sexta-feira, 29 de junho de 2012

BLOG DO SR.AMU - AMIGOS DO MUSEU FERROVIÁRIO (amujf.blogspot.com)

Hoje vou fugir um pouquinho, roubando espaço da "Família Dousseau" para a "Família Mayrink". O outro lado, afinal, de minha moeda. Acabei de ver no Facebook o anúncio da publicação abaixo, que me provocou aquela emoção que costuma escorrer pelo rosto muito, muito tempo... Meu irmão Amarildo está se superando na arte descritiva, podem dizer! E isso porque o tempo vai transbordando do coração... Como temos apenas 1 ano de diferença, compartilhamos não só as lembranças de toda uma vida como os interesses profundos que a maturidade traz: a família, a terrinha onde nascemos e crescemos, a ferrovia que a atravessa... Atravessando também vidas. Inteirinhas. Como as nossas! Dividem comigo?


EXPRESSO RELATO

Junho

FÉRIAS DE JUNHO NO RIO
Publicado em 26/06/2012
Por Amarildo José Mayrink


O projetista Amarildo Mayrink conta sobre a viagem que fez com seus familiares com destino a Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. A turma que saiu da Estação de Bicas para comemorar o aniversário da avó, vivenciou alegrias e travessuras nesta viagem inesquecível! O depoimento completo sobre esta aventura, você confere aqui!



 


No já distante ano de 1971, meu Avô José Mayrink, condutor ferroviário na Estrada de Ferro Leopoldina e minha Avó Maria Mayrink, por contingências naturais da profissão dele, resolveram mudar-se para o Estado o Rio, mais precisamente Jardim Primavera, no Município de Duque de Caxias. Seus filhos já casados ficaram em Bicas, Minas Gerais. 
Final do mês de julho, início de inverno e das férias escolares. Meu Pai, José Carlos Mayrink, também ferroviário reuniu com minha Mãe Lydia Dousseau Duque Mayrink (três filhos), suas irmãs Teresinha Mayrink Martins (sete filhos) e Stela Mayrink Soares (dois filhos) e cunhados Sebastião Martins e Marks Soares para programarem uma grande surpresa para minha Avó Maria, que aniversariava naqueles dias: Ir todos - as três famílias - festejarem juntos, o aniversário com ela no Rio.
Naquele tempo era sem dúvida uma grande aventura, já que eram doze crianças sendo quatro com menos de dois anos e dois recém-nascidos. Lógico que o fato de nosso Avô ser ferroviário – e também meu Pai – contribuiu, e muito, para viabilizar passagens a todos, já que se vivia com muita dificuldade. Seria no famoso Noturno, que cortava parte da Zona da Mata mineira e o Estado do Rio durante toda a noite e madrugada, chegando ao amanhecer na cidade de Duque de Caxias.
 
Amarildo e seus familiares embarcaram na Estação de Bicas
Tudo combinado, era chegado o grande dia. A realização do sonho de todas aquelas crianças, uma viagem de trem. E que viagem! Todos eufóricos e com grande expectativa! Rosa Maria, Sônia e Marly, as netas mais velhas da turma cuidavam de comandar os demais. Não precisa dizer que as três famílias (dezoito passageiros) tomaram quase todo o vagão, com as crianças disputando as janelas.
O apito da Maria-Fumaça avisava que estávamos de partida. Começava a viagem. E cadê que a criançada dormia? Tudo era motivo de deslumbramento. Céu estrelado. Noite linda! O trem ia cortando as montanhas de Minas. Vento no rosto, apesar do frio, e a paisagem escura da noite iluminada por vaga-lumes. Nossos pais conversavam assuntos diversos enquanto nossas mães cuidavam de ilustrar nossas fantasias, lembrando que era época das festas juninas e que os céus do Rio ficavam povoados de balões.
Em Três Rios, trocava-se a locomotiva. Saía a Maria-Fumaça, entrava uma Diesel e nossa aventura continuava. Não sei precisar o motivo, mas o fato é que no meio da madrugada o trem parou e ali ficamos por mais de uma hora sem nenhuma estação por perto. E toma de histórias e músicas para distrair a criançada que não queria saber de dormir. Bebês choravam, mães amamentavam. A essa altura, os poucos passageiros que não eram da família já haviam buscado lugar em outro vagão. E a criançada fazia festa, podíamos escolher lugar. De repente, aquela sacudida. Era o trem reiniciando a viagem para o alívio de nossos preocupados pais. A criançada? Ah, a turma não estava nem ali para preocupações. Tudo era festa!
Miguel Pereira, Governador Portela e chegávamos a serra. E toma de descer! O trem rangendo trilhos, as luzinhas das cidades ainda distantes brilhavam como vaga-lumes lá em baixo e toda hora vinha a mesma pergunta: tá chegando no Rio? E ia descendo, ia descendo... A molecada ali, acesa vibrando com cada instante naquele passeio maravilhoso.
Amanhecia o dia quando chegamos a Duque de Caxias. Saltamos todos para tomar outro trem, este de subúrbio, também puxado a máquina e com os mesmos vagões de madeira. Já estava claro quando chegamos a Jardim Primavera. Nem precisa dizer o quanto foi feliz o encontro com nossos avós, a festa de aniversário e o mais bonito céu que já havíamos visto: além das estrelas, estava repleto de pequenas luzes amarelinhas dos balões de que tanto ouvíamos falar e cantar.
Uma viagem que marcou para sempre a vida de todos. Em especial daquela criançada maravilhosa que realizou o grande sonho de viajar de trem. De ver a Maria-Fumaça e ouvir um dos mais belos e românticos barulhos que uma máquina pode produzir. Eu e todas aquelas crianças estamos hoje com idade entre 40 e 55 anos, mas o silvo maravilhoso do apito da Maria-Fumaça ainda soa em nossos ouvidos como se tudo tivesse acontecendo agora, belo, romântico, simplesmente maravilhoso!


segunda-feira, 25 de junho de 2012

RECANTOS DA MATA MINEIRA, DE FUED FARHAT

Esse livro é um daqueles poucos com os quais podemos contar quando começamos a despertar para a história de BICAS e adjacências. Assim como pela formação de seu povo. Nessa página que selecionei, temos informações importantes sobre personagens que, de uma forma ou de outra, estão ligados a nossa história familiar, como o CORONEL ARRUDA CÂMARA e o COMENDADOR MORAES. Se puderem, leiam o livro todo. Porque vale a pena!


                                                                                  

domingo, 24 de junho de 2012

RUÍNAS DA FAZENDA MONTE CRISTO

Queria muito, demais, infinitamente, que dela tivesse sobrado mais do que ruínas. Mas é o que ainda temos. Ou tínhamos, pois lá se vão uns 2 ou 3 anos que estivemos por lá. Portanto, aproveite essa imagem, das poucas que temos daquele que foi o primeiro "pouso" de nossos bisavós no Brasil. Ainda que, é claro, a possibilidade de que eles tenham subido por essas escadas da casa grande seja pequena... Mas foi ali naquele chão que eles derramaram seu suor e começaram a criar raízes em solo brasileiro. Quando eu procurava um título para nosso livro, a primeira palavra que me veio à mente foi DÉRACINÉ, que significa, em francês, "desenraizado", "arrancado pela raiz". Porque é isso que eles foram, durante muito tempo, até que essa nova terra fosse de fato aceita como definitiva e aqui fincassem raízes. E quando tudo já ruiu, fazendas, baronatos, túmulos e fortunas... restamos nós. As verdadeiras raízes. Para contar e recontar essa história. Para vocês, hoje, um pouco do que restou da FAZENDA MONTE CRISTO, em MARIPÁ DE MINAS. FONTE: ARQUIVOS PESSOAIS.


                                                                       

sexta-feira, 22 de junho de 2012

LIVRO DE VISITAS DA FAZENDA BELA ALIANÇA. FONTE: ARQUIVOS PARTICULARES.


   Se existem lugares encantadores e encantados, este é um deles. Por onde passaram muitos dos imigrantes franceses dos três vapores. Assinar esse livro é sinal de que você marcou presença e desfrutou da atenção da maravilhosa MARIA LUIZA LEÃO e de seus muito simpáticos caseiros HÍLIO e ROSA. Agradeço aqui cada uma das vezes em que nos receberam, sabendo respeitar o significado que aquele lugar tem para nós, descendentes perigordinos.Obrigada!                                                 




                                                      

quarta-feira, 20 de junho de 2012

REGISTRO DE ÓBITO DE SUZANNA MANDRAL DOUSSEAU

No dia 21-04-1935, na FAZENDA DOS MACHADOS. FONTE: CARTÓRIO DE CARLOS ALVES.

                                                                                  

sábado, 16 de junho de 2012

FAMÍLIA DOUSSEAU DUQUE NOS MACHADOS

Desde sempre, visitar a fazenda da tia MARIQUINHA nos MACHADOS é passeio dos mais maravilhosos, para mim. As lembranças, o significado acrescido de tantas histórias acumuladas em cada curva do caminho desde que, virando à esquerda na estrada de BICAS para SÃO JOÃO NEPOMUCENO, antes de ROCHEDO DE MINAS, avistando a velha placa onde está escrito: MACHADOS, entramos de fato no "caminho da roça". A visão dos sítios e fazendas de tantos proprietários velhos amigos e aparentados, as porteiras e mata-burros, a matinha cheia de mistérios, a curva do tamanduá, o gado pastando aqui, ali e lá, o silêncio cheio de ruídos distantes, o cheiro...ah! O cheiro! De terramatoestercofolhasfloresefrutos!!!!!!!!! Como eu gosto daquele pedaço de roça! E é por isso que, até hoje, ir à BICAS fica mais gostoso quando posso completar com um gostinho de MACHADOS. ALMIRA e TIANA, desde sempre em minhas memórias. E hoje também SILVINHO e sua esposa, com seu ar de que estão sempre prontos para quem chegar, só merecem elogios e agradecimentos. Com certeza ainda terei muito que falar aqui sobre aquele canto de terrinha do meu coração. Hoje só vim trazer essa foto. De um dia entre tantos daqueles em que enchemos uns dois ou tres carros e vamos até lá. Assim de repente. Do jeito que manda o coração. Aqui, em 1992, estamos: LIDIA, JOSÉ CARLOS, MARLY, MANOELA, AMARILDO, LEILA, THIAGO, RENATO, MONIQUE, RENATO FILHO, ANNET, ENY, SANDRA, ANIENE, ETIENE, ANNET FILHO e SERRAT.

                                                                                  

sexta-feira, 15 de junho de 2012

REGISTRO DE NASCIMENTO DE MERITA DOUSSEAU

No dia 27-12-1916, na vila de CARLOS ALVES. FONTE: CARTÓRIO DE CARLOS ALVES.

                                                                              

quinta-feira, 14 de junho de 2012

QUARTO NOS MACHADOS

Segundo relatos de ALMIRA DOUSSEAU DE SOUZA, sua avó, MARIE DELPÉRIER MANDRAL , mãe de SUZANNA MANDRAL DOUSSEAU, dormia nessa caminha, desde que passou a morar em casa da filha MARIQUINHA (mãe de ALMIRA), após a morte precoce de ANNET e SUZANNA.

                                                                             

quarta-feira, 13 de junho de 2012

FAZENDA SANTANA - ARGIRITA

A foto abaixo, encontrei hoje, no Orkut, fruto de um belo trabalho de BIANCA BARRETO MIRANDA. Trata-se da FAZENDA SANTANA, localizada entre MARIPÁ DE MINAS e ARGIRITA, que na época se chamava RIO PARDO DE LEOPOLDINA. No final do século XIX e começo do XX pertencia a uma das filhas de JOAQUIM JOSÉ GONÇALVES DE MORAES (BREVES),  que foi a primeira esposa, sem herdeiros, do CORONEL ARRUDA CÂMARA. Apesar de já ter sido informada sobre suas excelentes condições de conservação, ainda não tive o prazer de conhecê-la pessoalmente. Quando nosso bisavô ANNET se casou, tanto ele quanto suas testemunhas HENRI AUDEBERT e JULES MOUTY declararam residir em RIO PARDO DE LEOPOLDINA e, num cruzamento de dados, aposto minhas fichas que era nessa fazenda, muito embora ela não fosse a única da região a ter relação com os franceses. Parece que PIERRE DELAGE também esteve nela. Assim como outras famílias de imigrantes. Vendida nos anos 20-30 a BERTOLDO MACHADO, pertence atualmente a seus descendentes da família biquense VEIGA. Deliciem-se com sua beleza e com a "responsabilidade histórica" daqueles que a sabem conservar. FONTE: ORKUT - FAZENDAS ANTIGAS.

                                                                                   

terça-feira, 12 de junho de 2012

MAIS DE MIL VISITAS!!!

Queridos... Ultrapassamos a marca dos 1000 visitantes. Na verdade, já foram 1069 visitas. MUITÍSSIMO OBRIGADA! E continuem sendo todos muito bem vindos!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA

Marido de tia MARIQUINHA DOUSSEAU, teve seu nome homenageado nesse Posto de Saúde nos MACHADOS.

                                                                                

sábado, 9 de junho de 2012

REGISTRO DE ÓBITO DE MARIE MANDRAL DOUSSEAU

Ocorrido em 10-04-1938, em MARIPÁ DE MINAS. Outras informações sobre esse registro, relatadas em nosso livro, podem ser conferidas no  original. FONTE: CARTÓRIO DE MARIPÁ DE MINAS.

                                                                                

segunda-feira, 4 de junho de 2012

ORATÓRIO NOS MACHADOS

Vejam hoje, que lindo, esse oratório que está na fazenda de ARLINDO FLORENTINO DE SOUZA e MARIA DOUSSEAU DE SOUZA (TIA MARIQUINHA), nos MACHADOS. Hoje sob os cuidados de ALMIRA E SEBASTIANA (TIANA) DOUSSEAU DE SOUZA. Segundo ALMIRA, a muitos e muitos anos atrás, numa das reformas da IGREJA MATRIZ SÃO JOSÉ DE BICAS, esse velhíssimo oratório foi pro lixo. E ela pediu permissão ao vigário da época para recolhê-lo para si. Obtida a permissão, está lá na fazenda, num cantinho especial só para ele.                                                                                                     

                                                                                 

domingo, 3 de junho de 2012

REGISTRO DE ÓBITO DE MARIÁ DOUSSEAU GUILHERMINO


Ocorrido em BICAS, no dia 09-11-1960. A última dentre os DOUSSEAU imigrantes do ORENOQUE a falecer. FONTE: NEIVA DOUSSEAU GUILHERMINO ROCHA.

                                                                                 

                                                                               



sexta-feira, 1 de junho de 2012

REGISTRO DE ÓBITO DE ANNET DOUSSEAU

Ocorrido nos MACHADOS em 24-09-1937. Infelizmente, é bastante dificultado, na maioria dos cartórios brasileiros, o trabalho de ver e fotografar os documentos originais. Por isso temos que recorrer às segundas-vias das certidões. O que, além de oneroso, tira todo o encanto do trabalho de pesquisa. Bem... pelo menos temos os dados oficiais. E já "dá pro gasto". FONTE: CARTÓRIO DE CARLOS ALVES.