorme Fazenda ( sesmaria?), poderíamos quem sabe falar com total propriedade...
       Meu parecer é de que o "miolo", a "nata", que incluía a casa grande, seus anexos, o açude, etc... foram adquiridos por FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT. E o restante das terras foi dividido, num primeiro momento, entre as filhas do COMENDADOR MORAES. ALIBERT perdeu a MONTE CRISTO para o marido de uma de suas sobrinhas (o ANTÕNIO COSTA da legenda da Foto 2). E as outras fazendas tiveram cada qual seu destino, que nunca me dispus a acompanhar. 
      Comecei a chegar a essa conclusão a muito tempo, quando descobrí a relação do CORONEL ARRUDA CÂMARA (propietário da FAZENDA SANTANNA), com o comendador MORAES. Mas nem sequer imaginava que o mesmo se dava com todas as grandes fazendas das redondezas. Todas "fazendas descendentes", como bem nomeou FABRÍCIO.
PS: Segundo o que diz o povo da região, a herdeira da fazenda SANTANA não teria sido RITOCA, esposa de ARRUDA CÃMARA, e sim ANA. Quanto a isso, minhas pesquisas são claras à favor de RITOCA. Necessário pesquisar mais uma vez a genealogia do COMENDADOR MORAES, que pode ser encontrada on-line, apenas para conferir se RITOCA (Rita) também não poderia ser ANA (ANA RITA?). Talvez eu a publique aqui nos próximos dias, para facilitar para todos vocês).
     Outra informação de grande importância de FABRÍCIO é o nome de todos os proprietários da FAZENDA MONTE CRISTO  até hoje:
1- JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES
2- FIRMIN FRANÇOIS ALIBERT
3- ANTÔNIO S.COSTA
4- MANOEL FERREIRA DE SOUZA (ou NEZIM FERREIRA)
5- FRANCISCO FERREIRA
6- Após isso a fazenda teria saído das mãos de originais da região. Não tenho mais informações sobre nomes de proprietários.



        Para concluir esse post que já se alonga demais, uma delícia de supresa. Sempre se soube, em minha família, que meus avós MERITA e EVARISTO passaram sua lua de mel na FAZENDA SANTA CLARA. Durante toda minha vida ignorei o fato, tão corriqueiro naqueles tempos, de viajar para fazendas amigas. Não esqueçamos que os pais dos dois eram fazendeiros em CARLOS ALVES, antiga SANTA BÁRBARA DO RIO NOVO.  Quando iniciei minhas pesquisas, e soube que a SANTA CLARA era "pros lados de MARIPÁ", não entendi nada. Porque? Qual a ligação da família com as fazendas "daquelas bandas"? Por fotos de familia encontradas aos poucos, também testemunhei a ligação dos DOUSSEAU GUILHERMINO com a família de BERTHOLDO MACHADO, dono da FAZENDA SANTANNA. Hoje, justapondo todo meu arquivo de informações com as novas contribuições de FABRÍCIO, não tenho dúvidas (falei também sobre isso em meu livro), de que, se há um ponto em comum que liga a família DOUSSEAU com todas essas fazendas, mesmo após décadas e décadas... essa ligação se chama ALIBERT. Ainda que eu desconhecesse seu nome até 2006. Mesmo que este tenha sido eclipsado quase que totalmente em seus últimos anos de vida (o que também é surpreendente e fascinante...), aquelas que FABRÍCIO chamou de "fazendas descendentes" estiveram ligadas à vida dos DOUSSEAU até as décadas de 30/40 do século XX. O que dá cerca de 50 anos de ligação estreita. Até que o tempo fizesse seu papel de "apagador de todos os rastros". Percebemos que, quando o tempo passa mas a terra se mantém na família, a memória não morre. Mas quando, somado à ação inclemente do tempo temos os revezes econômicos e a desvalorização da vida no campo, forçando à venda e ao abandono definitivo das propriedades familiares... aí a História chora... definha... E quase desaparece.
          Cabe a nós não permitir que ela se perca total e definitivamente.
          FABRÍCIO reconhece ser possível, quando as férias chegarem, alcançar mais informações sobre tudo isso. E aguardaremos ansiosamente, não é? 
          Como "brinde", presenteado por ele, a FAZENDA SANTA CLARA, tão cara para mim. Afinal, foi nela, como já disse, que meus avós MERITA e EVARISTO passaram sua lua-de-mel. Último vínculo com a história truncada dos franceses vindos no ORENOQUE.
        



                                                                               



    



                                                                                                     

domingo, 3 de novembro de 2013

ENFIM... A MONTE CRISTO TEM UM ROSTO!!!!!!

                 Estou em "estado de graça"! E, sabendo que muitos de vocês também ficarão, fazem 9 dias que me vejo às voltas com essa maravilha que me chegou às mãos por FABRÍCIO MARTINS, de MARIPÁ DE MINAS. Nunca pensei que as tão procuradas e ansiadas fotos da FAZENDA MONTE CRISTO um dia me viessem trazidas por alguém tão jovem...  E isso decorre  do fato de que as crianças de todos os tempos, ainda que dos nossos tão "informatizados", conservam a capacidade do encanto. Com as lendas, com as histórias entreouvidas desde o berço, com os "causos" que povoam nossas roças, sussurados às vezes como grandes mistérios... Acrescente-se a isso o fato de que tudo é ainda mais fascinante quando o objeto desse encanto não é virtual. Mas está ali, ao lado, a tempos imemoriais. Como um grande enigma. Tal é a FAZENDA MONTE CRISTO e suas histórias, até assombradas, para os habitantes da roça de MARIPÁ.
                Como o que se sabe de fato sobre ela é muito pouco (ou quase nada...), quando surge um pouquinho de luz, como foi o caso de meu livro "DOUSSEAU:ENTER - FRANCESES NO IMPÉRIO DO CAFÉ", alcançado através do exemplar doado por mim à BIBLIOTECA MUNICIPAL da cidade,  o habitante esclarecido do lugar bebe com sede nessa fonte inesperada, buscando mais, querendo mais e, no caso de FABRÍCIO, o mais raro: disposto a partilhar o que tem! 
                Faz tempo, muito tempo, que peço, procuro e apelo, insistentemente, por todos os meios à minha disposição, por uma foto da MONTE CRISTO. E acreditava que ao menos uma existia porque um dos meus primeiros contactos em MARIPÁ, ainda em 2008, me havia confirmado que já havia visto uma, não sabia onde. Não sabia quando. Mas foi o suficiente para me deixar em estado de alerta máximo desde então. Depois... foi só o trabalho do tempo. E a insistência mais do que teimosa de "uma mineira bem uai": essa que aqui vos fala.
              Reconhecemos, tanto eu quanto FABRÍCIO, a péssima qualidade dessas duas fotos. Mas, ainda assim, são para mim as mais preciosas das que tenho podido encontrar em minha vida. E sei que assim será para cada descendente perigordino que passar por aqui. Então... essa é para vocês, PASCALE LAGAUTERIE, ISABEL AUDEBERT, FÁTIMA e LALÁ BONIMOND MOUTY, ALAN CHEMINAND, MAURICETTE PARVEAU BAYLE e tantos e tantos outros! 
             COM VOCÊS... A FAZENDA MONTE CRISTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!